(*) Burning Sky - Belo Horizonte/MG - Photo, Art: Ana.
Um blog sobre uai, sô, véio, contos, causos, sentimentos, pão-de-queijo, crônicas, broa-de-fubá, cinema, literatura, fotografia, arte, poesia...
* Agora em novo endereço: www.mineirasuai.com *

31 dezembro 2004

FELIZ OLHAR NOVO

No último dia do ano é de praxe concentrar forças para iniciar um novo ano com o pé direito, e fazer uma retrospectiva de no ano que se passou.
Hoje estou assim: melancólica e esperançosa. Então recebi este maravilhoso texto de Carlos Drumonnd de Andrade e vou compartilhá-lo com vocês.
Desejo de coração um excelente Ano Novo a todos, paz, saúde, amor, fé em Deus!
Beijos Lú
FELIZ OLHAR NOVO!!!
(Carlos Drumonnd de Andrade)
O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA. Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?
Quero viver bem.
2004 foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.
2005 não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos amigos. Ou mude de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE).
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial.
2005 pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.
Somos fracos, mas podemos melhorar.
Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
2005 pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você!
Pode ser.
E que seja!!!
Feliz olhar novo!!!

27 dezembro 2004

FAMÍLIA...

Para completar o tempo de nostalgia que se inicia com o Natal e termina no Ano Novo, vou falar hoje sobre família.
Isso mesmo, família... esta instituição que começou sabe-se lá Deus quando e nunca vai terminar... será? Tomara!

No dia 25 fui à Missa de Natal e me deparei com o Evangelho da Sagrada Família. Pais, mães, filhos, todos devem respeito uns aos outros, carinho, compreensão, amizade, amor!
Ai fiquei pensando na minha família. Papai, mamãe, Ju, Xande e Gui, não poderia haver família melhor!!! Tudo bem que briguinhas existem, e até fazem parte do relacionamento... nem sempre sabemos onde o Gui está, como está o namoro do Xande ou se a Ju já saiu com os amigos ou está em casa, mas é uma turma maravilhosa!
Mamãe como sempre é o elo de tudo... amor incondicional, doação total. Papai o conselheiro, amigo, fiel. Estes dois são os meus ídolos!

Mas fico pensando naquelas famílias que não são unidas, que um nem sabe o que está acontecendo com o outro. Neste momento lembro alguns nomes de tios, os quais nem sei se lembram da “pekena” sobrinha aqui. A família da mamãe é bem unida, destes não tenho queixas. Mas a família do papai... nem sei por onde anda. Só nos encontrávamos no Natal, quando vovó era viva (ela faleceu em julho de 2003), e desde então, a desunião assolou os filhos. Nem agora no Natal tive notícias de todos... pena...

E conheço ainda mais famílias que não são unidas, pais que não estão nem ai para os problemas dos filhos... até que estes entram no mundo do álcool ou das drogas e chamam a atenção. Acho que este não era o propósito de Deus quando pensou na família. Mundo mudado, conceitos desvirtuados...

Bom, como este é meu último post do ano, desejo a todos um 2005 de união para os lares. Rezo mesmo por todas as famílias do mundo, para que sejam afetas e que daí comece a paz que nosso mundo tanto precisa.

Beijos Lú
P. S. : amanhã é aniversário de casamento dos meus pais, 30 anos de união e amor. Parabéns para eles!!!

24 dezembro 2004

Mais um post sobre o Natal...

Amigos virtuais e reais do "Mineiras, Uai!",

"Vou começar bem brega: "Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi...". By Roberto Carlos, o Rei, obssessivo-compulsivo.

Esse ano de 2004, no meu ponto de vista, foi atípico. Parece que passou um tufão e virpu minha vida de cabeça pra baixo. Estou no mundo de Oz, assim como Dorothy... Amigos casaram, amigos ficaram noivos, amigos passaram nos mais diversos concursos, amigos arrumaram empregos, amigos que se tornaram mais amigos, velhos amigos, amigos reencontrados e novos amigos. Pura felicidade compartilhada. Amigos viajaram, amigos mudaram: de cidade, de jeito, de vida, de amigos. Amigos perdidos, pelos mais diversos motivos: brigas, violência, morte. A mais pura saudade... Tristeza compartilhada. Batalhas ganhas, guerras perdidas e vice-versa.

Aprendemos a viver com isso, enfrentamos os altos e baixos. Saudade. Por isso, amigos, quero desejar-lhes Feliz Natal e um 2005 maravilhoso, sem tantas surpresas tristes, mas com todas as felizes. Peço desculpas àqueles a quem magoei, àqueles a quem não dei muita atenção esse ano, àqueles que continuam no meu coração mas junto aos quais não pude estar... Desculpa... Àqueles que, por mais que eu tente fugir, esconder, sumir, amarram-me ao pé da mesa e não me deixam escapar...Obrigada. Àqueles que sabem que preciso do meu espaço e que às vezes preciso sumir, esconder, fugir, e que, mesmo assim, continuam meus amigos...Obrigada. Prometo que esse ano vou estar mais presente...

Assim, amigos, família, desejo paz, saúde, amor, um Natal cheio de coisas boas para todos vocês e um 2005 cheio de realizações. Espero estarmos juntos ao longo do caminho, mesmo que seja só no coração. Amo vocês."


O que mais eu poderia dizer sobre o Natal? Somente que é uma época do ano em que parece que as pessoas sentem mais... se amam mais.... Pelo menos nessa época do ano, eu peço PAZ!
Reflexão, religião, são coisas que já não fazem mais tanto parte dos nossos Natais atuais, pelo menos da grande maioria da população, como a Lu escreveu tão bem no seu último post...
Mas eu gostaria de fazer aqui um pedido a cada um de vocês: vamos olhar mais pelos outros, tentar fazer algo para realmente ajudar, amar ao próximo, o amor mais terno e puro, que é o amor que Deus tem por nós, o amor de Jesus.
Acima, um texto fantástico, de uma antiga
amiga... eu não poderia dizer mais nada após um texto desses, que traduziu todo o meu sentimento sobre este ano que está acabando, e sobre o Natal.

Beijos a todos vocês,

Merry Christmas!
Felice Navidad!
Buon Natale!
Feliz Natal!

Ana Letícia.

22 dezembro 2004

O que fizeram do NATAL?

"O QUE FIZERAM DO NATAL"

"Natal.
O sino longe toca fino.
Não tem neves, não tem gelos.
Natal.
Já nasceu o deus menino.
As beatas foram ver,
encontraram o coitadinho
(Natal)
mas o boi mais o burrinho
e lá em cima
a estrelinha alumiando.
Natal.

As beatas ajoelharam
e adoraram o deus nuzinho
mas as filhas das beatas
e os namorados da filhas,
mas as filhas das beatas
foram dançar black-bottom
nos clubes sem presépio."

Este poema de Carlos Drummond de Andrade retrata o atual sentimento do Natal. Com certeza, os mais velhos, nossos pais e avós, vivem um Natal diferente do Natal dos jovens. Oração, compreensão, compaixão, sentimentalismo só mesmos dos mais cristãos. Os demais, quase ateus, vivem no meio de compras e festas e, para eles, assim é o Natal.

Todos já sabem que sou muito católica e queria aqui, através deste post, demonstrar um pouquinho do sentimento natalino: deixem de lado as compras, as comidas, os afazeres no trabalho e vamos pensar no que significa a vinda do Menino-Jesus. Deus não mandou Seu Filho ao mundo por acaso. Já repararam que nesta época as pessoas estão mais frágeis? Mesmo os mais “durões” querem um pouco de paz e dão atenção a quem lhes ama.

O Natal é isso, é AMOR!

É esperança num mundo melhor, que vem simbolizado pela paz que uma criança traz. É a junção da fraternidade, da simplicidade, da paz, do acolhimento, do amor, do poder de servir, da ternura de um Deus que deseja fazer de nós a sua imagem e semelhança. Quem nunca se emocionou com uma encenação de Natal, quem nunca refletiu?

Deixo meu recado a todos, para que vivam o espírito do Natal, pelo menos nesta época do ano, e que deixem transparecer isso. Não é vergonha amar a Deus, faz bem ao corpo e a alma. Somente quem vê e sente o Natal assim pode dizer e desejar a todos um Feliz Natal!

Bom Natal, um excelente 2005!

Beijos Lú

20 dezembro 2004

"CARAVANA DA CORAGEM"!

