(*) Burning Sky - Belo Horizonte/MG - Photo, Art: Ana.
Um blog sobre uai, sô, véio, contos, causos, sentimentos, pão-de-queijo, crônicas, broa-de-fubá, cinema, literatura, fotografia, arte, poesia...
* Agora em novo endereço: www.mineirasuai.com *

31 dezembro 2004

FELIZ OLHAR NOVO

No último dia do ano é de praxe concentrar forças para iniciar um novo ano com o pé direito, e fazer uma retrospectiva de no ano que se passou.
Hoje estou assim: melancólica e esperançosa. Então recebi este maravilhoso texto de Carlos Drumonnd de Andrade e vou compartilhá-lo com vocês.
Desejo de coração um excelente Ano Novo a todos, paz, saúde, amor, fé em Deus!
Beijos Lú
FELIZ OLHAR NOVO!!!
(Carlos Drumonnd de Andrade)
O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA. Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?
Quero viver bem.
2004 foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.
2005 não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos amigos. Ou mude de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE).
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial.
2005 pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.
Somos fracos, mas podemos melhorar.
Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
2005 pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você!
Pode ser.
E que seja!!!
Feliz olhar novo!!!

27 dezembro 2004

FAMÍLIA...

Para completar o tempo de nostalgia que se inicia com o Natal e termina no Ano Novo, vou falar hoje sobre família.
Isso mesmo, família... esta instituição que começou sabe-se lá Deus quando e nunca vai terminar... será? Tomara!

No dia 25 fui à Missa de Natal e me deparei com o Evangelho da Sagrada Família. Pais, mães, filhos, todos devem respeito uns aos outros, carinho, compreensão, amizade, amor!
Ai fiquei pensando na minha família. Papai, mamãe, Ju, Xande e Gui, não poderia haver família melhor!!! Tudo bem que briguinhas existem, e até fazem parte do relacionamento... nem sempre sabemos onde o Gui está, como está o namoro do Xande ou se a Ju já saiu com os amigos ou está em casa, mas é uma turma maravilhosa!
Mamãe como sempre é o elo de tudo... amor incondicional, doação total. Papai o conselheiro, amigo, fiel. Estes dois são os meus ídolos!

Mas fico pensando naquelas famílias que não são unidas, que um nem sabe o que está acontecendo com o outro. Neste momento lembro alguns nomes de tios, os quais nem sei se lembram da “pekena” sobrinha aqui. A família da mamãe é bem unida, destes não tenho queixas. Mas a família do papai... nem sei por onde anda. Só nos encontrávamos no Natal, quando vovó era viva (ela faleceu em julho de 2003), e desde então, a desunião assolou os filhos. Nem agora no Natal tive notícias de todos... pena...

E conheço ainda mais famílias que não são unidas, pais que não estão nem ai para os problemas dos filhos... até que estes entram no mundo do álcool ou das drogas e chamam a atenção. Acho que este não era o propósito de Deus quando pensou na família. Mundo mudado, conceitos desvirtuados...

Bom, como este é meu último post do ano, desejo a todos um 2005 de união para os lares. Rezo mesmo por todas as famílias do mundo, para que sejam afetas e que daí comece a paz que nosso mundo tanto precisa.

Beijos Lú
P. S. : amanhã é aniversário de casamento dos meus pais, 30 anos de união e amor. Parabéns para eles!!!

24 dezembro 2004

Mais um post sobre o Natal...

Amigos virtuais e reais do "Mineiras, Uai!",

"Vou começar bem brega: "Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi...". By Roberto Carlos, o Rei, obssessivo-compulsivo.

Esse ano de 2004, no meu ponto de vista, foi atípico. Parece que passou um tufão e virpu minha vida de cabeça pra baixo. Estou no mundo de Oz, assim como Dorothy... Amigos casaram, amigos ficaram noivos, amigos passaram nos mais diversos concursos, amigos arrumaram empregos, amigos que se tornaram mais amigos, velhos amigos, amigos reencontrados e novos amigos. Pura felicidade compartilhada. Amigos viajaram, amigos mudaram: de cidade, de jeito, de vida, de amigos. Amigos perdidos, pelos mais diversos motivos: brigas, violência, morte. A mais pura saudade... Tristeza compartilhada. Batalhas ganhas, guerras perdidas e vice-versa.

Aprendemos a viver com isso, enfrentamos os altos e baixos. Saudade. Por isso, amigos, quero desejar-lhes Feliz Natal e um 2005 maravilhoso, sem tantas surpresas tristes, mas com todas as felizes. Peço desculpas àqueles a quem magoei, àqueles a quem não dei muita atenção esse ano, àqueles que continuam no meu coração mas junto aos quais não pude estar... Desculpa... Àqueles que, por mais que eu tente fugir, esconder, sumir, amarram-me ao pé da mesa e não me deixam escapar...Obrigada. Àqueles que sabem que preciso do meu espaço e que às vezes preciso sumir, esconder, fugir, e que, mesmo assim, continuam meus amigos...Obrigada. Prometo que esse ano vou estar mais presente...

Assim, amigos, família, desejo paz, saúde, amor, um Natal cheio de coisas boas para todos vocês e um 2005 cheio de realizações. Espero estarmos juntos ao longo do caminho, mesmo que seja só no coração. Amo vocês."


