(*) Burning Sky - Belo Horizonte/MG - Photo, Art: Ana.
Um blog sobre uai, sô, véio, contos, causos, sentimentos, pão-de-queijo, crônicas, broa-de-fubá, cinema, literatura, fotografia, arte, poesia...
* Agora em novo endereço: www.mineirasuai.com *

25 abril 2007

Diretamente da "ROÇA"!!!

Cipolândia, Cipopeba, Inspontânea, Cipotâmia, Mesopotâmia, Cipó...... o quê???

Não, nada disso é: CIPOTÂNEA, situada na Zona da Mata. É de lá que eu vim, é pra lá que vou sempre, lá é minha casa de verdade!

Estou eu aqui, (Papai Comédia, Mam´s e vovó Donária) novamente, falando dessa ilustre megalópole... rs.

Gosto de falar de lá, primeiro pelo óbvio: dá ibope (assim espero), e também porque, toda vez que vou pra lá, ficar com meus pais, a SURPRESA é elemento fundamental nessa aventura.

Pois bem, além de encontrar com amigos queridos e participar de conversas intermináveis sobre a infância, adolescência, travessuras, horários de chegar em casa (péssimo), namoros proibidos na cabana do Liu ( que pra nossa infelicidade, não existe mais) e rir e rir dos micos.... o comédia da vez ficou com o Sr. Nilton Souza, meu paizinho querido. Isso tudo por uma dúvida cruel que me acompanhou desde criança, ou melhor, ainda continua latejando em minha cabecinha!

Estávamos, eu, pap´s e mam´s, em casa na sexta-feira da Semana Santa, por volta das 23:30h ou mais, sentados e conversando, ou melhor, eu e papai adoramos nos desentender, brigamos o tempo todo, ele ama me irrirtar. Do nada, começamos a brincar e lembrei-me da dúvida cruel:

Eu: Pai, Lembra daquela brincadeira, à qual o senhor fazia comigo, em que eu estendia a mão e depois de uma sequência de perguntas e respostas, o senhor fazia cócegas em mim até morrer???

Papai: Claro que lembro.

Eu: Então. Faz de novo???

Papai: Menina, você está bem velhinha pra brincar assim, você não acha?

Eu: Por favor, pai (cara de dó)!

Papai: Tá bom, dá sua mão aqui, sua chata! (Perceberam a delicadeza do Senhor meu pai?)
COMEÇANDO...

Papai: Cadê o toucinho que estava aqui?

Eu: Gato comeu.

Papai: Cadê o gato?

Eu: Foi pro mato.

Papai: Cadê o mato?

Eu: Pegou fogo.

Papai: Cadê o fogo?

Eu: A água apagou.

Papai: Cadê a água?

Eu: Boi bebeu.

Papai: Cadê o boi?

Eu: Está amassando trigo.

Papai: Cadê o trigo?

Eu: A galinha espalhou.

Papai: Cadê a galinha?

Eu: Está botando ovo.

Papai: Cadê o ovo?

Eu: Frade bebeu.... (já está começando a ficar estranho)

Papai: Cadê o frade?

Eu: Está rezando missa.

Papai: Cadê a missa?

Eu: Não tenho idéia...

Papai: Responda, minha filha: "Está dentro da caixinha!"

Eu: Como assim pai, isso não existe. Pensa comigo, como uma missa vai parar dentro da caixinha é muita loucura! Você já ouviu falar nisso alguma vez?

Papai: Ah, menina deixa de ser complicada e responda que ela está dentro da caixinha, pra terminar a brincadeira logo.

Eu: Não pai, o senho tem que me explicar isso direitinho: Como uma missa vai parar dentro da caixinha e que caixinha é essa?

Papai (perdendo a paciência, que ele não tem): Donária, deixa de ser chata e fala, se não eu paro por aqui!

Eu: Tá bom então!

Papai: Cadê a missa?

Eu: está dentro da caixinha...absurdo total....

Papai: Cadê a caxinha?

Eu: Desceu rio abaixo.... (outro absurdo, imagine só, uma caixinha boiando no rio com uma missa dentro.... Sem noção!!!)

Papai: Cadê o rio?

Eu: Não sei...

Papai: Foi aqui aqui quiqui........hahahahahaha......

Eu: Mas, pai e a missa dentro da caixinha, de onde vieram?

Papai: Não sei, só sei pra onde você vai agora: Pra cama que já passou da hora de você me dar um descanso....

Logo em seguida, perguntei à minha mãe:
- Mãe, será que a caixinha veio da "Dona Baratinha"!?

Meu pai, ouviu e disse:
- Oh Zilah, essa menina está ficando maluca? Esse povo aqui de casa, quanto mais velho, mais doido está ficando...

Se alguém souber sobre a caixinha? Adoraria saber também....

Bjocas da Do!

23 abril 2007

Uma rainha

Há meses eu aguardava a estréia do filme Maria Antonieta da Sofia Coppola, e finalmente consegui assistí-lo semana passada.

Não decepcionou, pelo contrário, mas deixou um gostinho de quero mais no final, pois termina exatamente na melhor parte da história da rainha francesa, quando a família real é expulsa de Versallhes e fica à mercê dos revolucionários. É verdade que o filme deixa apenas entrever que a rainha foi uma personagem de um dos fatos históricos mais importantes da humanidade, e isso é imperdoável.