Bom, meu assunto inicial seria sobre a 27ª REUNIÃO DA CÚPULA DO MERCOSUL que foi realizada na última sexta-feira (17/12/04) em Ouro Preto – MG. Na verdade, desde o início da semana passada foram realizadas várias reuniões com ministros, chanceleres e outras autoridades dos países que fazem parte do MERCOSUL, sendo que os chefes de Estado (9 presidentes) chegaram na sexta-feira e se hospedaram em BH.

Excelente assunto, inteligente, daria um belo texto se não fosse tão comentado. Falar de barreiras alfandegárias, Brasil X Argentina, Argentina X Brasil e salvaguardas é muito complexo. Por isso deixo para os profissionais de comunicação. Mas, não deixo de ter minhas opiniões críticas sobre o assunto.

Se vocês quiserem se informar melhor, podem encontrar tudo sobre a Cúpula na internet, jornais e revistas e etc. Acho que para quem não iria falar nada sobre o assunto, já falou demais, não é mesmo?!

É que, se sexta para sábado, cheguei em casa super tarde e fui direto para cama e tive um sonho muito estranho.

Sonhei que, de repente surgiram, numa estrada, uns ciclistas dispostos a fazer um trajeto não muito recomendável. Dentre as pessoas, estávamos eu, meu professor de História da Arte – El Bigodón (vulgo Magno). Porque El Bigodón? Ele morou 15 anos em Portugal, estava fazendo doutorado em História da Arte e deixou aquele bigode estranho, igualzinho aos portugueses legítimos, daí o apelido, continuando nos personagens do sonho, estavam também a Pê (minha amigona) e o meu melhor amigo que até agora não me lembro quem era.

Lembro-me que íamos sair de Belo Horizonte com destino à Brasília, de bicicleta!!!!!

Os outros integrantes da "CARAVANA DA CORAGEM" foram desistindo no meio do caminho, restando apenas eu, meu professor- El Bigodón, a Pê e o meu melhor amigo não identificado. Detalhe importantíssimo, no sonho a Pê e o El Bigodón tinham um, digamos que afeto especial que se restringia nos olhares.

No meio do caminho, depois de vários obstáculos fomos surpreendidos com Machu Pichu, isso aí pessoal encontramos Machu Pichu no Brasil e para melhorar no caminho de BH / Brasília.

É claro , que paramos lá, em meio à lembranças da civilização inca, espíritos rondando o local e meditações descobrimos uma caverna que tínhamos que rastejar por uma fenda para chegarmos no interior da mesma que tinha não sei o quê, acho que tinha algo bem inusitado, pois aí sim explicaria tanto esforço e literalmente, aperto para chegar lá, não íamos nos enfiar num lugar para nada.

Primeiro foi o Professor (El Bigodón), depois eu e meu melhor amigo (não sei onde a Pê estava, acho que estava meditando). Foi quando o professor encontrou um cara, que também estava rastejando, e de repente o professor começou a ter relações homossexuais com o tal sujeito. Estranhíssimo. Só sei que, depois da cena, não apropriada para nenhuma faixa etária, encontramos um lugar maravilhoso, mas como nem tudo é perfeito estava lotado de turistas, ficamos só um pouquinho e continuamos a nossa aventura.

Estávamos na estrada, pedalando até morrer, quando de repente fomos parar numa ferrovia, imaginem, que cena: a "CARAVANA DA CORAGEM" pedalando encima dos trilhos quase chegando em Brasília. Foi quando meu celular começou a tocar e acordei toda suada, molhada dos pés à cabeça.

Não me perguntem o que aconteceu depois. Nem imagino. Quem sabe um dia sonharei com o fim da história?!
Às vezes fico pensando que até nos sonhos sou maluca....rs!!!
Bjocas da Dodô!!!

17 dezembro 2004

Novo patrimônio histórico de BH

Quem já passou por BH com certeza deu uma paradinha na Feira de Artes e Artesanato que funciona na Av. Afonso Pena (acho que ninguém precisa de referência, quem nunca passou por lá?)
Tudo bem, vamos informar a quem não conhece: é a maior feira de artesanato que já vi... e olha que já rodei o Nordeste e conheço vários mercados que vendem de tudo, como aqui. A feira começa na esquina da Av. Carandaí e termina na esquina da Rua da Bahia e tem de tudo, TUDO mesmo!!!
São 2,5 mil barracas coloridas que oferecem sapatos, bolsas, carteiras, chinelos, cintos, colares, brincos, anéis, roupa masculina, feminina e infantil, artigos de decoração, enfeites para casa de madeira, de plástico, de papel, de tudo quanto é jeito e gosto, e comidas, churrasquinho, acarajé, salgados, cerveja, refri, suco e muito, muito mais...
E não dá para andar tudo num domingo só não (a feira só funciona aos domingos). Você tem que fazer escolhas: de preferência chegar na feira entre 5 e 6 horas da manhã... Cedo? Que isso! Depois de uma noitada de sábado? “Deus ajuda a quem cedo madruga!”
Mas para comprar tem que ir cedo mesmo, escolher os melhores artigos, antes que uma multidão invada a feira, a média é de 100 mil habitantes por domingo. Às 10 horas é impossível de se trafegar por lá.

Os feirantes da Av. Afonso Pena são tradicionais, têm lugar garantido há anos e não trocam a barraca por nada! Ainda mais agora que ganharam um presente: a FEIRA DE ARTES E ARTESANATO DA AFONSO PENA É PATRIMÔNIO CULTURAL DE BELO HORIZONTE. Chique? Demais!

A lei de tombamento da Feira Hippie (seu nome vulgar) foi aprovada pelos vereadores de Belo Horizonte e está aguardando sanção do prefeito Fernando Pimentel. Há quem diga que a feira não ficará neste local por muito tempo... discute-se que deve ser localizada num lugar onde dê para ser construídos banheiros populares, com mais espaço entre as barracas... talvez mude para a rodoviária, Praça da Estação, Estádio Independência, ou para o estacionamento do Mineirão.
Mas se tirarem a feira da Av. Afonso Pena ela pode acabar! Não tem graça ser em outro lugar!

Voltando ao tombamento, a idéia do projeto de lei é preservar o movimento cultural, que começou em 1969, com encontros semanais de artistas e intelectuais na Praça da Liberdade (antes a feira acontecia na Praça da Liberdade, toda quinta-feria e domingo). A manifestação de arte e saber ganhou ares de comércio e precisou ser transferida para a Av. Afonso Pena, que abriga milhares de artesãos.

Quem ainda não conhece, vale a pena passar por lá, por este ponto turístico de BH!

Beijos a todos!

16 dezembro 2004

Papo Sério

Cultura Geral no Mineiras, Uai! - O BRASIL NA ONU

Pois é, pessoal, depois de a Dôdô contar causos de bebedeiras, da vida e afins, a Lú falar de preconceito e da situação do ensino em nosso país, cá estou eu, atrasada como sempre com o meu post da semana (era prá ter publicado algo na 2a feira), e com um texto um tanto quanto sério...

Achei importante fazer este texto hoje, não apenas pela brilhante aula do Prof. Márcio Luíz (UFMG e Praetorium) de hoje, mas também porque ultimamente tive algumas discussões com amigos/colegas sobre o posicionamento do Brasil e sua insistência para ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. O problema é que este assunto está sendo muito falado pela mídia, pelos políticos, desde a "era" FHC... E agora, o governo Lula despirocou geral, e quer porque quer por o país naquele lugar (no bom sentido, é claro... ou será que o sentido figurado não cabe aí também?) ;-)

E aí, como é tão falado e "refalado", o POVO acha que é uma coisa boa... As pessoas estão "rezando na conta benta", fazendo figa e enchendo a boca prá falar que é "importantíssimo" o Brasil ser membro do Conselho, etc, e etc, mas na verdade NEM SABEM O QUE É ESTE CONSELHO, PARA QUÊ SERVE E EM QUAIS TERMOS SERIA A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL!!!

Como o blog é público, e atrai visitas do mundo inteiro, é importante divulgar a REALIDADE dos fatos por aqui, não é meninas (Dô e Lú)?

Então, o "negó" é o "seguin": O Conselho de Segurança da ONU é o órgão das Nações Unidas encarregado de salvaguardar (pô, falei bonito!!!) a PAZ mundial. O que ele faz? Manda os exércitos dos países que o compõem para outras nações que estejam em guerra civil ou com outros países, etc, etc. Aí vem o Brasil e manda soldado pro HAITI, igualzinho ao que foi feito há algum tempo atrás, mandando exércitos nacionais pro Timor Leste. Se o Brasil entra pro Conselho de vez, como membro permanente, tudo quanto é país que estiver nestas situações, prá lá irão as tropas brasileiras. Até aí, mais ou menos ok.