O que mais eu poderia dizer sobre o Natal? Somente que é uma época do ano em que parece que as pessoas sentem mais... se amam mais.... Pelo menos nessa época do ano, eu peço PAZ!
Reflexão, religião, são coisas que já não fazem mais tanto parte dos nossos Natais atuais, pelo menos da grande maioria da população, como a Lu escreveu tão bem no seu último post...
Mas eu gostaria de fazer aqui um pedido a cada um de vocês: vamos olhar mais pelos outros, tentar fazer algo para realmente ajudar, amar ao próximo, o amor mais terno e puro, que é o amor que Deus tem por nós, o amor de Jesus.
Acima, um texto fantástico, de uma antiga
amiga... eu não poderia dizer mais nada após um texto desses, que traduziu todo o meu sentimento sobre este ano que está acabando, e sobre o Natal.

Beijos a todos vocês,

Merry Christmas!
Felice Navidad!
Buon Natale!
Feliz Natal!

Ana Letícia.

22 dezembro 2004

O que fizeram do NATAL?

"O QUE FIZERAM DO NATAL"

"Natal.
O sino longe toca fino.
Não tem neves, não tem gelos.
Natal.
Já nasceu o deus menino.
As beatas foram ver,
encontraram o coitadinho
(Natal)
mas o boi mais o burrinho
e lá em cima
a estrelinha alumiando.
Natal.

As beatas ajoelharam
e adoraram o deus nuzinho
mas as filhas das beatas
e os namorados da filhas,
mas as filhas das beatas
foram dançar black-bottom
nos clubes sem presépio."

Este poema de Carlos Drummond de Andrade retrata o atual sentimento do Natal. Com certeza, os mais velhos, nossos pais e avós, vivem um Natal diferente do Natal dos jovens. Oração, compreensão, compaixão, sentimentalismo só mesmos dos mais cristãos. Os demais, quase ateus, vivem no meio de compras e festas e, para eles, assim é o Natal.

Todos já sabem que sou muito católica e queria aqui, através deste post, demonstrar um pouquinho do sentimento natalino: deixem de lado as compras, as comidas, os afazeres no trabalho e vamos pensar no que significa a vinda do Menino-Jesus. Deus não mandou Seu Filho ao mundo por acaso. Já repararam que nesta época as pessoas estão mais frágeis? Mesmo os mais “durões” querem um pouco de paz e dão atenção a quem lhes ama.

O Natal é isso, é AMOR!

É esperança num mundo melhor, que vem simbolizado pela paz que uma criança traz. É a junção da fraternidade, da simplicidade, da paz, do acolhimento, do amor, do poder de servir, da ternura de um Deus que deseja fazer de nós a sua imagem e semelhança. Quem nunca se emocionou com uma encenação de Natal, quem nunca refletiu?

Deixo meu recado a todos, para que vivam o espírito do Natal, pelo menos nesta época do ano, e que deixem transparecer isso. Não é vergonha amar a Deus, faz bem ao corpo e a alma. Somente quem vê e sente o Natal assim pode dizer e desejar a todos um Feliz Natal!

Bom Natal, um excelente 2005!

Beijos Lú

20 dezembro 2004

"CARAVANA DA CORAGEM"!

Bom, meu assunto inicial seria sobre a 27ª REUNIÃO DA CÚPULA DO MERCOSUL que foi realizada na última sexta-feira (17/12/04) em Ouro Preto – MG. Na verdade, desde o início da semana passada foram realizadas várias reuniões com ministros, chanceleres e outras autoridades dos países que fazem parte do MERCOSUL, sendo que os chefes de Estado (9 presidentes) chegaram na sexta-feira e se hospedaram em BH.

Excelente assunto, inteligente, daria um belo texto se não fosse tão comentado. Falar de barreiras alfandegárias, Brasil X Argentina, Argentina X Brasil e salvaguardas é muito complexo. Por isso deixo para os profissionais de comunicação. Mas, não deixo de ter minhas opiniões críticas sobre o assunto.

Se vocês quiserem se informar melhor, podem encontrar tudo sobre a Cúpula na internet, jornais e revistas e etc. Acho que para quem não iria falar nada sobre o assunto, já falou demais, não é mesmo?!

É que, se sexta para sábado, cheguei em casa super tarde e fui direto para cama e tive um sonho muito estranho.

Sonhei que, de repente surgiram, numa estrada, uns ciclistas dispostos a fazer um trajeto não muito recomendável. Dentre as pessoas, estávamos eu, meu professor de História da Arte – El Bigodón (vulgo Magno). Porque El Bigodón? Ele morou 15 anos em Portugal, estava fazendo doutorado em História da Arte e deixou aquele bigode estranho, igualzinho aos portugueses legítimos, daí o apelido, continuando nos personagens do sonho, estavam também a Pê (minha amigona) e o meu melhor amigo que até agora não me lembro quem era.

Lembro-me que íamos sair de Belo Horizonte com destino à Brasília, de bicicleta!!!!!

Os outros integrantes da "CARAVANA DA CORAGEM" foram desistindo no meio do caminho, restando apenas eu, meu professor- El Bigodón, a Pê e o meu melhor amigo não identificado. Detalhe importantíssimo, no sonho a Pê e o El Bigodón tinham um, digamos que afeto especial que se restringia nos olhares.