Maria Antonieta sempre foi uma personalidade controvertida. Desde que chegou à corte de Versalhes para se casar com o herdeiro do trono foi alvo das críticas e sátiras do povo francês, por simbolizar o luxo, a extravagância e a arrogância da aristocracia, tudo isso aliado ao fato de ser estrangeira, proveniente de uma das famílias mais poderosas da Europa, os Habsburgo.

A controvérsia começou ainda na época de sua morte, no fim do século XVIII: de um lado, tida como símbolo da arrogância da monarquia francesa e das falidas instituições do antigo regime, e de outro, admirada como uma mártir, sacrificada por fanáticos que se voltaram contra a ordem das coisas. Esse foi o objetivo dos biográfos de Maria Antonieta, resgatar a sua imagem como monarca, como representante de uma classe, e como mulher, com as limitações prórias de seu sexo na realidade histórica e cultural em que viveu.

O filme foi um pouco menos realista do que eu imaginava, sobretudo no que se refere às roupas, penteados e maquiagem usados na corte francesa na época. Talvez pela provável rejeição dos expectadores com o excesso de cabelos empoados (exigência imprescindível para frequentar a corte) e maquiagem carregada... Mas a produção também surpreende positivamente pelos toques de atualidade com músicas modernas e a incrível cena que foca um par de All Star no meio dos vários sapatos cheios de firulas da Rainha.

Mas acredito que o objetivo do filme tenha sido mostrar a rainha como mulher, em sua vida privada e íntima, ilustrando a máxima de que toda pessoa é o fruto de seu meio.

Maria Antonieta foi educada desde criança para ser um símbolo do poder das famílias reais, um ventre que traria ao mundo um herdeiro do trono francês, dando continuidade às linhagens e aos privilégios das classes dominantes. Com a perda de seu trono, Maria Antonieta pedeu tudo. Sua posição, sua fortuna, sua família e o respeito de seus súditos. E foi com muita coragem que ela viveu seus últimos anos de vida, suportando as humilhações dos revolucionários e as privações diárias a que era submetida, assim como a separação de sua família, a execução de seu marido, e seu próprio julgamento. E foi essa parte que o filme não mostrou...

Enfim, nos últimos anos, historiadores têm se esforçado para trazer à tona uma imagem mais equilibrada da rainha, nos mostrando que Maria Antonieta não foi uma mulher fútil e ingênua, como se imaginava, mas uma mestra em usar o glamour como arma para se firmar numa corte estranha e hostil, e uma mulher que lutou enquanto pôde por sua realização pessoal.

Virar ícone de uma época é destino para poucos, e assim aconteceu com Maria Antonieta. Por isso, conhecer um pouco da triste história de uma mulher que não soube reinar, mas que a tragédia conseguiu tornar uma grande mártir merece uma ida ao cinema (ou à locadora, em breve) e, obviamente, às livrarias.

***

As biografias mais completas e interessantes são as seguintes:


Maria Antonieta, Antonia Fraser (foto da mais recente edição) - Esta foi a biografia utilizada na elaboração do roteiro do filme de Sofia Coppola. A recente edição em português é bem traduzida e traz interessantes fotos das pessoas mais íntimas do círculo social da rainha. É bastante rica em detalhes, sem ser cansativa

Maria Antonieta, Evelyne Lever - Especialista na análise e compilação da correspondência de Maria Antonieta, a historiadora francesa traça um perfil da rainha baseado nas cartas enviadas a familiares e documentos oficiais.

Maria Antonieta, Stefan Zweig - É um trabalho mais conservador, que foca mais a rainha como personalidade pública, deixando em segundo plano sua vida íntima. É uma biografia que deve ser valorizada pelo rigor e exatidão históricos do período.

Texto por Bela.

20 abril 2007

Comida di Buteco - 8ª Edição

Desde o dia 09 de abril, foi aberta a temporada de caça aos butecos na capital de Minas... Sim, o famoso campeonato de “tira-gostos” se iniciou e já está botando pra quebrar, agitando ainda mais a vida noturna de nossa BH.

Desta vez são 41 bares participantes, em 31 dias de botecagem, o atendimento sempre carinhoso, a cerveja sempre gelada, arte nos banheiros, música ao vivo, saborosos “tira-gostos”, e, claro, 4 dias de festa da “Saidera”, de 17 a 20 de maio, onde são revelados os vencedores deste ano...

Sim, o público vota na qualidade do petisco, na higiene do local e na temperatura da cerveja, e sua nota tem um peso de 70%, enquanto que as dos jurados contratados pelo festival, 30%.

Tudo isto porque tem coisas que só acontecem em butecos... Do cliente desconfiado à turma que ri alto e canta... Do bêbado que aluga o garçon às amizades que surgem do nada... Do encontro entre o prazer de beber e se socializar ao encanto do tira-gosto saboroso e do bom atendimento.

Para mais informações, acesse o http://www.comidadibuteco.com.br/site/principal.php.

Ana.

17 abril 2007

Olha quem está miando...

Eu não entendo os humanos! Venho me esforçando há alguns anos, e ainda não consegui tirar nenhuma conclusão sobre seu comportamento bizarro.