O problema é que os atuais membros - dentre eles, claro, o país do "bucho" (EUA, claro) - querem que estes novos membros (sim, serão mais 05 novos membros permanentes no Conselho, BR + 4) entrem mas SEM DIREITO A VETO! Ou seja, não podem "discordar" das decisões do Conselho, não teriam voz praticamente nenhuma! E o nosso governo está aceitando isso!

Desta forma, os 05 novos membros (provavelmente Brasil, Japão, Índia, Alemanha e África do Sul ou Egito) compartilhariam apenas os ÔNUS de ser do Coselho: envio de tropas, segurança nas fronteiras com os outros países, investimento pesado em poderio militar, perigo de sofrer ameaças terroristas, etc etc. COMO SE JÁ NÃO BASTASSEM TODOS OS PROBLEMAS QUE TEMOS EM NOSSO PAÍS, AGORA AINDA TERÍAMOS QUE PREOCUPAR COM GUERRAS DOS OUTROS!!!? Isso sem contar nos milhares de jovens brasileiros a partir dos seus 18 anos que virão a morrer em tais guerras... E suas famílias, o sofrimento delas, de suas mães, etc? E SUAS VIDAS???

Bom, gente, é isso! Meu papel é de informar, e, claro, expor minha opinião pessoal, que acho que ficou bem clara aqui. Agora, se houver algum plebiscito (consulta ao povo brasileiro) sobre a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, vocês todos já sabem do que se trata, e se pensarem bem a respeito, e refletirem sobre minhas palavras, tenho certeza, votarão NÃO!

Abraços a todos,

Ana Letícia.

Ps: E aí, Zanini, falei certo? Qualquer coisa comenta aí e dá aula prá gente, tá?

15 dezembro 2004

Eu quero é uma pinga!

"Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe está morrendo. Eu bebo sim..."

Essa música estimula a veia alcoolica, fala sério! A acho sugestiva para um bom porre sem culpa. Falando nisso, no domingo passado fiquei o dia todo em casa, não parou de chover nem um segundinho. Mas, à noite fui dar uma volta em Macacos e quando retornei fui fazer companhia para minha irmã, que estava assistindo TV (É FANTÁSTCO – GLOBO). Parece que esta estreando um quadro com a Fernanda Torres, era mais ou menos assim:

“Ela acordava no sofá, com aquele gosto de cabo de guarda-chuva na boca, a blusa toda errada e tudo rodando. Resultado de vários copos de cerveja do dia anterior. Então, ela começa a se lembrar, vagamente, de alguns vexames cometidos no dia anterior, devido ao abuso do álcool... engraçadíssimo!”

Esse episódio me fez lembrar quando fui para Trancoso – Bahia, em janeiro de 2003, com minha amiga Jujú.

Um belo dia, saímos do “complexo” do quadrado e fomos para um bar de uns argentinos (eu acho), e bebemos 02 doses de cachaças, cada uma, (era mais barato) e claro, ficamos daquele jeito. Enquanto eu dançava loucamente, a Dona Juliana sumiu... Fui embora sozinha e por volta das 08:00h da madrugada, eis que aparece a Jujú, chapada ainda e bodou. Depois de uns 40 minutos, a garotinha acordou, então eu perguntei onde ela estava e ela disse que não sabia, perguntei com quem, ela também não sabia, aí ela me disse: “não sei, não sei, não sei quem me trouxe, onde eu estava, quem sou eu...” crises existenciais. Até hoje ela não sabe o que aconteceu, mas, podemos imaginar. Rimos para não chorar.

No outro dia, foi a minha vez. Ai, que mico! Encontramos com uns amigos meus, da minha sala na faculdade e fomos (à noite) para a casa deles, que por sinal tinham conhecido um garoto de Salvador e outro de Porto Alegre que estavam velejando com a família, e resolveram parar em Trancoso.

Só sei que esses garotos chegaram na casa e começaram a fazer a danada da caipirinha. Eu enchi a cara, dancei, tentei ensinar o gaúcho a dançar forró, foi aquela maravilha, falei tanta asneira e com aquela voz mole, que é ridícula, tive que ir embora carregada. Que vergonha! No outro dia, só de levantar a cabeça já queria vomitar. Resultado, fiquei o dia inteiro vomitando, nem dei as caras na praia. Pedi um pouco de boldo a uma senhora que tinha uma casinha ao lado do camping, e ainda pedi, com a cara mais lavada do mundo, que ela fizesse o chá pra mim (dá um desconto, eu estava acampando, né!).

No outro dia, ainda havia um resquício de dor de cabeça. Eu, Jujú e o Lopam estávamos sentados num restaurante do quadrado, almoçando.

Eis que eu comento que a última pessoa que eu gostaria de ver na minha vida era aquele gaúcho, ainda bem que ele é de tão longe. Êta boquinha, viu! Só lembro do Lopam dizendo:
“Ô Dô, não é por nada não, mas aquele garoto vindo em nossa direção não é o Léo (o gaúcho)?”

Pessoal, só não cai pra trás, porque eu fiquei dura. Eu queria enfiar em qualquer buraquinho que existisse por ali e nunca mais sair. E não é que o menino atrasou a viagem dos pais para me buscar para velejar com eles!

O Lopam, até hoje enche o saco que o meu príncipe é tão chique que largou a tradição do cavalo branco e, modestamente veio de veleiro e eu dispensei.

Detalhe, que até hoje, eu o Léo nos correspondemos por e-mail.

Bom, as histórias das cachaças da vida não parou por aí, virão vários episódios, o próximo será com a pinguça da Manú... a maioria das minhas amigas são cachaceiras... Aguardem...

Beijos da Dodô.

10 dezembro 2004

Viver sem medo de ser feliz!

Olá crianças! Sentiram minha falta? Pois é, passei por alguns momentos conturbados essas duas últimas semanas. Detalhe, que não parou por aí, pois, o problema disso tudo vai se resolver somente na terça-feira da semana que vem (14/12/2004- data inesquecível). Estou falando da bendita monografia, galera... Depois da 8ª versão, só falta a apresentação, que será na terça. ALELUIA! Rezem por mim!

Mas, no mais trabalhei muito e passei por mementos bem agradáveis... que delícia... conto pra vocês numa outra oportunidade...

Nossa, gostaria de escrever sobre tanta coisa e ao mesmo tempo, não sei por onde começar. Brincadeira, né! Depois de 02 semanas sem postar e ainda não tenho inspiração, que espécie de ser sou eu? Vai saber! Por isso tudo, acho que uma bela poesia diz tudo, ainda mais quando ela se encaixa nos acontecimentos... lá vai...

Sossegue coração
Ainda não é agora
A confusão prossegue
Sonhos afora

Calma, calma
Logo mais a gente goza
Perto do osso
A carne é mais gostosa

Paulo Leminski

Olha o nível de inspiração da garota aqui!!!

Às vezes, passamos por coisas inesquecíveis que merecem ser ditas, pensadas, amadas, desejadas e lembradas até o fim de nossas vidas. Essa semana fui surpreendida com alguns acontecimentos que deixou meu coração sem sossego. Engraçado, eu falar isso, mesmo porque estava completamente quieta e tranqüila. De repente tudo mudou. Mas, o mais importante disso tudo é que saibamos dialogar e expressar o que sentimos e o que estamos com vontade de dizer, jamais guardar coisas que tem que ser faladas. Eu não corro o risco de morrer engasgada, a menos que seja com alguma comida...

Só sei que estou feliz, porque me sinto uma pessoa capaz de resolver alguns de meus inúmeros problemas e também estou feliz porque eu amo tudo e todos...

Mas, que o meu coração tem que sossegar, isso ele tem... Sei que não estou dizendo nada com nada, é exatamente como está a minha vida e confesso que está maravilhosa. Vou dar um conselho: Arriscar é a melhor coisa a ser feita!
Vivam com intensidade e façam muita loucura!!! Vocês nunca irão se arrepender!

Beijos meus amores!!! Saudades!