No meio do caminho, depois de vários obstáculos fomos surpreendidos com Machu Pichu, isso aí pessoal encontramos Machu Pichu no Brasil e para melhorar no caminho de BH / Brasília.

É claro , que paramos lá, em meio à lembranças da civilização inca, espíritos rondando o local e meditações descobrimos uma caverna que tínhamos que rastejar por uma fenda para chegarmos no interior da mesma que tinha não sei o quê, acho que tinha algo bem inusitado, pois aí sim explicaria tanto esforço e literalmente, aperto para chegar lá, não íamos nos enfiar num lugar para nada.

Primeiro foi o Professor (El Bigodón), depois eu e meu melhor amigo (não sei onde a Pê estava, acho que estava meditando). Foi quando o professor encontrou um cara, que também estava rastejando, e de repente o professor começou a ter relações homossexuais com o tal sujeito. Estranhíssimo. Só sei que, depois da cena, não apropriada para nenhuma faixa etária, encontramos um lugar maravilhoso, mas como nem tudo é perfeito estava lotado de turistas, ficamos só um pouquinho e continuamos a nossa aventura.

Estávamos na estrada, pedalando até morrer, quando de repente fomos parar numa ferrovia, imaginem, que cena: a "CARAVANA DA CORAGEM" pedalando encima dos trilhos quase chegando em Brasília. Foi quando meu celular começou a tocar e acordei toda suada, molhada dos pés à cabeça.

Não me perguntem o que aconteceu depois. Nem imagino. Quem sabe um dia sonharei com o fim da história?!
Às vezes fico pensando que até nos sonhos sou maluca....rs!!!
Bjocas da Dodô!!!

17 dezembro 2004

Novo patrimônio histórico de BH

Quem já passou por BH com certeza deu uma paradinha na Feira de Artes e Artesanato que funciona na Av. Afonso Pena (acho que ninguém precisa de referência, quem nunca passou por lá?)
Tudo bem, vamos informar a quem não conhece: é a maior feira de artesanato que já vi... e olha que já rodei o Nordeste e conheço vários mercados que vendem de tudo, como aqui. A feira começa na esquina da Av. Carandaí e termina na esquina da Rua da Bahia e tem de tudo, TUDO mesmo!!!
São 2,5 mil barracas coloridas que oferecem sapatos, bolsas, carteiras, chinelos, cintos, colares, brincos, anéis, roupa masculina, feminina e infantil, artigos de decoração, enfeites para casa de madeira, de plástico, de papel, de tudo quanto é jeito e gosto, e comidas, churrasquinho, acarajé, salgados, cerveja, refri, suco e muito, muito mais...
E não dá para andar tudo num domingo só não (a feira só funciona aos domingos). Você tem que fazer escolhas: de preferência chegar na feira entre 5 e 6 horas da manhã... Cedo? Que isso! Depois de uma noitada de sábado? “Deus ajuda a quem cedo madruga!”
Mas para comprar tem que ir cedo mesmo, escolher os melhores artigos, antes que uma multidão invada a feira, a média é de 100 mil habitantes por domingo. Às 10 horas é impossível de se trafegar por lá.

Os feirantes da Av. Afonso Pena são tradicionais, têm lugar garantido há anos e não trocam a barraca por nada! Ainda mais agora que ganharam um presente: a FEIRA DE ARTES E ARTESANATO DA AFONSO PENA É PATRIMÔNIO CULTURAL DE BELO HORIZONTE. Chique? Demais!

A lei de tombamento da Feira Hippie (seu nome vulgar) foi aprovada pelos vereadores de Belo Horizonte e está aguardando sanção do prefeito Fernando Pimentel. Há quem diga que a feira não ficará neste local por muito tempo... discute-se que deve ser localizada num lugar onde dê para ser construídos banheiros populares, com mais espaço entre as barracas... talvez mude para a rodoviária, Praça da Estação, Estádio Independência, ou para o estacionamento do Mineirão.
Mas se tirarem a feira da Av. Afonso Pena ela pode acabar! Não tem graça ser em outro lugar!

Voltando ao tombamento, a idéia do projeto de lei é preservar o movimento cultural, que começou em 1969, com encontros semanais de artistas e intelectuais na Praça da Liberdade (antes a feira acontecia na Praça da Liberdade, toda quinta-feria e domingo). A manifestação de arte e saber ganhou ares de comércio e precisou ser transferida para a Av. Afonso Pena, que abriga milhares de artesãos.

Quem ainda não conhece, vale a pena passar por lá, por este ponto turístico de BH!

Beijos a todos!

16 dezembro 2004

Papo Sério

Cultura Geral no Mineiras, Uai! - O BRASIL NA ONU

Pois é, pessoal, depois de a Dôdô contar causos de bebedeiras, da vida e afins, a Lú falar de preconceito e da situação do ensino em nosso país, cá estou eu, atrasada como sempre com o meu post da semana (era prá ter publicado algo na 2a feira), e com um texto um tanto quanto sério...