Antes de tudo, os humanos se dividem em duas categorias: os que gostam de gatos e os que nos detestam. Sim, porque nesse caso não existe meio termo: ninguém é indiferente a um felino.

Mas, como eu ia dizendo, foi um humano que me jogou na rua, me separando dos meus irmãozinhos. Mas também foi um humano que me recolheu lá no meio da trincheira cheia de carros, molhado de chuva e esfomeado. Ele cuidou de mim com carinho, mas como na casa dele tinha um cachorro (eca!) que não gostou de mim, não pude ficar com ele.

Os humanos se acham muito espertos, mas esse, apesar de muito bonzinho, achou que eu era fêmea e me chamava de Bel. Até que um dia chegaram duas moças lá na casa dele, me pegaram no colo e me levaram embora numa caixa. Achei que elas eram simpáticas, mas elas me entregaram para um humano grande e sem pêlos na cabeça que me espetou com uma injeção, mexeu dentro das minhas orelhas e da minha boca, levantou o meu rabo para olhar o que tinha embaixo. Detestei, mas pelo menos ele descobriu que eu sou macho, pois isso já estava começando a me incomodar. Depois disso, as duas moças me levaram para a casa delas, me deram um pote com água e outro pote com ração. Nesse lugar também tinha outros dois humanos. Gostei deles de cara, até deitei no colo deles no mesmo dia! Nesse dia eu também ganhei um nome decente: Miró!

É, as duas moças até que eram legais...

Alguns humanos dizem que os gatos não gostam de pessoas, que são traiçoeiros, mas estão redondamente enganados! Falam isso porque nunca conviveram com gatos, e não sabem como podemos ser carinhosos, meigos e companheiros. Por coincidência, são esses mesmos humanos que falam que odeiam gatos. Por que será?
Mas, voltando a falar dos humanos, eu reparei que eles são cheios de manias.

Por exemplo, eles gostam de entrar na água! Não dá pra entender... Água é bom pra beber, pra brincar, mas entrar debaixo daquele jato uma vez por dia ultrapassa a minha felina compreensão! Não sei porquê eles não aprendem comigo a usar a língua para se limpar, é muito mais divertido e econômico.

Também não sei como eles conseguem passar tantas horas na frente daquela caixa barulhenta que fica lá na sala. Eu só acho interessante dormir em cima porque é quentinho. Mas quando meu rabo passa na frente, sei que vou ser xingado. Ah, mas é tão divertido ver a cara de raiva dos humanos! Eles também têm acessos de raiva quando eu deito em cima do livro que eles estão lendo, afio as unhas nas cadeiras da sala de visitas ou tento andar no parapeito das janelas!

Outra coisa que eu não entendo é por que eles passam o dia todo fora de casa quando é muito mais legal ficar cochilando na cama ou no sofá! Mas os humanos, pelo menos os meus, saem cedo e só voltam de noite pra casa. São uns bobos.

Olha, para terminar, só quero deixar bem claro que apesar de eu achar vocês um tanto esquisitinhos, adoro receber carinho e deitar em um colo, e sou muito grato por isso. E para aqueles que dizem não gostar de gatos, vocês não sabem o que estão perdendo!



Esses humanos...

Me dão carinho, comida, ratinhos de pelúcia...

Acho que eu sou um Deus!
Texto por: BELA

13 abril 2007

Música para os olhos

* Novo endereço do Mineiras, uai! www.mineirasuai.com *

O que dizer sobre esse cara? Posso parecer desrespeitosa, mas este aí ao lado, o Cartola, (vulgo "Angenor de Oliveira"), sempre foi tão presente em minha vida, enquanto estudante de piano, amante de música brasileira e filha de pai músico (blogueiro / psiquiatra / psicanalista / filósofo nas horas vagas), que quando o escuto sinto como se ele sempre estivesse aqui ao lado, naturalmente desfiando seu violão, incríveis mãos de pedreiro com destreza de uma fada, ágeis, leves, doces, criativas...

As músicas, sempre melodiosas, trazem letras ricas, elaboradas, em um bom Português... Mas Cartola não era semi-analfabeto? Sim, dentre outras coisas também, que fizeram de sua vida um filme pronto para ser filmado, entrecortado de dramas, sucessos, tragédias, doenças, álcool e lirismo...

Para se ter uma idéia, sua primeira esposa ele conheceu num prostíbulo, quando ele tinha só 17 anos de idade. Além disso, ela era casada, e beeeeem mais velha que ele. E só após muitos anos de ter ficado viúvo foi que Cartola reencontrou D. Zica, também viúva, sua amiga e namoradinha de infância. Daí vieram muitos filhos adotivos, o famoso bar Zicartola, por onde tocaram e cantaram tantos grandes nomes do samba e da MPB... Entre eles o Paulo Cesar. Quem? Paulinho da Viola!
"Ouça-me bem amor, preste atenção, o mundo é moinho, vai triturar seus sonhos tão mesquinhos, vai reduzir as ilusões ao pó..."
O filme "Cartola", que tive o prazer de assistir nesta segunda-feira última, em companhia de ninguém mais, ninguém menos, que a nossa querida Dôdô (amiga e companheirinha de blog), é um documentário que mistura ficção (pois ele é interpretado, quando criança, pelo ator Marcos Paulo Simião - que diga-se de passagem, ficou IDÊNTICO ao Angenor menino, pelas fotos antigas que são mostradas na película) e realidade, contando toda sua história de vida, desde o início, sua descoberta, seu sumiço, o retorno, a gravação do primeiro disco - quando ele já tinha 66 anos - etc, etc.
"Queixo-me às rosas, mas que bobagem, as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam, o perfume que roubam de ti... Ah!"
Além da própria história de vida do mestre, é contada também um pouco da história do Rio de Janeiro, todas aquelas paisagens que nós - mineiros apaixonados pelo Rio, suas praias e montanhas e matas e paisagens urbanas de tirar o fôlego - conhecemos hoje em dia, são mostradas no filme, que se passa nos anos 30, 40... A história do samba, a criação das primeiras escolas-de-samba, os primeiros desfiles, os sambas-enredo, as rodas-de-samba genuínas... Tudo isto, para quem é um amante de música, e, lógico, do samba, é de se maravilhar, é de deixar a gente num verdadeiro "estado de graça", vontade de flutuar e sair dançando e cantando pela rua afora, na chuva! (Né, Dô? rsrs)