08 dezembro 2004

Não me venha falar de flores

Hoje eu iria escrever um texto sobre o HAITI. A Veja desta semana trouxe uma extensa reportagem sobre este país precaríssimo, que abriga, já há 08 meses, mais de 1200 homens brasileiros, tropas do exército que foram em missão de paz pela ONU. A reportagem é fantástica, mas meus comentários e impressões ficarão para ser discutidas posteriormente.
O fato é que terei de tocar num assunto que vem gerando revolta nos belorizontinos nos últimos 3 anos, pelo menos: a violência e a impunidade em BH.
Final de semana que passou ocorreu uma tragédia: um seqüestro relâmpago que terminou em acidente, morte e tristeza. Para que vocês se inteirem do assunto, nada melhor que reproduzir aqui a mensagem transmitida pelo Orkut pela minha amiga Bárbara, que era amiga das vítimas, e escreveu de forma muito lúcida sobre o luto, e sobre o mal-estar que se espalha entre os cidadãos desta metrópole:

"Recebi muitos scraps perguntando qualé essa do luto. No dia 28 de novembro, ao sair da festa da Telemig Celular na antiga fábrica da Skol, um amigão do meu irmão, Víctor, e sua amiga, Gabes, foram seqüestrados por quatro meliantes. Esses marginais os colocaram no carro do Vitinho e saíram em alta velocidade pela BR ameaçando com uma arma outros carros que por lá circulavam. Houve uma colisão com outro carro e o carro do Vitinho, dirigido pelos meliantes, capotou, a Gabes ficou bem machucada e o Vitinho faleceu no local. Os quatro meliantes fugiram.
Até agora nada foi feito, nenhuma autoridade se importou com o assunto. A família do Vitinho está péssima, minha família está péssima, eu estou péssima. Ele era um rapaz de 23 anos, quase formando em engenharia elétrica, super alto astral e um irmão pro meu irmão. Nessas circunstâncias vemos que direitos humanos só existem para os bandidos, os marginais.
Cadê o meu direito de sair na rua, ir a festas, namorar? Se um bandido agride uma pessoa, ele comete lesão corporal, se a polícia agride este mesmo meliante, é tortura. Se um pivete me assalta, tudo bem, se eu dou uma porrada na orelha dele, ele é protegido pelo ECA e eu me ferro!!!! O mundo está todo torto, a violência contra pessoas que trabalham, estudam e nada mais querem que viver sua vida, está cada vez mais banalizada!!! EU SÓ QUERO ME SENTIR SEGURA!!!!!!!!! O que, convenhamos, está cada vez mais difícil. E olha que BH ainda é uma das melhores no quesito segurança. Só quero deixar meu grito de indignação.
BASTA! BASTA!BASTA! Que país é este onde não podemos mais ser jovens?
Obrigado a todos os meus amigos que me deram apoio nesta hora e a todos aqueles que nunca deixam de dar. Beijos indignados, Ba."

É isso. Preciso falar mais alguma coisa? Não sei o que podemos fazer. Pelo menos espalhar a notícia através do Blog, espalhar a minha indignação, a revolta, o medo... Não quero que a minha cidade se transforme num Rio, no Rio do tráfico, das mortes, da violência, e o pior, da impunidade.
Belo Horizonte é uma das cidades mais belas que conheço, seu clima é encantador, suas paisagens, de tirar o fôlego, suas pessoas especiais e acolhedoras, sua comida, farta e saborosa, marcante... Não deixemos que ela se torne amarga e cruel, inabitável! Isso aqui não é o HAITI! E o nosso direito de ir e vir? E a nossa liberdade de expressão?

"Eu sou da América do Sul. Eu sei, vocês não vão saber. Mas agora eu sou cowboy, sou do ouro, eu sou vocês, sou do mundo, sou Minas Gerais!" (Clube da Esquina)

Um abraço

Ana Letícia

05 dezembro 2004

Preconceito vem de dentro

Todo mundo sabe que no Brasil o racismo é considerado crime inafiançável, mas quando o racismo está dentro da própria pessoa que se sente inferior aos outros, qual a punição?

Esta semana presenciei fatos concretos de um amigo que é bem moreno, e que apesar das pessoas o tratarem com igualdade, ele próprio se discrimina. Esta é uma das histórias que conto sobre o Marcos.

Na quinta-feira passada foi formatura da minha amiga Cláudia, em Psicologia, pela PUC (Parabéns Claudinha!). Ela convidou vários amigos legais, dentre eles o Marcos. Até então, tudo bem, pois o Marcos estava super à vontade para ir à colação de grau, apesar dele nunca ter assistido uma, pois não foi na minha formatura no ano passado, por pura vergonha...

Como eu já conheço o jeito dele e precisava de uma carona também, juntei o útil ao agradável e liguei para o Marcos combinando de irmos juntos. Ele passou aqui em casa e fomos eu, Tamara e Andreza (amigas da PUC). Logo que acabou a colação nos dirigimos para os cumprimentos e ai a história começou... Ele estava muito bem arrumado, terno e gravata, mas é tão complexado com sua cor, que achava que todo mundo estava olhando para ele. Cumprimentou a Claudinha e só ficava de longe. A Tamara e a Andreza foram cumprimentar outras pessoas, porque também estudam na PUC, e eu fiquei conversando com as tias da Claudinha. O Marcos foi incapaz de ficar na rodinha com a gente e não cumprimentou nem os pais dela com medo de alguma retalhação... pode?

Depois da colação, teve uma festinha para a Claudinha no Clube da Copasa no Buritis. O Marcos, todo cismado, disse que não iria de jeito nenhum, mas eu e as meninas já estávamos preparadas para ir. Como eu tenho mais intimidade com a família da Claudinha do que a Tamara e a Andreza, a mãe da Cláudia me chamou para ir no carro junto com ela. Meu problema estava resolvido, mas as duas meninas não tinham como ir sozinhas, precisavam do Marcos. Com muito custo conseguiram convencê-lo de ir para a festa.

Chegaram lá e ele ficou, o tempo todo, vermelho de tanta vergonha. Não sei porque, pois a família da Claudinha é super animada e brincalhona, ninguém iria deixá-lo de fora da festa. Mas ele preferia ficar sentado, sem nem conversar. Mal tomou uma cervejinha e resolveu ir embora.

Antes disso, todo mundo estava conversando sobre o baile de formatura, no qual ele também tinha sido convidado (por sinal ganhou dois convites). Mas ele dizia que não ia, pois a festa não tinha nada a ver com ele, com a classe dele, essas coisas... Eu, como sou despachada e falo mesmo, disse a ele que ninguém perde um baile de formatura de bobeira, ainda mais no Catharina, e, além disso, convites de baile são restritos aos convidados que realmente o formando gosta. Ele continuou na pirraça e foi embora.

No outro dia todo mundo se preparando para o baile, as meninas fazendo escova e unhas e o Marcos insistindo na história de que não ia, pois se sentiria mal no meio de tanta gente bonita e branca. Para mim isso é o fim do mundo!

Não só eu, mas muita gente que conhece o Marcos (como a Tamara e a Andreza) fala com ele que tem que acabar com esse preconceito interior. Só ele tem isso!

Por fim, ele resolveu ir ao baile, levando uma irmã mais velha (eu esqueci o nome dela), que é uma mulher super legal e que se valoriza. Ela dançava no meio de todo mundo, conheceu pessoas novas e reparei que não sente nenhuma restrição sobre sua cor. Como o Marcos deveria ser.

No baile, ela e o Marcos encontraram com uma pessoa conhecida. Mas teve determinada hora que esta pessoa passou perto deles e não os cumprimentou, talvez não os tenha visto, mas logo o Marcos disse: somos pretos, ela não iria nos ver. Eu escutei isso e virei uma fera: - “Para com isso, não tem nada a ver sua cor, branco e preto são todos iguais”. Ele calou-se e não discutimos mais sobre o assunto.

O Marcos sabe que adoro ele e que não tenho nenhum preconceito quanto à sua cor ou classe social, mas ele insiste em se achar inferior.

Até quando? Que herança discriminatória é essa que carrega, como se ainda vivesse no tempo da escravidão, onde os negros não tinham vez?

O mundo mudou, graças a Deus! Só continua vivendo com mentalidade de “Brasil Colonial”, com preconceitos, quem é pobre de espírito!