Achei importante fazer este texto hoje, não apenas pela brilhante aula do Prof. Márcio Luíz (UFMG e Praetorium) de hoje, mas também porque ultimamente tive algumas discussões com amigos/colegas sobre o posicionamento do Brasil e sua insistência para ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. O problema é que este assunto está sendo muito falado pela mídia, pelos políticos, desde a "era" FHC... E agora, o governo Lula despirocou geral, e quer porque quer por o país naquele lugar (no bom sentido, é claro... ou será que o sentido figurado não cabe aí também?) ;-)

E aí, como é tão falado e "refalado", o POVO acha que é uma coisa boa... As pessoas estão "rezando na conta benta", fazendo figa e enchendo a boca prá falar que é "importantíssimo" o Brasil ser membro do Conselho, etc, e etc, mas na verdade NEM SABEM O QUE É ESTE CONSELHO, PARA QUÊ SERVE E EM QUAIS TERMOS SERIA A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL!!!

Como o blog é público, e atrai visitas do mundo inteiro, é importante divulgar a REALIDADE dos fatos por aqui, não é meninas (Dô e Lú)?

Então, o "negó" é o "seguin": O Conselho de Segurança da ONU é o órgão das Nações Unidas encarregado de salvaguardar (pô, falei bonito!!!) a PAZ mundial. O que ele faz? Manda os exércitos dos países que o compõem para outras nações que estejam em guerra civil ou com outros países, etc, etc. Aí vem o Brasil e manda soldado pro HAITI, igualzinho ao que foi feito há algum tempo atrás, mandando exércitos nacionais pro Timor Leste. Se o Brasil entra pro Conselho de vez, como membro permanente, tudo quanto é país que estiver nestas situações, prá lá irão as tropas brasileiras. Até aí, mais ou menos ok.

O problema é que os atuais membros - dentre eles, claro, o país do "bucho" (EUA, claro) - querem que estes novos membros (sim, serão mais 05 novos membros permanentes no Conselho, BR + 4) entrem mas SEM DIREITO A VETO! Ou seja, não podem "discordar" das decisões do Conselho, não teriam voz praticamente nenhuma! E o nosso governo está aceitando isso!

Desta forma, os 05 novos membros (provavelmente Brasil, Japão, Índia, Alemanha e África do Sul ou Egito) compartilhariam apenas os ÔNUS de ser do Coselho: envio de tropas, segurança nas fronteiras com os outros países, investimento pesado em poderio militar, perigo de sofrer ameaças terroristas, etc etc. COMO SE JÁ NÃO BASTASSEM TODOS OS PROBLEMAS QUE TEMOS EM NOSSO PAÍS, AGORA AINDA TERÍAMOS QUE PREOCUPAR COM GUERRAS DOS OUTROS!!!? Isso sem contar nos milhares de jovens brasileiros a partir dos seus 18 anos que virão a morrer em tais guerras... E suas famílias, o sofrimento delas, de suas mães, etc? E SUAS VIDAS???

Bom, gente, é isso! Meu papel é de informar, e, claro, expor minha opinião pessoal, que acho que ficou bem clara aqui. Agora, se houver algum plebiscito (consulta ao povo brasileiro) sobre a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, vocês todos já sabem do que se trata, e se pensarem bem a respeito, e refletirem sobre minhas palavras, tenho certeza, votarão NÃO!

Abraços a todos,

Ana Letícia.

Ps: E aí, Zanini, falei certo? Qualquer coisa comenta aí e dá aula prá gente, tá?

15 dezembro 2004

Eu quero é uma pinga!

"Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe está morrendo. Eu bebo sim..."

Essa música estimula a veia alcoolica, fala sério! A acho sugestiva para um bom porre sem culpa. Falando nisso, no domingo passado fiquei o dia todo em casa, não parou de chover nem um segundinho. Mas, à noite fui dar uma volta em Macacos e quando retornei fui fazer companhia para minha irmã, que estava assistindo TV (É FANTÁSTCO – GLOBO). Parece que esta estreando um quadro com a Fernanda Torres, era mais ou menos assim:

“Ela acordava no sofá, com aquele gosto de cabo de guarda-chuva na boca, a blusa toda errada e tudo rodando. Resultado de vários copos de cerveja do dia anterior. Então, ela começa a se lembrar, vagamente, de alguns vexames cometidos no dia anterior, devido ao abuso do álcool... engraçadíssimo!”

Esse episódio me fez lembrar quando fui para Trancoso – Bahia, em janeiro de 2003, com minha amiga Jujú.

Um belo dia, saímos do “complexo” do quadrado e fomos para um bar de uns argentinos (eu acho), e bebemos 02 doses de cachaças, cada uma, (era mais barato) e claro, ficamos daquele jeito. Enquanto eu dançava loucamente, a Dona Juliana sumiu... Fui embora sozinha e por volta das 08:00h da madrugada, eis que aparece a Jujú, chapada ainda e bodou. Depois de uns 40 minutos, a garotinha acordou, então eu perguntei onde ela estava e ela disse que não sabia, perguntei com quem, ela também não sabia, aí ela me disse: “não sei, não sei, não sei quem me trouxe, onde eu estava, quem sou eu...” crises existenciais. Até hoje ela não sabe o que aconteceu, mas, podemos imaginar. Rimos para não chorar.

No outro dia, foi a minha vez. Ai, que mico! Encontramos com uns amigos meus, da minha sala na faculdade e fomos (à noite) para a casa deles, que por sinal tinham conhecido um garoto de Salvador e outro de Porto Alegre que estavam velejando com a família, e resolveram parar em Trancoso.