Enfim, Cartola é música para os olhos... Você sai da sala de projeção com a alma elevada... Todos cantam juntos suas músicas dentro do cinema, não tem como não se emocionar e querer bater palmas ao fim...
"A sorrir eu pretendo levar a vida, pois chorando eu vi a mocidade perdida!"

Bom, esta foi a minha dica cultural... Para quem curte cinema, documentários e samba, vale à pena assistir! Em BH, "Cartola" está em cartaz apenas no "Cine Belas Artes", na Rua Gonçalves Dias, próximo à Praça da Liberdade.

Beijos,

Ana.

* Novo endereço do Mineiras, uai! www.mineirasuai.com *

10 abril 2007

O Espantalho

Som na caixa:


Remexendo em meus guardados e velharias, encontrei muitas coisas... Agendas cheias de adesivos e confissões de adolescente (só besteira, sem comentários), desenhos, (semi) projetos de quartos e casas nunca construídos, fotos do Mikhail Barishnikov, autógrafos dos Titãs e da Ana Botafogo, telefones de todos os colegas do colégio, da faculdade, do ballet, do inglês, professores de piano, galera do volley, do handball e do time de futebol feminino...

Cartas, muitas cartas... de amigos que moraram fora do país; de amigos só de carta mesmo (que nunca vi na vida), de ex-namorados, de admiradores (hã-hã); cartões de aniversário, de despedida, postais; convites de casamento, de formatura, de festas de 15 anos (saudades dessa época!); fitas de vídeo, de toca-fitas, CD's e tudo mais... (sim, guardo tudo, e é muita, muita coisa!)

Mas o que mais gostei de achar foram 16 páginas manuscritas - por mim mesma - guardadas bem no fundinho de uma das pastas... Há tempos eu pensava sobre aquelas folhinhas, me lembro perfeitamente do dia em que as escrevi, há quase 07 anos atrás, linha após linha, no meio da madrugada! Eu era uma menina ainda, assustada, mas ainda assim imponente, me achava meio perdida entre o mundo adulto e a adolescência meio tardia, inconseqüente demais e responsável - também demais - tudo ao mesmo tempo, e com a vida inteira pela frente, mas me acabando pouco a pouco, insistindo em histórias malucas, roupas estranhas, idéias fixas e com medo de ser adulta (mas já o sendo, em tantos outros sentidos).

Não contarei aqui o que aconteceu naquele dia, o que me fez escrever 16 páginas seguidas, sem parar, acordando no dia seguinte com a mão calejada e dolorida, a caneta em cima da cama e muitas folhas de papel esparramadas por todos os cantos... Minha cabeça roda, roda, roda, e não chego a lugar nenhum, mas só sei que me lembro de tudo, e minhas antigas emoções vêm à tona e se confundem com a mente e com os sentimentos da mulher que sou agora, 07 anos depois.

Mas isto eu compartilharei com vocês:

O ESPANTALHO

Olhos que não vêem
Mãos que não tocam mais
Um dia tocaram sim
A música do acaso
O tecido aveludado...
Será verdadeiro?
O sentido, do tecido, do cheiro?

Na fotografia, retrato atordoado
De olhos amendoados
Esconderijo do menino assustado
Espantado
Espantalho.

O homem de lata queria um coração, e eu só pensava em ir pra casa...

Pela estrada dos tijolos amarelos
Andei
Chorei
Me conformei
Mas a pergunta ainda estava no ar
Junto com outras ocultas palavras
Carregas contigo?
Minhas cartas, onde estão?
Onde vão suas mãos, que não posso ver?
Onde miram seus olhos, que não os posso ter?

És atração para os corvos,
Espantalho
Menino assustado
Não temas aqueles que te mutilam,
São eles a razão de sua existência.

(Belo Horizonte, 23/05/2000, 02h 18m)

Ana.
Ps.: O lindo desenho do espantalho que ilustra o poema acima foi feito por Sara Neves, de 11 anos, "diretora" do site "Biblioteca Vila Deanteira".

08 abril 2007

EU NÃO SABIA, E VOCÊ???

Algumas pessoas acham que os provérbios populares estão fora de moda, mas para os meus e os seus pais, tios, avós e um tanto de pessoas mais “experientes”, os ditados estão na ponta da língua só esperando uma oportunidade para serem recitados. Há quem guarde ainda seus antigos caderninhos com vários deles anotados.