Beijos Lú

03 dezembro 2004

"Diários de uma Viagem - Parte 2"

Continuando a história da viagem, pessoal, com muita chuva na cuca, durante toda a estrada, chegamos em Cabo Frio.
Aliás, o detalhe da chuva eu tinha me esquecido de comentar.... Vcs acreditam que choveu desde a porta da minha casa, em BH, até chegar em Cabo Frio? É sério! Não tivemos um momento sequer de estiagem! Lá em CF, até o cair da noite de sexta, idem... chuva, chuva, chuva. Ficamos até um pouco preocupados, pois queríamos aproveitar a praia, pelo menos no sábado, e o tempo tava muuuuuito feio.
O sábado chegou e aí.... SOOOOLLLLLL! Muito sol! Aliás, não tinha uma nuvenzinha no céu sequer prá te contar a história... O mar estava de um verde azulado, cristalino, que não dá nem prá descrever. Deu prá ver os peixinhos nadando no rasinho, a areia branca (Ah! A areia branca e fina de CF é um show à parte!) no fundo, seus pés caminhando através da água... huuuummmm Só de lembrar lembro-me da deliciosa sensação de geladinho do mar refrescando a gente todo!
A noite de Cabo Frio é muito engraçada: tem o bobódromo oficial, e tem o Canal.
O Bobódromo Oficial é a orla da praia, avenida pavimentada e muito bem iluminada onde se tem, do lado da praia, um deque com parapeito, e do outro lado, restaurantes, botiques chiques, prédios de apartamentos de cair o queixo, hotéis, etc.
Resultado: a diversão do pessoal é ficar encostado no parapeito do deque (virado prá rua, é claro) e ver o "desfile". Meninas com seus 13, 14 anos prá lá e prá cá, cochichando e dando risadinhas irritantes, geralmente de sainha, blusinha, plataforma, e uma bijoux comprada na feirinha perto da praia, ah, e é claro, o celular na mão.
Os meninos, geralmente usam um visual meio surfista, bermudão, boné, tênis skatista ou então havaianas.
Tá, tudo bem, isso daí é normal, até que ainda vai. Mas putz, ficar ali, sem fazer nada, horas e horas?! Ah, pelo amor de Deus, é muito sem graça, é muito BOBO, daí chamarmos de "Bobódromo".
Mas os "boys" de CF é que são os maaaaais engraçados: TODOS tem um GOL, 1.0 L. O detalhe é que, também, TODOS incrementam o carro da mesma forma, parece até que foi combinado: dois canos de descarga à mostra prá parecer que o carro é turbo, rebaixam a suspensão, obrigando-os a circular a 2 km/h quando tem um "gelinho de bahiano" (ou "croquete", como diz o "Zôi do Gú") mínimo na pista, quebra-molas então, eles praticamente páram o carro. Além disso, insulfime pretão nas janelas, paradinha listradinha nos faróis baranguérrimas, e, prá tirar a tranqüilidade de qualquer um que esteja calmamente tentanto jantar ou conversar em um dos inúmeros restaurantes da orla, um mega som ligado "no talo", tocando, obviamente, FUNK CARIOCA ou HIP HOP de péssima qualidade.... Sério mesmo? NINGUÉM MERECE!
Já o Canal, é mais chique, e tem restaurantes mais sofisticados, boates, etc. Tirando o cheiro, porque lá realmente tem um canal (do mar) passando, é muito legal ver os barcos de pescadores ancorados em meio a escunas turísticas incrementadas. O movimento por lá começa tarde, depois da meia-noite, horário em que os "bobos" do "Bobódromo" ficam tontos de tanto dar voltas em torno dos mesmos quarteirões e resolvem fazer o "footing" pros lados do Canal. Aí a coisa fica quente, a paquera rola solta. Entre aspas, é lá que as coisas acontecem, ou seja, as paqueras que rolaram no Bobódromo só se concretizam no Canal. Sacaram?
No domingo, nem curtimos praia, pois foi a prova da Prefeitura de Macaé, então saímos de casa bem cedo prá evitar trânsito, e nos dirigimos à cidade do "Ouro Negro" (p/ quem não sabe, é lá que fica a "Bacia de Campos", e a Sede - de Extração de Petróleo - da Petrobrás).
Terminada a prova, estrada novamente, e aí adivinha quem nos acompanhou todo o trecho? A chuva, claro.
Dormimos em Juiz de Fora, pois já era bem tarde, e segunda de manhã pegamos a estrada, novamente com mais chuva.
Desta vez, na volta, não tinha mais "Jolivan"´s prá nos acompanhar, apenas os motociclistas sem capacete, proteção nem nada, a nos ultrapassar pela esquerda e quase fazer merda...
Só sei que não tivemos maiores problemas, e chegando em BH, um sol maravilhoso se abriu no céu, e lembrei da beleza desta terra que eu amo, com seu MAR.... de MORROS e MONTANHAS, seu clima agradável, suas pessoas bonitas e, o mais importante, a minha caminha!

Abração a todos, até mais ver

Ana Letícia

01 dezembro 2004

"Ensinar a ensinar"

Nossa Constituição Federal prevê que todos os brasileiros têm direito à educação, sendo que ao Estado cabe o dever de garantir o ensino fundamental e médio. Mas não é uma obrigação exclusiva do Estado, a iniciativa privada também pode “ensinar”.
Mas o problema está quando é necessário “ensinar a ensinar...”
Todos os noticiários dos últimos quinze dias têm falado sobre o vestibular e a reprovação dos estudantes de Direito na prova da OAB de São Paulo... daí decorreu questionamento sobre a aprendizagem dos alunos de Medicina... Mas a história não termina por ai... na verdade só está começando...
Antigamente, na época de nossos pais talvez, era status freqüentar uma faculdade e ser bacharel. Poucas pessoas tinham acesso ao ensino superior. Hoje faculdade virou comércio... em cada esquina uma... e a qualidade lá em baixo.
Para montar um curso superior não basta apenas a parte física, prédio, carteiras, quadro e pincel... é necessário professores qualificados para ensinar os alunos, os futuros profissionais que estarão no mercado de trabalho. Não se deve brincar com o ensino!
E não basta pensar que assim está bom... o nível intelectual do brasileiro vai de mau a pior!
Sei perfeitamente que o aluno não se faz sozinho e que a faculdade também depende da presença dele. Mas tem que ter um equilíbrio.
Eu estudei em duas faculdades (mas apenas no curso de Direito) e nas duas presenciei, em determinado período, reprovação dos cursos pelo MEC. Não porque as faculdades eram ruins ou porque a turma teve conceito baixo no Provão, mas porque no conjunto ainda faltava muita coisa.
Primeiro foi na Faculdade de Direito de Sete Lagoas, onde depois da reprovação pelo MEC, os professores da Universidade Federal começaram a dar aulas lá, levaram projetos para a faculdade, e assim ela melhorou. O segundo fato foi na PUC (e esta é uma ótima universidade de Minas), mas o MEC achou que algumas coisas como biblioteca e salas de aula estavam precisando de reformas. Foi só arrumar (o que ocorreu rapidamente) que logo a faculdade foi aprovada. Algum órgão tem que fiscalizar, sem dúvidas!
Mas não se pode deixar o trabalho todo para o MEC. Diante das inúmeras faculdades e do baixo padrão de ensino, outros órgãos, como a OAB e o CRC, promovem provas para avaliar se os bacharéis realmente aprenderam alguma coisa na faculdade.
O resultado é assustador... sempre muitas reprovações. O que fizeram nos cinco anos de faculdades? Só passearam? Não nego que tinha dia que eu ia à faculdade e não estava com vontade de assistir aula, então dava uma volta... na pracinha da PUC... mas sempre fiz minha parte, fui uma aluna muito estudiosa. Meu lema na faculdade era “não há aluno bom para faculdade ruim, não há faculdade boa, para aluno medíocre”.
O resultado? Hoje tenho orgulho de dizer que passei na prova da OAB, diante de tantos reprovados.
Na verdade, quando fiz a prova, achava que não precisava ser uma avaliação tão difícil, com matérias do curso todo, mas hoje penso que todos os cursos devem ter uma prova para registro em conselhos.
Quem não tem tato para a profissão, não deve ser irresponsável em colocar outras pessoas em risco patrimonial ou de vida.
Faculdade não é para brincar, gasta-se tempo e dinheiro...
Beijos Lú

26 novembro 2004

“Não basta ter um corpinho bonito, tem que ter muita cuca no lance”

O calor vai chegando, o verão apontando e as academias começam a ficar cada vez mais cheias... eu mesma já reclamei na academia que freqüento “Marilu Dias” onde está cada vez mais difícil seguir a seqüência dos exercícios (apesar que isso não é essencial), pois sempre tenho que esperar um aparelho desocupar para malhar... Ai o Beto (coordenador da academia) sempre diz que todo verão é assim, ou melhor, todo mundo começa a malhar em outubro para estar em forma e pegar praia em janeiro (eta mineirada...).