Só sei que esses garotos chegaram na casa e começaram a fazer a danada da caipirinha. Eu enchi a cara, dancei, tentei ensinar o gaúcho a dançar forró, foi aquela maravilha, falei tanta asneira e com aquela voz mole, que é ridícula, tive que ir embora carregada. Que vergonha! No outro dia, só de levantar a cabeça já queria vomitar. Resultado, fiquei o dia inteiro vomitando, nem dei as caras na praia. Pedi um pouco de boldo a uma senhora que tinha uma casinha ao lado do camping, e ainda pedi, com a cara mais lavada do mundo, que ela fizesse o chá pra mim (dá um desconto, eu estava acampando, né!).

No outro dia, ainda havia um resquício de dor de cabeça. Eu, Jujú e o Lopam estávamos sentados num restaurante do quadrado, almoçando.

Eis que eu comento que a última pessoa que eu gostaria de ver na minha vida era aquele gaúcho, ainda bem que ele é de tão longe. Êta boquinha, viu! Só lembro do Lopam dizendo:
“Ô Dô, não é por nada não, mas aquele garoto vindo em nossa direção não é o Léo (o gaúcho)?”

Pessoal, só não cai pra trás, porque eu fiquei dura. Eu queria enfiar em qualquer buraquinho que existisse por ali e nunca mais sair. E não é que o menino atrasou a viagem dos pais para me buscar para velejar com eles!

O Lopam, até hoje enche o saco que o meu príncipe é tão chique que largou a tradição do cavalo branco e, modestamente veio de veleiro e eu dispensei.

Detalhe, que até hoje, eu o Léo nos correspondemos por e-mail.

Bom, as histórias das cachaças da vida não parou por aí, virão vários episódios, o próximo será com a pinguça da Manú... a maioria das minhas amigas são cachaceiras... Aguardem...

Beijos da Dodô.

10 dezembro 2004

Viver sem medo de ser feliz!

Olá crianças! Sentiram minha falta? Pois é, passei por alguns momentos conturbados essas duas últimas semanas. Detalhe, que não parou por aí, pois, o problema disso tudo vai se resolver somente na terça-feira da semana que vem (14/12/2004- data inesquecível). Estou falando da bendita monografia, galera... Depois da 8ª versão, só falta a apresentação, que será na terça. ALELUIA! Rezem por mim!

Mas, no mais trabalhei muito e passei por mementos bem agradáveis... que delícia... conto pra vocês numa outra oportunidade...

Nossa, gostaria de escrever sobre tanta coisa e ao mesmo tempo, não sei por onde começar. Brincadeira, né! Depois de 02 semanas sem postar e ainda não tenho inspiração, que espécie de ser sou eu? Vai saber! Por isso tudo, acho que uma bela poesia diz tudo, ainda mais quando ela se encaixa nos acontecimentos... lá vai...

Sossegue coração
Ainda não é agora
A confusão prossegue
Sonhos afora

Calma, calma
Logo mais a gente goza
Perto do osso
A carne é mais gostosa

Paulo Leminski

Olha o nível de inspiração da garota aqui!!!

Às vezes, passamos por coisas inesquecíveis que merecem ser ditas, pensadas, amadas, desejadas e lembradas até o fim de nossas vidas. Essa semana fui surpreendida com alguns acontecimentos que deixou meu coração sem sossego. Engraçado, eu falar isso, mesmo porque estava completamente quieta e tranqüila. De repente tudo mudou. Mas, o mais importante disso tudo é que saibamos dialogar e expressar o que sentimos e o que estamos com vontade de dizer, jamais guardar coisas que tem que ser faladas. Eu não corro o risco de morrer engasgada, a menos que seja com alguma comida...

Só sei que estou feliz, porque me sinto uma pessoa capaz de resolver alguns de meus inúmeros problemas e também estou feliz porque eu amo tudo e todos...

Mas, que o meu coração tem que sossegar, isso ele tem... Sei que não estou dizendo nada com nada, é exatamente como está a minha vida e confesso que está maravilhosa. Vou dar um conselho: Arriscar é a melhor coisa a ser feita!
Vivam com intensidade e façam muita loucura!!! Vocês nunca irão se arrepender!

Beijos meus amores!!! Saudades!

08 dezembro 2004

Não me venha falar de flores

Hoje eu iria escrever um texto sobre o HAITI. A Veja desta semana trouxe uma extensa reportagem sobre este país precaríssimo, que abriga, já há 08 meses, mais de 1200 homens brasileiros, tropas do exército que foram em missão de paz pela ONU. A reportagem é fantástica, mas meus comentários e impressões ficarão para ser discutidas posteriormente.
O fato é que terei de tocar num assunto que vem gerando revolta nos belorizontinos nos últimos 3 anos, pelo menos: a violência e a impunidade em BH.
Final de semana que passou ocorreu uma tragédia: um seqüestro relâmpago que terminou em acidente, morte e tristeza. Para que vocês se inteirem do assunto, nada melhor que reproduzir aqui a mensagem transmitida pelo Orkut pela minha amiga Bárbara, que era amiga das vítimas, e escreveu de forma muito lúcida sobre o luto, e sobre o mal-estar que se espalha entre os cidadãos desta metrópole:

"Recebi muitos scraps perguntando qualé essa do luto. No dia 28 de novembro, ao sair da festa da Telemig Celular na antiga fábrica da Skol, um amigão do meu irmão, Víctor, e sua amiga, Gabes, foram seqüestrados por quatro meliantes. Esses marginais os colocaram no carro do Vitinho e saíram em alta velocidade pela BR ameaçando com uma arma outros carros que por lá circulavam. Houve uma colisão com outro carro e o carro do Vitinho, dirigido pelos meliantes, capotou, a Gabes ficou bem machucada e o Vitinho faleceu no local. Os quatro meliantes fugiram.
Até agora nada foi feito, nenhuma autoridade se importou com o assunto. A família do Vitinho está péssima, minha família está péssima, eu estou péssima. Ele era um rapaz de 23 anos, quase formando em engenharia elétrica, super alto astral e um irmão pro meu irmão. Nessas circunstâncias vemos que direitos humanos só existem para os bandidos, os marginais.
Cadê o meu direito de sair na rua, ir a festas, namorar? Se um bandido agride uma pessoa, ele comete lesão corporal, se a polícia agride este mesmo meliante, é tortura. Se um pivete me assalta, tudo bem, se eu dou uma porrada na orelha dele, ele é protegido pelo ECA e eu me ferro!!!! O mundo está todo torto, a violência contra pessoas que trabalham, estudam e nada mais querem que viver sua vida, está cada vez mais banalizada!!! EU SÓ QUERO ME SENTIR SEGURA!!!!!!!!! O que, convenhamos, está cada vez mais difícil. E olha que BH ainda é uma das melhores no quesito segurança. Só quero deixar meu grito de indignação.
BASTA! BASTA!BASTA! Que país é este onde não podemos mais ser jovens?
Obrigado a todos os meus amigos que me deram apoio nesta hora e a todos aqueles que nunca deixam de dar. Beijos indignados, Ba."

É isso. Preciso falar mais alguma coisa? Não sei o que podemos fazer. Pelo menos espalhar a notícia através do Blog, espalhar a minha indignação, a revolta, o medo... Não quero que a minha cidade se transforme num Rio, no Rio do tráfico, das mortes, da violência, e o pior, da impunidade.
Belo Horizonte é uma das cidades mais belas que conheço, seu clima é encantador, suas paisagens, de tirar o fôlego, suas pessoas especiais e acolhedoras, sua comida, farta e saborosa, marcante... Não deixemos que ela se torne amarga e cruel, inabitável! Isso aqui não é o HAITI! E o nosso direito de ir e vir? E a nossa liberdade de expressão?

"Eu sou da América do Sul. Eu sei, vocês não vão saber. Mas agora eu sou cowboy, sou do ouro, eu sou vocês, sou do mundo, sou Minas Gerais!" (Clube da Esquina)

Um abraço

Ana Letícia

05 dezembro 2004

Preconceito vem de dentro

Todo mundo sabe que no Brasil o racismo é considerado crime inafiançável, mas quando o racismo está dentro da própria pessoa que se sente inferior aos outros, qual a punição?

Esta semana presenciei fatos concretos de um amigo que é bem moreno, e que apesar das pessoas o tratarem com igualdade, ele próprio se discrimina. Esta é uma das histórias que conto sobre o Marcos.

Na quinta-feira passada foi formatura da minha amiga Cláudia, em Psicologia, pela PUC (Parabéns Claudinha!). Ela convidou vários amigos legais, dentre eles o Marcos. Até então, tudo bem, pois o Marcos estava super à vontade para ir à colação de grau, apesar dele nunca ter assistido uma, pois não foi na minha formatura no ano passado, por pura vergonha...

Como eu já conheço o jeito dele e precisava de uma carona também, juntei o útil ao agradável e liguei para o Marcos combinando de irmos juntos. Ele passou aqui em casa e fomos eu, Tamara e Andreza (amigas da PUC). Logo que acabou a colação nos dirigimos para os cumprimentos e ai a história começou... Ele estava muito bem arrumado, terno e gravata, mas é tão complexado com sua cor, que achava que todo mundo estava olhando para ele. Cumprimentou a Claudinha e só ficava de longe. A Tamara e a Andreza foram cumprimentar outras pessoas, porque também estudam na PUC, e eu fiquei conversando com as tias da Claudinha. O Marcos foi incapaz de ficar na rodinha com a gente e não cumprimentou nem os pais dela com medo de alguma retalhação... pode?

Depois da colação, teve uma festinha para a Claudinha no Clube da Copasa no Buritis. O Marcos, todo cismado, disse que não iria de jeito nenhum, mas eu e as meninas já estávamos preparadas para ir. Como eu tenho mais intimidade com a família da Claudinha do que a Tamara e a Andreza, a mãe da Cláudia me chamou para ir no carro junto com ela. Meu problema estava resolvido, mas as duas meninas não tinham como ir sozinhas, precisavam do Marcos. Com muito custo conseguiram convencê-lo de ir para a festa.

Chegaram lá e ele ficou, o tempo todo, vermelho de tanta vergonha. Não sei porque, pois a família da Claudinha é super animada e brincalhona, ninguém iria deixá-lo de fora da festa. Mas ele preferia ficar sentado, sem nem conversar. Mal tomou uma cervejinha e resolveu ir embora.