O curioso é que essas expressões se mantêm imutáveis ao longo dos anos, aplicando-se a exemplos morais, filosóficos e religiosos, e constituem uma parte importante da cultura popular. Sua origem é uma tarefa difícil para os historiadores e escritores, que já tentaram descobrir... Outros foram modificados pelas próprias pessoas, como num “telefone sem fio”. Não sei se para facilitar a oratória ou seu entendimento... Eis algumas modificações:

No popular se diz: "Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro".
O correto seria: "Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro".

"Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão."
Enquanto o correto é: "Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão."

"Cor de burro quando foge."
O correto é: "Corro de burro quando foge!"

Outro que no popular todo mundo erra: "Quem tem boca vai a Roma."
O correto é: "Quem tem boca vaia Roma." (isso mesmo, do verbo vaiar)

Outro que todo mundo diz errado, "Cuspido e escarrado" - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
O correto é: "Esculpido em Carrara." (Carrara é um tipo de mármore)

Mais um famoso... "Quem não tem cão, caça com gato."
O correto é: "Quem não tem cão, caça como gato" - Ou seja, sozinho!

Vai me dizer que você falava corretamente algum desses? Eu não!

Para quem quer tentar descobrir a fiel origem de alguns provérbios, separei esses:

Santinha do pau oco"
Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos século XVIII e XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era "recheado" com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.

"Névoa baixa, sol que racha"
Ditado muito falado no meio rural. A Climatologia o confirma. O fenômeno da névoa ocorre geralmente no final do inverno e começo do verão. Conhecida também como cerração, a névoa fica a baixa altitude pela manhã provocando um aumento rápido da temperatura para o período da tarde.

"Sem eira nem beira" Significa pessoas sem bens, sem posses. Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na região nordeste este ditado tem o mesmo significado mas outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado , então construíam somente a tribeira ficando assim "sem eira nem beira".

E por fim, que gosta dos ditados “cretinos”, ai vão algumas pérolas para dar risadas:

- “É chato ser bonito…mas é muito mais chato ser feio.”
- “O chato não é ser gostoso, o gostoso é ser chato.”
- “A fé remove montanhas…mas eu prefiro dinamite.”
- “Diz-me com quem andas…que te direi se vou contigo.”
- “A informática chegou para resolver problemas…que antes não existiam.”
- “Vencer não é tudo…é preciso também humilhar o adversário.”
- “Quem tudo quer… fica enchendo o saco pedindo!
- “Quando um não quer… o outro insiste!
- “Quem nunca comeu melado… nunca vai ter cárie!
- “Quem não tem cão… não gasta dinheiro com veterinário!
- “Nunca deixe para amanhã… o que você pode fazer depois de amanhã!
- “Depois da tempestade… o trânsito pára!
- “Antes tarde…do que mais tarde.
- “Há males que vêm para o bem… mas a maioria vêm para o mal mesmo.”
- “Quem não deve…tá sem dívida.”
- “Em terra de cego, quem tem um olho…é caolho!
- “Devo, não pago… nego enquanto puder.
- “Macaco que muito pula… tem problema psicológico, pensa que é um canguru.
- “Os últimos serão os primeiros… a tomar bronca pelo atraso.”
- “Dinheiro não traz felicidade. Então me dê seu dinheiro e seja feliz!
- “Tá bom porque tá ruim, seria melhor se estivesse pior.
- “Viva todos os dias como se fosse o último de tua vida. Um dia você acerta.”
- “Penso, logo desisto.”
- “Alface não pensa, logo não existe
- “Brasil: ame ou Miami.”
- “Tudo passa…, até a uva passa!”
- “Chifre não existe !!!! Isto é coisa que colocaram em sua cabeça!!!”
- “Nada é tão ruim que não possa piorar!
- “Em terra de sapo, mosquito não dá vôo razante.”
- “Pato novo não dá mergulho fundo.”
- “Quem ri por último… ou é surdo ou retardado!

E quem nunca morreu de rir com os provérbios trocados da Magda, personagem do programa “Sai de baixo”? Agora é a sua vez de fazer os trocadilhos, comece a semana feliz, divirta-se e "CALA A BOCA MAGDA!!!"