Mas “não basta ter um corpinho bonito, tem que ter muita cuca no lance...”
Para emagrecer, firmar o corpinho, acabar com aquelas gordurinhas localizadas e incômodas (que até os homens reclamam), não basta só malhar, tem que seguir também uma dieta equilibrada. Além disso, ter um “certo controle” sobre o corpo, entendendo seu funcionamento. Tudo começa seguindo certos horários...

Lendo um texto de Yvan Touitou, Cronobiologista da Faculdade de Medicina Pité-Salpêtrière, aprendi coisas interessantes, que vocês também devem saber:
Horário para despertar: Entre 7 e 8hs, pois o corpo produz um hormônio que faz acordar, o cortisol, que neste horário está em sua concentração máxima. Ideal para acordar com facilidade e com o pé direito.
Prazer: das 9hs às 10hs: a hora certa para as folias amorosas, já que a taxa de serotonina (neuro-transmissor ligado ao prazer) está em seu apogeu.

Trabalho: das 10hs às 12hs: O estado de vigilância atinge o seu pico e a memória de curto prazo (que guarda coisas como um número de telefone que olha na lista, é retido por alguns segundos e esquecido na seqüência) está mais ativa. Depois que as endorfinas presentes entre 9hs e 10hs desaparecem, o organismo atinge a sua velocidade ideal. É o momento certo para refletir, discutir idéias e encontrar inspiração.

Descanso: das 13hs às 14 hs: por isso que dá aquela moleza depois do almoço... devido à queda de adrenalina que acelera o ritmo cardíaco. Para retomar a disposição, basta 20 minutos de descanso.

Movimento: das 15hs às 16hs: A forma física encontra o seu apogeu no meio da tarde, ao mesmo tempo em que a capacidade intelectual diminui. Como não há produção de hormônios específicos nesse horário, os cronobiologistas ainda não encontraram uma explicação para o fato.

Rush: das 18hs às 19hs: À partir das 18h, o organismo fica particularmente vulnerável à poluição e ao monóxido de carbono. Convém então limitar o consumo de cigarros e evitar se possível, os engarrafamentos. Também é nesse horário que a atividade intelectual e o estado de vigilância atingem um novo pico, é a hora de desenvolver idéias..

Pileque: toda hora é hora, mas o melhor seria das 20hs às 21hs. Mas cuidado é também o momento em que as enzimas do fígado estão menos ativas, o que faz com que se fique bêbado bem mais rápido.

Sono: à partir das 20hs... ai ai.. só mais tarde... A melatonina (hormônio do sono) invade progressivamente o corpo a partir das 18h. Mas é as 20hs que aparece o primeiro momento ideal para dormir, sucedido por outros iguais a cada duas horas. Para ajudar a cair no sono, fazer amor é uma excelente idéia: o prazer sexual desencadeia a secreção de endorfinas no cérebro, favorecendo o adormecimento.

Hummmm nada mal estes horários, né? Apesar que nesta vida corre-corre não dá para cumprir à risca tudo isso...

Beijos Lú

24 novembro 2004

Conceito "A"!


Deus ouviu minhas preces! Por quatro anos seguidos, não aguentava nem ouvir falar das calouradas do UNI-BH (faculdade onde estudo). O DCE daqui era o Mudança Já. Eles até fundaram uma ong....ÔÔÔÔ.
Fato importante: todos os integrantes do DCE Mudança Já, entraram para o "governo" com uma mão na frente e outra atrás, até que fizeram algumas benfeitorias, como: coloraram uma mesa de sinuca e de totó no galpão da faculdade, conseguiam uns 2 ou 3 ônibus por ano para "alguns" DAs , mas só para viagens próximas, isso sem falar das calouradas, era uma maravilha; altas bandinhas de Axé, Pagodão mulherada dã e os playboys então, só não tinham aplicado mais bombas no corpo por falta de espaço. Depois de lindos 4 aninhos com a mesma sinuca, as mesmas festinhas, o mesmo totó, eis que o presidente do DCE, Miguel não sei das quantas, resolve canditar-se para vereador de Belo Horizonte. Foi um dos candidatos que mais gastou com a campanha. Detalhe, tinha dito acima que eram todos "pobres", cansei de encontrá-los no busão. Hoje? Todos de carrinho 0 bala. De onde eles tiraram dinheiro? Dos otários que contribuem com a taxa do DCE junto a mesalidade, na qual, estou incluida. Os de "esquerda", nunca conseguiram chegar nem perto das votações, é claro, é difícil encontrar gente que pensa. Os modismos estão à solta.
Dia 18 de Novembro foi a votação para escolher o novo "conselho do DCE". Mas, os "queridinhos" não se canditaram. Agora eles vão roubar na câmara, frequentaram a escolinha por 4 anos. Se formaram e vão disputar com os cachorros grandes lá na câmara. Teve uma única chapa: "CONCEITO", digamos que, de esquerda. Ganharam!!!!! Também, eram eles e eles mesmos. Confesso que não dei muita importância, já estou saindo da faculdade e nem procurei saber das propostas, votação e etc.
Hoje, 08:00h, me senti extremamente arrependida, pois o novo presidente do DCE do UNI-BH, Fernando Augusto, saiu estampado na primeira página do Caderno de Cultura do EM. A reportagem entitulada, Da resistência ao Axé, fala um pouco dos anos 60, em que a mobilização política era priorizada para uma sociedade mais democrática, isso tudo através de movimentos estudantis, culturais. O primeiro presidente da UNE (União Nacional de Estudante) foi o poeta Ferreira Goulart, que fala sobre o "regresso". Movimentos estes, que marcaram uma geração e lançaram muita gente importante (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque dentre outros).
Quando comentei sobre essa reportagem no escritório onde trabalho, dizendo que seria uma enorme felicidade, se o DCE desenvolvesse programas e projetos culturais que realmente valessem à pena participar, como: teatro, debates, mobilizações, shows que tenham fundamentos poéticos, políticos, atístico regional. Eis que o Gabriel (estudante de Direito, 19 anos e morador da zona Sul de Belo Horizonte), que trabalha comigo, deixou escapar essa asneira: " Quê isso Dô, esse DCE tá por fora, não vai dar em nada pois, a outra chapa (Mudança Já) é que era bacana com os shows de axé. Era tão bacana que lotava e só de gente bonita. E esse DCE novo, não vai dar em nada... A moda é o axé, pagode, sertanejo...
Meu Deus, há uma distorção de valores? Ou eu estou ficando maluca?
"...sempre há forças que buscam a inovação responsável."
(Fernando Conde, um dos coordenadores do DCE da UFMG.)
Aproveitando a oportunidade e o título. O meu curso foi aprovado pelo MEC, com conceito A . Olha que a minha turma vai se formar n final do ano e foi o único conceito A dos cursos de Turismo avalidados em Belo Horizonte.
Parabéns turma!
Beijos!
Donária

23 novembro 2004

"Chapa Éguia" - Diários de uma viagem

Roupas na mala, protetor solar na bolsa, "comida no papinho e pé no caminho"...

Partimos para uma viagem para Cabo Frio, prá variar.

O Uno "Milho" é valente, subiu e desceu Serras, ultrapassando caminhões, ônibus, respondendo bem ao ser acionado, economizando a "gasosa" prá nós.

Na baixada fluminense, eis que surge o Jolivan. Amigo, calmo, inesperado. Nos acompanhou um bom tempo na estrada reta e quente, margeada por fazendas com vacas, garças, urubus, mato, muito mato... enfim, os latifúndios de um Brasil que não cumpre a sua função social.

Jolivan era um caminhão, e por incrível que pareça, sua presença quase constante durante toda a estrada da baixada nos divertiu. Primeiro pelo nome, nada convencional. Pensamos inclusive em sugerí-lo a um amigo, cuja mulher está grávida, para dar nome ao bebê (sacanagem!)... Segundo, pelo tamanho da coisa: mais de 18m de comprimento. E terceiro, porque nos protegeu de alguns motoristas apressadinhos (pois foi graças ao Joliva´s que não nos colidimos), e um carro de polícia (isso mesmo!) que insistiu em ultrapassar-nos (ó Uno "Milho" e o Jolivan) na faixa contínua! (Temos foto para comprovar, é verdade!). Jolivan, amigo, nos deixou, ao passarmos por Magé. Ficou num engarrafamento monstro, graças ao péssimo planejamento da pista que colocou um ponto de ônibus bem na saída do trevo.... Vai entender. Melhor prá nós, porque pudemos acelerar até os 100 km/h, ao invés dos 60 km/h "seguros" que o Jô-jô nos deixava fazer, e assim chegamos mais rápido ao nosso destino: Região dos Lagos.

