Outra causa é a falta de esclarecimento das pessoas referentes aos acontecimentos que vêm acontecendo com enorme freqüência e com a prevenção das graves feridas que o nosso chão vem sofrendo. O ser humano, animal mais racional dentre todos os seres vivos, ainda não se inteirou de que a Terra é a nossa casa. Não existe a consciência de que cuidar dela é zelar pelo patrimônio pelo qual se foi arrendado todo e qualquer tipo de vida. Que se a natureza teve afeto infinito da perfeição, da beleza majestosa e expressiva e do cuidado intenso e preciso para com as pessoas que neste chão pisam, deveríamos agir de forma igual ou superior com esta preciosidade. No entanto, notamos cada dia mais espécies diferentes de animais em extinção.
Estamos desmatando todos os cantos, poluímos ar e água e chegou o momento infeliz do grito de dor do meio ambiente. Com tamanho descontrole, a camada de ozônio, nossa cobertura contra os fortes raios solares, começou a ceder, aumentando significativamente a temperatura do planeta, fazendo com que os blocos de gelo polar, num prazo curto, se liquefizessem, ameaçando a inundação de estruturas urbanas, como também de áreas onde a natureza mais aplicou sua criatividade, como a Mata Atlântica, ou outros locais fantásticos em todo o mundo.
Fenômeno semelhante aconteceu na Indonésia há alguns anos – país mais conhecido como “paraíso”, e visitado por turistas e esportistas de todo o mundo – quando foi cruelmente atingido por uma revolta natural provocada pelo descontrole ambiental. Um gigantesco maremoto invadiu, de surpresa, as mais belas praias, assassinando milhares de pessoas, residentes ou não. Ambientes não propícios à incoerências ambientais como esta têm recebido os mesmos tratamentos: furacões, terremotos, tornados... E têm feito do olhar humano um acúmulo de medo e, enfim, a idéia de cuidado.
Infelizmente este afeto humano pela natureza, a ponto até de gerar consenso entre fronteiras que nunca foram “amistosas”, ainda não foi capaz de focalizar a Terra como doente em fase terminal. Lutar para e por ela e, principalmente, pesquisar, coletar dados importantes, informar, orientar e ensinar todas as classes sociais, punir e dar as mãos quando necessário, a fim de salvar este maravilhoso planeta.
Houve um tempo em que a tuberculose matava o homem infectando os pulmões. Problema sanado. A ciência não vai demorar, para descobrir a cura do câncer, que é criado em células do próprio organismo, e até o HIV, que é vertente de relações entre os seres, já pode ser seguramente estabilizado. E a Terra? Está com os pulmões infectados, suas próprias células, o seres humanos, a destroem, e as relações entre seus seres, fauna, flora e humanos não andam bem. Isso tem cura?
João Lenjob *