03 abril 2007

Livros: Índia, Alemanha e Afeganistão

Ao abrir um livro, adentramos num mundo desconhecido, no qual podemos nos identificar com personagens e situações, ou apenas fantasiar, aproveitando para fugir um pouco da realizadade. Enfim, isto é o que um bom livro promete...
Hoje resolvi dar uma de crítica literária fazendo breves observações sobre alguns livros que eu li recentemente, ambientados em locais bem distintos: Índia, Alemanha e Afeganistão.
O primeiro dos livros da lista chegou às minhas mãos por meios tortuosos: minha irmã o deu de presente de aniversário para minha mãe, e eu, sorrateiramente, o peguei para dar uma folheada e não consegui desgrudar até terminar (durou quatro dias)! O segundo, eu estava aguardando a tradução para o português para ler, pois já tinha ficado sabendo dos prêmios literários que recebeu no exterior. E o terceiro, peguei emprestado, após muita insistência e recomendações.
Paixão Índia (Javier Moro)
Editora Planeta
Anita, filha mais velha de uma humilde família de Málaga, Espanha, começou a trabalhar aos 14 anos como dançarina em um teatro boêmio. Até que um poderoso rajá indiano se apaixonou por sua graça e beleza e decidiu transformar a sua vida e a de sua família para sempre.
Este livro conta a história verídica de Anita Delgado, a mulher espanhola do último rajá de Kapurthala. O excelente trabalho de pesquisa do autor tornou essa romântica história ainda mais envolvente, acrescentando importantes dados biográficos dos personagens e da época em que se passam os acontecimentos, os últimos dias da esplendorosa e exótica índia dos rajás. Interessantíssimas as fotos acrescentadas nesta edição, pois nos mostram mais uma vez que nenhum detalhe do livro foi inventado, que seus personagens existiram de fato, com seus dramas, caprichos, decepções e momentos de felicidade. Além de muito bem traduzida, esta obra traz uma visão européia da índia do fim do século XIX e início do século XX e da influência do ocidente na vida e nos costumes orientais, culminando com sua independência e o desaparecimento dos fastos e excentricidades dos rajás. Uma leitura imperdível!


A menina que roubava livros (Markus Zusak)
Editora Intríseca/Edição 2007

A mais recente obra do jovem autor australiano que acaba de ser traduzida para o português. Este livro nos conta a história de Liesel, uma pequena órfã da Alemanha nazista adotada por uma família pobre às vésperas da eclosão da segunda guerra mundial. Para superar seus traumas de infância, Liesel conta com a compreensão e o carinho do pai adotivo, um pintor e acordeonista que não se filiou ao partido nazista, seu colega e vizinho Rudy e um inesperado amigo, Max, um misterioso judeu escondido num porão. E, claro, também há o papel desempenhado pelos livros e pelas palavras na vida de Liesel, fonte de conforto e poesia em todos os momentos de sua trajetória. Uma história humana e calorosa, contada com muita originalidade, a começar pela narradora, a prória Morte.


O caçador de pipas ( Khaled Hossein)
Editora Nova Fronteira

Este livro é a grande vedete das listas das publicações mais vendidas desde o ano passado, e fui conferir após inúmeras recomendações de amigos. Decepção. Como não gosto de largar um livro pela metade, terminei de ler a duras penas. No início, até que é interessante, mas logo cansa, pois os personagens principais são enfadonhos, covardes, desprovidos de caráter e carisma, totalmente sem interesse. O autor simplesmente não consegue dar vida aos personagens e traduzir seus sentimentos, não consegue construir um liame, uma identificação entre leitor e personagem. Ademais, há um outro defeito insuperável no livro: a falta de harmonia da narrativa. O livro começa lento, arrastado, sem muita ação, durante a infância e início da adolescência do narrador, e, de repente, flui com uma tremenda rapidez. Passam-se anos e anos em poucas linhas, em total desacordo com o tom inicial da narrativa. Outra coisa que engana é o título: não pense que por trás da inocente capa laranja-avermelhada se encontra uma história bucólica e água com açúcar. Decidamente não. Há cenas de violência sexual, tentativa de suicídio infantil e outros temas indigestos e mal explorados pelo autor. Agora, resta o mistério de sua relutante presença nas listas de best-sellers. Acho que está vendendo muito porque o Afeganistão está na moda, pelo menos em se tratando de literatura de varejo, pois encontramos atualmente os seguintes títulos com destque de vendas: O livreiro de Cabul, Eu sou o livreiro de Cabul, Mulheres de Cabul, As andorinhas de Cabul, Cabul no Inverno, além da insossa edição ilustrada do Caçador de Pipas (difícil acreditar que isto está vendendo bem. Livros adultos com ilustração? Uma tremenda furada!) Eu ainda continuo achando que a maioria dos best-sellers só marca presença nas listas dos livros mais vendidos devido à propaganda, e não necessariamente por sua qualidade.
***

Para quem se animar, ficam aqui essas idéias.

Bela

01 abril 2007

Pequeno dicionário da feminilidade para rapazes desavisados - R-Z

Caros leitores,

Só para não dizerem que não terminamos, aí vai, acreditem se puderem, a ÚLTIMA PARTE!!!

Pequeno dicionário da feminilidade para rapazes desavisados - R-Z

R

Rímel: espécie de maquiagem para os cílios, também chamada de “máscara”. Sim, as mulheres passam esta tinta grossa e preta nos cílios para se embelezar. E não reclamem se elas demorarem a se aprontar para uma festa, pois aqueles olhos de tigresa não são assim à toa... ;-)
Rosas: A maioria das mulheres gosta de flores... Se forem rosas vermelhas colombianas então... Nunca é demais levar um bouquet de vez em quando, uma florzinha do campo que catou na rua, um vasinho de violetas do supermercado, um bonzai, etc, etc...
Ronco: Ok, sabemos que as mulheres roncam às vezes, mas é bem baixinho e totalmente suportável, ao contrário dos homens, né??? Em todo caso, dizer a uma mulher que ela ronca é o equivalente a uma sentença de condenação à morte.
Roliça: é uma mulher de formas generosas. Mas como essa palavra lembra "rolha" não gostamos muito de ouví-la aplicada à nossa própria pessoa.
Rolo de macarrão: não serve apenas para abrir massa não, é uma ótima arma para aplicar na cabeça de homens assanhados. Melhor tirar da lista de casamento.
Razão: nunca discuta com uma mulher se ela tem razão ou não, pois isso é totalmente irrelevante. O que importa é que a mulher é a SUA razão de existir.
Romantismo: não está fora de moda não! Gostamos de homens que mandam flores e nos convidam para jantar à luz de velas, que querem conversar sobre nossos problemas, são pacientes e compreensivos. No fundo, o romantismo é o que faz uma relação durar, pois aproxima as pessoas e as tornam cúmplices, unidas pelo sentimento de tornar a vida do outro mais agradável.
Regata: são aquelas camisetas sem manga, ou seja, uma peça totalmente dispensável e altamente indesejável em qualquer guarda roupa masculino. Abrimos uma exceção para praia, piscina e churrascos informais, mas pense bem, ninguém é obrigado a suportar a visão dos pêlos das suas axilas.

