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18 junho 2007

Paixões cinematográficas

Isso sempre acontece comigo: eu me apaixono por personagens! Seja em filmes ou em livros, vira e mexe eu me vejo suspirando pelos “mocinhos” da ficção. Em filmes, com a ajuda dos atores, fica muito mais fácil me apaixonar, claro, e eu costumo usar como desculpa a qualidade dos filmes para me deliciar vendo e revendo as aventuras (e desventuras) dos meus queridos:

Dickie Greenleaf

Ele ama jazz, toca saxofone, tem um barco e uma casa na praia. Tem muitos amigos, vida social movimentada, estilo para se vestir, o bom gosto e a desprecupação daqueles privilegiados que sabem desfrutar o que a vida tem de melhor. Como bem definiu uma personagem de O Talentoso Ripley, “quando Dickie olha para você, o céu se ilumina, tudo fica maravilhoso”. Tirando a parte de que não faz nada da vida e vive às custas do papai, Dickie, encarnado por Jude Law, me conquistou sem um mínimo de esforço. Basta ouvir os acordes de “Tu vuò fa l´americano” para eu me derreter, e olha que essa paixão já tem lá os seus dez anos...

Rhett Butler

Inteligente, sarcástico, perspicaz, debochado, personalidade é o que não falta ao herói de E o vento levou, interpretado magistralmente pelo saudoso Clark Gable (e o bigodinho dele é um charme, não é?). Mas ele não me engana: a sua vontade de escandalizar a sociedade dizendo tudo o que passa pela sua cabeça e rejeitar todas as imposições da moral e dos bons costumes não passa de uma profunda carência de amor feminino. Nada que não se resolva com um bom cafuné. Decididamente, não há mulher mais burra que aquela Scarlett O´Hara!

Átila

Eu sei muito bem que o verdadeiro Átila era um baixinho invocado. Ainda dizem as más línguas, ou melhor, as fontes históricas, que o Rei dos Hunos não atingia o metro e meio. Mas o Atila vivido pelo Gerald Butler é bem diferente, e põe diferente nisso! Másculo, olhos azuis, cabelos longos, olhos azuis, corajoso, olhos azuis, e ainda por cima dedicado à mulher que ama. Precisa de mais alguma coisa?


Buddy Threadgood

Interpretado pelo fofinho Chris O´Donnell, Buddy aparece no máximo uns cinco minutos em Tomates Verdes Fritos, mas foi o suficiente para eu sucumbir ao seu sorriso com covinhas, à sua simpatia e ao seu jeito brincalhão. Nem vou falar muito dele, pois isso me deixa triste, muito triste. Quem viu o filme sabe o porquê.

Willoughby

Apesar de se revelar um mau-caráter no decorrer de Razão e Sensibilidade, não há como resistir à sua primeira aparição no filme, montado em um cavalo branco, no meio de uma tempestade. Seu porte elegante aliado às maneiras de gentleman, como trazer flores e carregar no colo donzelas machucadas, contribuem consideravelmente para o aumentar seu sex-appeal. Sem contar que ele leva uma edição dos sonetos do Shakespeare no bolso e os recita de cor! Mas, como eu já disse, ele não é flor que se cheire. Uma pena!

Aladim

A Disney acertou em cheio ao criar o simpático “protagonista” do desenho Aladim! O hilário gênio dublado por Robin Williams até tentou, mas não conseguiu roubar a cena do herói deliciosamente trambiqueiro. A paixão era tão forte que eu chegava ao cúmulo de pausar a imagem do Aladim na TV, pregar uma folha em branco na tela e desenhar o contorno do rosto para colar na parede do quarto, acreditam? Mas podem me dar um desconto, pois eu tinha “apenas” uns treze anos.


Decididamente, há coisas que nem Freud explica...

Texto por: BELA