Durante toda a estrada, além das paisagens e dos animais que enfeitavam os terrenos às margens, várias placas com os mesmos dizeres nos intrigaram: "AQUI - CHAPA ÉGUIA"

Mas que diabos era aquilo? "Chapa éguia"? Não seria "chapa égüa"? Mas o que era "chapa égüa", se fosse mesmo isso que as placas queriam dizer? Pensamos logo numa expressão mineiresca: "chapar os melão" = tomar todas, beber tudo que eu conseguir e mais um pouco, beber até cair, etc e etc. Vai ver que lá naquelas bandas cariocas "chapa égüa" (ou éguia) era o mesmo que "chapar os melão", e que tinha um buteco na beira da estrada dos bons prá tomar daquela "água que passarinho não bebe"... Vai entender, né?

Foi aí que nos veio a luz: outra placa, desta vez industrializada, e não escrita à mão como as outras: "AQUI - CHAPA E GUIA". Uai, mas não era "Chapa éguia"? Não minha gente, a pessoa que "cuidadosamente" manufaturou toscamente as outras placas esqueceu de dar um espaço entre o "e" e o "guia", fazendo com que nós, exímios conhecedores da língua portuguesa (hã-hã, tá bom...), deduzíssemos de cara que ali haveria um acento agudo no "e"!!! Sacaram? Ligando ao fato de que haviam 10 caminhões para cada carro no local, CHAPA e GUIA são as pessoas que ajudam a fazer o carregamento do caminhão e que guiam os caminhoneiros, muitas vezes de outros estados longínqüos aos seus destinos... Aaaaaaahhhhhh booooooommmmm!

Acho que depois desta aula de português despedir-me-ei de vocês, mas semana que vem estarei de volta, ok?

Beijos,

Ana Letícia.

22 novembro 2004

Nova rotina de Posts - Mineiras, Uai!

Pessoal,

Sabemos que estamos meio em falta com vocês... Mas é que realmente na semana passada as coisas ficaram um pouco confusas com relação a nossa nova rotina de posts no Mineiras.

Estava ficando muito cansativo e desgastante postar todos os dias, já que nós três trabalhamos (e muito!), estudamos, etc. Mesmo sendo cada uma num dia da semana, a inspiração estava nos pregando peças por causa do cansaço.

Sendo assim, resolvemos fazer 3 posts por semana, às 2as, 4as e 6as feiras. Será feito um rodízio para que todas nós possamos escrever em todos os dias da semana, ou seja, não haverá um dia fixo para cada uma.

Também, não "folgaremos" nos feriados, para não deixar o blog abandonado como ficou na semana passada, e para que não haja mais confusão também.

Sendo assim, hoje, segunda-feira, seria o meu dia, mas como estou completamente atolada de serviço, só vou ter tempo de escrever isto aqui mesmo, sobre a nossa nova rotina. Amanhã venho com um post legal, sobre a viagem do final de semana.

No mais, é isto mesmo.

Estamos abertas a sugestões e reclamações nos comments ou pelo nosso SAC, ok?

Abraços a todos,

Ana Letícia, pelas Mineiras, Uai!

19 novembro 2004

Dias melhores virão...

Há dias em que tudo com a gente dá errado... aqueles típicos dias em que se diz que "levantou com o pé esquerdo"...
No entanto, há outros dias que estamos bem, acordamos felizes, mas que outras pessoas estão com a macaca... ai parece que descontam tudo em nós...
Eu e a Dó estamos vivendo isso, por motivos éticos não vou dizer detalhes, mas escutamos cada grosseria...
Sei que é difícil separar problemas pessoais (namoro, financeiro...), problemas de casa e problemas de trabalho... o que tento fazer é desligar o botãozinho "casa", quando saio para ir trabalhar, e logo que saio do escritório coloco o botão "trabalho" no off.
Bem, nem todo mundo consegue, eu mesma não consigo todos os dias... mas tô querendo dizer que tem gente descontando problemas pessoais nos outros... ai é falta de respeito! Isso não acontece só com nós duas, com certeza você já passou por isso.

Por falar em falta de respeito... esta semana aconteceu fato horrível com uma amiga... só porque ela é mais humilde exploram dela... ei, ser humano tem valor... não se pode mandar e desmandar numa pessoa como se fosse bicho.

Mas tudo bem, a vida continua, a gente vai rezando... para nós e para os outros, porque dias melhores virão...
A gente vai tentando engolir o que pode, quando dá... porque precisamos ou porque nossa educação manda, mas quando não dá, manda para aquele lugar (não é Dô?). Tolerância zero!

Depois de todo estress, o consolo é saber que hoje é sexta-feira e o que isso quer dizer???
Farra, bagunça, descanso, namoro, paquera, saídas, bares, boates, festas, amigos, sol, clube, diversão, arte, cinema, shopping, compras, comidas, bebedeira e mais mil coisas que podemos inventar com nossa rica imaginação!!!

Um excelente final de semana a todos.
Beijos Lú

12 novembro 2004

TODO MUNDO TEM MANIAS...

Quem já disse que não tem manias mentiu, TODO MUNDO TEM MANIAS, umas mais normais, outras bastante esquisitas...
Quando eu era pequena, ops... mais nova, tinha uma vizinha, Dona Izolina, que não gostava de ver eu e as demais crianças da rua sentadas no passeio de sua casa. Sempre que estávamos lá, ela começava a lavar a calçada. Segundo ela, era mania de limpeza...
Minha tia Carminha tinha mania de ficar mexendo no cabelo das pessoas, era bom, fazia um cafuné bem gostoso...
Meu pai tem várias manias, como acordar de manhã e ir limpar e esquentar o carro, como meu irmão faz agora. Também se herda manias....
Minha mãe tem uma mania que não gosto: chamar a gente para almoçar batendo palmas. Isso me irrita, sempre falo com ela, basta falar: - Vamos almoçar!
Todos os dias quando vou para o cursinho vejo um cara na rua lendo um livro, de pé no passeio. Quando volto, às vezes ele ainda está no mesmo lugar, lendo sob a luz do poste. É super esquisito, mas é mania, não precisa ler tanto, precisa???
Na missa de domingo, tem um velhinho de aproximadamente 80 anos que só assiste missa de pé, quando tenho certeza que as pernas dele doem (pela idade se presume). Todo mundo oferece lugar para ele, mas nunca senta...
Na faculdade o Alísson da minha sala (leia o nome com o assento, ele não chama Alisson), um médico de uns 60 anos, tinha mania de dar uns tapinhas na minha cabeça ao me cumprimentar. Da mesma forma fazia o prof. Edimur. Será que é mania de velho???
Um senhor que mudou recentemente para perto da minha casa faz caminhada diariamente levando um passarinho numa gaiola. Para quê?
Em geral, os homens têm mania de por a mão no saco, parece que têm chato... será???
Quanto às manias intrínsecas homem X mulher, tive um professor que dizia que homem realmente tem a mania de cuspir na rua, mas é melhor do que a mulher que engole discretamente seu cuspe. Isso faz mal...
E eu? Manias? Muitas!!!
Na verdade tenho preferências... (ah, ah, ah)
Normalmente tomo banho com toalhas azul ou vermelha; antigamente meus pijamas, escovas de dente e chinelos só eram azuis ou lilás (isso já mudei). Gosto de sentar sempre no banco mais alto do bus (mania de gente pequena). Ainda tenho várias outras que não vai dar par citar, por falta de espaço no blog...

E tem gente que gosta de amarelo, outros de azul; de andar descalço ou calçado; tem gente que tem mania de sofrer, outros querem ajudar todo mundo...

Tem doido para tudo, tem mania para todo gosto!!!

E você? Qual a sua mania?

Beijos Lú

P.S.: tô falando de manias, não cacoetes...

10 novembro 2004

Esdrúxulo? Vocês acham?

Será que é esdrúxulo?

Esdrúxulo? O quê?

Advinha?