S

Sexo: ok, todo homem é um maníaco sexual em potencial, que pensa em sexo em todos os 60 minutos de cada hora das 24 do dia... As mulheres bem resolvidas também gostam muito de séquiço, mas convenhamos, não é só o que importa. Nessas horas, vale também ser atencioso, gentil, cavalheiro... Virar para o canto e roncar após? Nem pensar! E trate de se concentrar, pois nós sempre estamos prontas para um repeteco!
Secador (de cabelos): nem adianta reclamar, abaixe o som, e aguarde, já que a maioria das mulheres não consegue viver sem esta invenção, que, segundo a classificação do INMETRO, trata-se de um “aparelho portátil previsto para ser segurado à mão durante a utilização normal e cujo motor, se existente, é parte integrante do aparelho”.
(Obs.: O mesmo vale para a “chapinha”, também conhecida como “prancha”, mas neste caso é só esperar mesmo, pois esta é silenciosa!)
Salto alto: base dos sapatos com estatura de um à doze centímetros dependendo do tamanho da mulher (às vezes passa disso!). Algumas preferem o salto plataforma, que adere a toda a sola do sapato. Quase toda mulher curte andar de salto, então, se ela ficar mais alta que você, paciência, e curta ter um mulherão ao seu lado!
Saia: branca, preta, colorida, jeans... de tamanhos variados, mini, longas, mides. Caem bem se as pernas forem mais grossinhas, e o bumbum arrebitado chama a atenção dos homens. Para as mais salientes é a peça mais fácil de tirar, ou não! Mas não vale é olhar pra outras mulheres de saia, e atenção: nunca, nunca mesmo, pegue na perna de uma mulher vestida de saia que não seja sua namorada, pois sua integridade física estará correndo sérios riscos, sem falar que poderá ser mal interpretado...
Sandálias: Sei que temos os pezinhos mais lindos do mundo, adoramos massagens nos pés, adoramos ser elogiadas, pela unha "megalo" bem feita e que temos um super bom gosto pra sandálias de salto. Mas, por favor, não se empolguem porque estamos com os pezinhos semi nus e cismem de fazer massagem depois de uma balada... é super desconfortável... o pé tem estar muito limpinho.... Quando estamos com as nossas sandalinhas... queremos só elogios o tempo todo e não meta a mão insistindo até a morte... É, literalmente, um saco!!!!!
Sorvetes: Meus caros amigos do sexo masculino, mulher adora dar uma lambidinha disfarçada em um sorvete.....Hummm ... é bom demais.... Mas, tem que ser disfarçado porque vocês adoram nos deixar constrangidas, dando aquela olhada, alguns chegam a falar: "Bela chupada" ... que horror... Nunca, nunquinha faça isso, animal...
Sentar: Como assim? Vocês homens, acham mesmo, que namorar é sinônimo de arrumar logo um banquinho e sentar a bunda lá com sua namorada, enquanto todas as outras pessoas dançam loucamente? Ninguém merece... Será que você consegue pensar só um pouquinho na sua linda??? Mas, se você não souber dançar, não inventa... Pelo menos balançar o corpo você sabe, né... Então, só fica no balanço da redinha... É tão fácil...Você consegue!

T

Tapa: na cara não vale, é baixaria! Mas um tapinha de amor não dói... Mas muita calma nesta hora: nem é toda mulher que gosta, meu caro, então não se empolgue demais. Converse com sua musa sobre suas preferências, sobre as dela, e aí a satisfação é garantida (ou não entre mais neste blog!).
Tarado: o famoso maníaco sexual. Mal você o beija, o cara já vira um polvo e arranja mão e braço em tudo quanto é lugar do seu corpo. Sinceramente, caro leitor, mulher nenhuma gosta disso, assim, de cara. A não ser que seja umazinha da vida, ou esteja tão trêbada que nem saiba o que está fazendo. Se você gostar da menina, segure seus instintos um pouco e dê a ela o tempo necessário para se sentir à vontade com você. Mas não seja “santinho” demais, pois corre o risco de ela pensar que você não está interessado!
TPM (Tensão pré-menstrual): essas vocês conhecem de cor e salteado, não é? Mulheres temperamentais, á beira de um ataque de nervos... Peraí, não é bem assim... Existem muitas outras peculiaridades... Mas isso é papo para um texto inteiro! (Que prometemos, virá dar o ar da graça neste espaço muito em breve!) Portanto, curiosos de plantão... Aguardem!
Trabalho: adoramos homens trabalhadores e honestos, claro. Mas por favor, falar e pensar só em trabalho só empobrece a relação, sem contar que é falta de delicadeza e semancol sentar com sua musa inspiradora num restaurante e só falar de trabalho o tempo todo...
Tesão: uma mulher neste estado pode até fazer tudo o que você quiser, bebê, mas tente se segurar o máximo que puder! Muitas vezes só queremos sentir, provocar... E se você ficar tentando ir direto aos finalmente pode ser fatal para o clima!