Antes disso, todo mundo estava conversando sobre o baile de formatura, no qual ele também tinha sido convidado (por sinal ganhou dois convites). Mas ele dizia que não ia, pois a festa não tinha nada a ver com ele, com a classe dele, essas coisas... Eu, como sou despachada e falo mesmo, disse a ele que ninguém perde um baile de formatura de bobeira, ainda mais no Catharina, e, além disso, convites de baile são restritos aos convidados que realmente o formando gosta. Ele continuou na pirraça e foi embora.

No outro dia todo mundo se preparando para o baile, as meninas fazendo escova e unhas e o Marcos insistindo na história de que não ia, pois se sentiria mal no meio de tanta gente bonita e branca. Para mim isso é o fim do mundo!

Não só eu, mas muita gente que conhece o Marcos (como a Tamara e a Andreza) fala com ele que tem que acabar com esse preconceito interior. Só ele tem isso!

Por fim, ele resolveu ir ao baile, levando uma irmã mais velha (eu esqueci o nome dela), que é uma mulher super legal e que se valoriza. Ela dançava no meio de todo mundo, conheceu pessoas novas e reparei que não sente nenhuma restrição sobre sua cor. Como o Marcos deveria ser.

No baile, ela e o Marcos encontraram com uma pessoa conhecida. Mas teve determinada hora que esta pessoa passou perto deles e não os cumprimentou, talvez não os tenha visto, mas logo o Marcos disse: somos pretos, ela não iria nos ver. Eu escutei isso e virei uma fera: - “Para com isso, não tem nada a ver sua cor, branco e preto são todos iguais”. Ele calou-se e não discutimos mais sobre o assunto.

O Marcos sabe que adoro ele e que não tenho nenhum preconceito quanto à sua cor ou classe social, mas ele insiste em se achar inferior.

Até quando? Que herança discriminatória é essa que carrega, como se ainda vivesse no tempo da escravidão, onde os negros não tinham vez?

O mundo mudou, graças a Deus! Só continua vivendo com mentalidade de “Brasil Colonial”, com preconceitos, quem é pobre de espírito!

Beijos Lú

03 dezembro 2004

"Diários de uma Viagem - Parte 2"

Continuando a história da viagem, pessoal, com muita chuva na cuca, durante toda a estrada, chegamos em Cabo Frio.
Aliás, o detalhe da chuva eu tinha me esquecido de comentar.... Vcs acreditam que choveu desde a porta da minha casa, em BH, até chegar em Cabo Frio? É sério! Não tivemos um momento sequer de estiagem! Lá em CF, até o cair da noite de sexta, idem... chuva, chuva, chuva. Ficamos até um pouco preocupados, pois queríamos aproveitar a praia, pelo menos no sábado, e o tempo tava muuuuuito feio.
O sábado chegou e aí.... SOOOOLLLLLL! Muito sol! Aliás, não tinha uma nuvenzinha no céu sequer prá te contar a história... O mar estava de um verde azulado, cristalino, que não dá nem prá descrever. Deu prá ver os peixinhos nadando no rasinho, a areia branca (Ah! A areia branca e fina de CF é um show à parte!) no fundo, seus pés caminhando através da água... huuuummmm Só de lembrar lembro-me da deliciosa sensação de geladinho do mar refrescando a gente todo!
A noite de Cabo Frio é muito engraçada: tem o bobódromo oficial, e tem o Canal.
O Bobódromo Oficial é a orla da praia, avenida pavimentada e muito bem iluminada onde se tem, do lado da praia, um deque com parapeito, e do outro lado, restaurantes, botiques chiques, prédios de apartamentos de cair o queixo, hotéis, etc.
Resultado: a diversão do pessoal é ficar encostado no parapeito do deque (virado prá rua, é claro) e ver o "desfile". Meninas com seus 13, 14 anos prá lá e prá cá, cochichando e dando risadinhas irritantes, geralmente de sainha, blusinha, plataforma, e uma bijoux comprada na feirinha perto da praia, ah, e é claro, o celular na mão.
Os meninos, geralmente usam um visual meio surfista, bermudão, boné, tênis skatista ou então havaianas.
Tá, tudo bem, isso daí é normal, até que ainda vai. Mas putz, ficar ali, sem fazer nada, horas e horas?! Ah, pelo amor de Deus, é muito sem graça, é muito BOBO, daí chamarmos de "Bobódromo".
Mas os "boys" de CF é que são os maaaaais engraçados: TODOS tem um GOL, 1.0 L. O detalhe é que, também, TODOS incrementam o carro da mesma forma, parece até que foi combinado: dois canos de descarga à mostra prá parecer que o carro é turbo, rebaixam a suspensão, obrigando-os a circular a 2 km/h quando tem um "gelinho de bahiano" (ou "croquete", como diz o "Zôi do Gú") mínimo na pista, quebra-molas então, eles praticamente páram o carro. Além disso, insulfime pretão nas janelas, paradinha listradinha nos faróis baranguérrimas, e, prá tirar a tranqüilidade de qualquer um que esteja calmamente tentanto jantar ou conversar em um dos inúmeros restaurantes da orla, um mega som ligado "no talo", tocando, obviamente, FUNK CARIOCA ou HIP HOP de péssima qualidade.... Sério mesmo? NINGUÉM MERECE!
Já o Canal, é mais chique, e tem restaurantes mais sofisticados, boates, etc. Tirando o cheiro, porque lá realmente tem um canal (do mar) passando, é muito legal ver os barcos de pescadores ancorados em meio a escunas turísticas incrementadas. O movimento por lá começa tarde, depois da meia-noite, horário em que os "bobos" do "Bobódromo" ficam tontos de tanto dar voltas em torno dos mesmos quarteirões e resolvem fazer o "footing" pros lados do Canal. Aí a coisa fica quente, a paquera rola solta. Entre aspas, é lá que as coisas acontecem, ou seja, as paqueras que rolaram no Bobódromo só se concretizam no Canal. Sacaram?
No domingo, nem curtimos praia, pois foi a prova da Prefeitura de Macaé, então saímos de casa bem cedo prá evitar trânsito, e nos dirigimos à cidade do "Ouro Negro" (p/ quem não sabe, é lá que fica a "Bacia de Campos", e a Sede - de Extração de Petróleo - da Petrobrás).
Terminada a prova, estrada novamente, e aí adivinha quem nos acompanhou todo o trecho? A chuva, claro.
Dormimos em Juiz de Fora, pois já era bem tarde, e segunda de manhã pegamos a estrada, novamente com mais chuva.
Desta vez, na volta, não tinha mais "Jolivan"´s prá nos acompanhar, apenas os motociclistas sem capacete, proteção nem nada, a nos ultrapassar pela esquerda e quase fazer merda...
Só sei que não tivemos maiores problemas, e chegando em BH, um sol maravilhoso se abriu no céu, e lembrei da beleza desta terra que eu amo, com seu MAR.... de MORROS e MONTANHAS, seu clima agradável, suas pessoas bonitas e, o mais importante, a minha caminha!

Abração a todos, até mais ver

Ana Letícia

01 dezembro 2004

"Ensinar a ensinar"

Nossa Constituição Federal prevê que todos os brasileiros têm direito à educação, sendo que ao Estado cabe o dever de garantir o ensino fundamental e médio. Mas não é uma obrigação exclusiva do Estado, a iniciativa privada também pode “ensinar”.
Mas o problema está quando é necessário “ensinar a ensinar...”
Todos os noticiários dos últimos quinze dias têm falado sobre o vestibular e a reprovação dos estudantes de Direito na prova da OAB de São Paulo... daí decorreu questionamento sobre a aprendizagem dos alunos de Medicina... Mas a história não termina por ai... na verdade só está começando...
Antigamente, na época de nossos pais talvez, era status freqüentar uma faculdade e ser bacharel. Poucas pessoas tinham acesso ao ensino superior. Hoje faculdade virou comércio... em cada esquina uma... e a qualidade lá em baixo.
Para montar um curso superior não basta apenas a parte física, prédio, carteiras, quadro e pincel... é necessário professores qualificados para ensinar os alunos, os futuros profissionais que estarão no mercado de trabalho. Não se deve brincar com o ensino!
E não basta pensar que assim está bom... o nível intelectual do brasileiro vai de mau a pior!
Sei perfeitamente que o aluno não se faz sozinho e que a faculdade também depende da presença dele. Mas tem que ter um equilíbrio.
Eu estudei em duas faculdades (mas apenas no curso de Direito) e nas duas presenciei, em determinado período, reprovação dos cursos pelo MEC. Não porque as faculdades eram ruins ou porque a turma teve conceito baixo no Provão, mas porque no conjunto ainda faltava muita coisa.
Primeiro foi na Faculdade de Direito de Sete Lagoas, onde depois da reprovação pelo MEC, os professores da Universidade Federal começaram a dar aulas lá, levaram projetos para a faculdade, e assim ela melhorou. O segundo fato foi na PUC (e esta é uma ótima universidade de Minas), mas o MEC achou que algumas coisas como biblioteca e salas de aula estavam precisando de reformas. Foi só arrumar (o que ocorreu rapidamente) que logo a faculdade foi aprovada. Algum órgão tem que fiscalizar, sem dúvidas!
Mas não se pode deixar o trabalho todo para o MEC. Diante das inúmeras faculdades e do baixo padrão de ensino, outros órgãos, como a OAB e o CRC, promovem provas para avaliar se os bacharéis realmente aprenderam alguma coisa na faculdade.
O resultado é assustador... sempre muitas reprovações. O que fizeram nos cinco anos de faculdades? Só passearam? Não nego que tinha dia que eu ia à faculdade e não estava com vontade de assistir aula, então dava uma volta... na pracinha da PUC... mas sempre fiz minha parte, fui uma aluna muito estudiosa. Meu lema na faculdade era “não há aluno bom para faculdade ruim, não há faculdade boa, para aluno medíocre”.
O resultado? Hoje tenho orgulho de dizer que passei na prova da OAB, diante de tantos reprovados.
Na verdade, quando fiz a prova, achava que não precisava ser uma avaliação tão difícil, com matérias do curso todo, mas hoje penso que todos os cursos devem ter uma prova para registro em conselhos.
Quem não tem tato para a profissão, não deve ser irresponsável em colocar outras pessoas em risco patrimonial ou de vida.
Faculdade não é para brincar, gasta-se tempo e dinheiro...
Beijos Lú