U

Unha:
a maioria das mulheres gosta de colorir as unhas com esmalte, e usá-las longas. Se você ODEIA esmalte vermelho e unha grande, que tal negociar com a sua namorada e/ou mulher para que ela as adote rosinhas e curtinhas? Tudo pode ser conversado e negociado, se isso for feito com calma.
Umbigo: muitos homens só conseguem enxergar o próprio umbigo, o que é totalmente condenável, pois só traz problemas para um relacionamento (qualquer um, até amizade). Hoje as coisas são diferentes: homens egocêntricos não têm a mínima chance com mulheres independentes e interessantes!
Uga-Uga: Ah, por favor, não seja um Uga-Uga a la novela das 19h... É péssimo aquele homem que adora tirar a camisa o tempo todo, ainda mais se for peludo a la Tony Ramos.... Coloca a camisa, lindo! É tão melhor! (Atenção, você poderá tirar sua camisa só em praias, piscinas e coisa e tal. Mas, preste atenção cabeção, quando dizemos SÓ é porque é SÓ mesmo... Ok!?)

V

Viagem:
mesmo se for para passar um fim de semana fora de casa, há apetrechos indispensáveis dos quais as mulheres não podem abrir mão um diazinho sequer. Ou você acha que a pele de pêssego foi um dom divino que recebemos ao nascer? Além disso, não gostamos de decidir com antecedência que roupa vestir no dia tal, precisamos ter muitas opções para o caso daquela saia não cair bem naquele dia. Por isso, não se zangue se ela aparecer com muitas malas no dia da viagem, abarrotando o porta malas. Este é um transtorno que pode ser compensado e recompensado.
Válvula: o quê? como??? Pois é, não sabemos o que são válvulas, pistões, sonda lâmbida, e outras peças de veículos ou máquinas. É querer saber demais, não é? Sabemos outras tantas coisas interessantes...
Vampiro: caro rapaz desavisado, não seja um "homem-morcego", por favor! Odiamos ficar marcadas por mordidas muito fortes, marcas e chupões no nosso lindo pescocinho! Isso é coisa de "menino sem-noção", e nunca estivemos nesta fase, ok??? (Atenção, atenção! o mesmo vale para "beijo-ventosa", aquele que gruda, e na hora de desgrudar arranca metade do seu lábio; e também para o "beijo-Gilmar", aquele que lambe sua cara toda, e com o qual você tem que sair a la Alborghetti, com uma toalhinha de rosto a tira-colo, pronta para limpar toda a baba que o cara deixou em seus poros faciais!)

X

Xixi: apenas com a tampa da privada levantada, viu? E por favor, abaixe-a depois. Ah, e com a porta fechada, please!
(O Xis está meio osso... Só lembramos disso... Se lembrarem de mais alguma coisa, fiquem à vontade para usar a caixa de comentários!)
Xaveco: flerte, paquera, cantada, daquelas horripilantemente ridículas que levam as meninas ao ódio tepeêmico automático e instantâneo. Definitivamente, tenha por certo que você não vai encantar uma mocinha pedindo o telefone do cachorrinho dela... (Verbete devidamente lembrado pelo Anderson! Isso é que é leitor atento e rapaz não-desavisado, minha gente!)

Z

Zacarias: você pode até ser engraçado, aliás, adoramos quem nos faça rir, mas nunca você será tão peça-rara como ele! Please, não tente imitá-lo, pois correrá o risco de se tornar igual ao cara do verbete abaixo...
Zé: Zé Mané, Zé Ruela, e similares... Sentimos muito, mas nestes casos está osso! Se você é um Zé, vale a máxima da musiquinha do "Tianastácia": se um cara nasce mané, cresce mané, e morre mané! Sai dessa, só depende de você, amigo... Se seguir os verbetes do nosso "Pequeno Dicionário da Feminilidade para Rapazes Desavisados", acreditamos que ainda pode haver uma luz no fim do túnel para você...
Zum-zum-zum: este é só pra descontrair! :-D

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Observações:

1) O fato de alguns verbetes não se encontrarem dispostos em ordem alfabética é proposital, nós não faltamos à aula no dia desta lição: apresentamos os verbetes na ordem que propicia o melhor entendimento do "dicionário" como um todo.

2) Aceitamos sugestões de novos verbetes... A caixa de comentários é de vocês!

3) Para ler a Primeira Parte, de A a E, clique aqui. Para ler a Segunda Parte, de F a L, clique aqui. A Terceira Parte, de M a Q, aqui.

Esperamos que tenham gostado do "Dicionário", e por favor, ponham-no em prática, e façam bom proveito!

Beijos,

Ana, Bela, Dô e Lú - Mineiras, Uai!