DO-NÁ-RI-A. Isso aí, meu nome. Nossa, quantas vezes respondi em tom baixíssimo quando perguntavam meu nome... Morria de vergonha! Somente eu e minha vovó tivemos o "desprazer" de ter um nome tão diferente (pensava eu).
Lá em Cipotânea, minha vó é conhecida por todos. Ela é figura importante na cidade. Foi ela a primeira diretora formada, da primeira (e única) escola estadual que tem na cidade, que eu me formei e minha mãe deu aula.
Como a única pessoa que conheço com esse nome é a minha vó, sempre associei que era nome de velha. Isso não é coisa da minha cabeça não, até hoje, pelo telefone, algumas pessoas (desconhecidas) me chamam de senhora... fico p. da vida.
Minha vovó tem descendência italiana, por isso o nome. Mas, na verdade, segundo aqueles livrinhos de nome, Donária vem do latim que significa: "presente, dádiva"! E segundo algumas crenças, Donária era uma deusa grega que foi para o Sul da Itália. A família de minha vó veio da Sicília (Sul da Itália). Coincidência, não!?
Nossa, com tantos elogios: dádiva, presente, deusa...ulalá... Tô importante demais da conta! Mas, mesmo assim, não gostava muito.
Aprendi a gostar do meu nome: acho legal, tem fundamento, um porquê. Hoje falo com bastante orgulho, e nem ligo quando as pessoas brincam: canária, otária, doriana, Dona Maria...
Gosto mais ainda depois da crônica do Ziraldo, que foi publicada no Caderno de Cultura do Estado de Minas na última sexta-feira (05/11/2004). O título é "Uma Krônika Karinhosa" (clique aqui para ler o texto na íntegra, no Acrobat Reader). Amo o Ziraldo, além de ser mineiro, é um excelente desenhista e escritor.
"Ter o nome que meu pai inventou pra mim não me fazia sentir diferente. Até um dia em que, numa escola de SP, estando a dar autógrafos, perguntei a um dos meninos seu nome e ele disse: "Schenazzi, com SC e dois ZZ". Eu disse: "Isto é seu sobrenome, rapaz, quero saber o seu nome." E ele: "Bota Schenazzi, pô, se não ninguém vai saber que é pra mim. Eu me chamo Bruno, mas tem mais de cem Brunos aqui nesta escola, caramba!" E tinha outros tantos Andrés, e Fredericos, os nomes da moda na época." (Ziraldo)
Apesar do meu nome não ter sido inventado, acho-o único, porque não foi nada de modismo, foi uma homenagem. Não uma homenagem à cantores, poetas, artistas, e sim, uma homenagem simples a uma das pessoas que mais amo nesta vida. E confesso: tem um belo nome: Donária!
Mas quando estou em lugares agitados, com música alta, para facilitar prefiro falar Dô, porque, caso contrário, corro o risco de ficar de ficar metade da noite repetindo e explicando o meu nome, e a outra metade aguentando risadinhas e erros, ai, é um saco!!!
Às vezes, falo que me chamo Maria, porque é simples e fácil. E a pessoas ficam insistindo: "Só Maria?" . Aí eu falo: "Sim". Elas não acreditam e perguntam de novo. Quando resolvo falar a verdade, só ouço isso: "Pô garota pára de fazer hora com a minha cara com esse nome esdrúxulo aí!" Se é simples, não acreditam. Se é complicado, acreditam menos ainda...

Beijos da DONÁRIA!



Menino Maluquinho, by Ziraldo.

08 novembro 2004

Sabedoria de Mãe...

Há algum tempo atrás, fiquei sabendo que a avó da Goretti faleceu, no alto de seus 102 anos. A Goretti é médica psiquiatra, é amiga e colega de trabalho de meu pai, como Preceptora da Residência em Psiquiatria Infantil do CPP (Centor PsicoPedagógico), da FHEMIG.
Tive a alegria de conhecer a Dona Maria Pena ainda em vida, em sua casa em Belo Horizonte, há uns 08 anos atrás ou mais. Na época, a vivacidade daquela velha senhora muito me impressionou, apesar de já estar um pouco doente, deitada na cama. Mas ela contava casos de sua juventude, que nos prendiam, e eu ficava só imaginando aquela época, e seus olhos tinham um brilho de vida que era impressionante. Imaginem o que é uma "menina" de 16 anos se sentar ao lado de uma pessoa que atravessou 1 século inteiro de vida!? Pura emoção...
Hoje eu li, por acaso, no e-mail de papai um e-mail muito emocionado que a Goretti mandou, e por curiosidade entrei no site de seu irmão, que conta um pouco sobre a história de Itapecerica-MG e sobre a "vó Maria Pena".
Ela foi pessoa importante em Minas Gerais, a primeira mulher a ser eleita deputada no Estado, entrando para a vida política após o afastamento de seu marido, que também era pessoa pública e influente. Trinta anos antes de falecer, deixou uma carta escrita, endereçada aos filhos, que só poderia ser aberta na ocasião de seu falecimento. Ao ler tal fato, fiquei pensando como uma pessoa pode ser tão forte, e se doar tanto aos filhos, e ao mesmo tempo ser tão serena ao ponto de escrever, de forma maravilhosamente emocionante, sobre sua própria morte.
Este post é uma homenagem à Sra. Maria Pena, que muito significou, e ainda significa, na vida de Goretti, João Maurício, Luíza, Cândido e Ludmila. Mais ainda, uma homenagem a toda a família, que ela tão bem soube criar e passar os valores mais importantes que existem na vida, que é o amor ao próximo, o respeito e a união.
É uma homenagem também a minha avó Aparecida, que criou 9 filhos junto de vovô Ismael, dando-lhes todo o amor e carinho que uma mãe pode dar. Tenho a sorte de tê-los ainda comigo, brindando à vida e à alegria de viver com saúde e harmonia!
É... sabedoria de Mãe...
Um grande abraço a todos,
Ana Letícia.
"Quero um enterro simples aqui, ou onde morrer. O que tiver de ser gasto com a terra, deixem ao Abrigo dos Velhos em Itapecerica. Perdoem-me as faltas cometidas inadvertidamente, levando em conta o muito que os amei, como Mãe, sogra e avó. (...) Que Deus os abençôe, e que em mim possam continuar vivendo, se amando e se integrando.Obrigado,Mamãe.Janeiro de 74, na rua Cícero Ferreira." (Maria Pena, em 1974)


Vovó Aparecida, ao teclado! (O vovô Ismael não está na foto pois foi ele que fez a fotografia...) Vó pianista e vô fotógrafo... Ô trem bão!

04 novembro 2004

Eu queria ser CRIANÇA...

Pegando um gancho no post da Ana em que ela queria... eu na verdade queria ser uma eterna criança...
Ter uma mente pura, nada de preocupações, responsabilidades, pensar apenas em brincar, em receber carinho e ser feliz!!!
Isso é que é vida!
Na verdade em alguns momentos me sinto uma criança, grande tudo bem... (ok, não estou falando em tamanho, sei que sou pequena), porque graças a Deus tenho o dom de gostar de crianças.
Digo dom, pois conheço muita gente que não gosta nem de olhar crianças de longe.
Minha mãe teve um jardim de infância durante 18 anos, o qual eu freqüentava diariamente e amava cada um dos meninos. Na verdade eu fui uma das primeiras alunas, e cresci dentro da escola. Quando minha mãe fechou o jardim, eu continuei olhando uma menininha, a Camila, durante um ano, na minha casa mesmo.
Vocês não imaginam como é gostoso conquistar o carinho de uma criança. Naquela época a Camilinha era como minha filha. Eu esperava a manhã toda pela chegada dela, e ela me abraçava tão gostoso que eu delirava. Ainda encontro com ela, que hoje está com 06 anos.
Além da Camilinha, tenho uma filhinha emprestada (filha da minha tia Valéria já falecida) que é o amor da minha vida. É a Flavinha (um beijão para ela, que também é minha fã neste blog).
A Flavinha tem 12 anos, e é a menina mais amável deste mundo. Ela é esperta, acho até que herdou isso de mim... (modéstia) Inteligente, mas às vezes preguiçosa quando o assunto é estudar. Mas amo de paixão essa pretinha (na verdade ela é branquinha e loura, eu a chamo de pretinha).
Junto com a Flavinha, tenho mais três priminhos super legais: André, Thiago e Luiz Alberto. Ah, tem a Bárbara também, mas ela anda com raiva de mim, coisas de criança enciumada (como a Do!)
Na terça-feira, dia 02/11, chamei todos eles para verem filme aqui em casa e curtir o dia. Tudo bem que o filme que peguei na locadora não era nada legal: “O Canguru Jack”, eles detestaram, mas o bom foi rir, brincar de Detetive X Assassino, zoar um com o outro, dar muitos beijos na Flavinha e marcar outros encontros. De vez em quando eu costumo levá-los ao cinema também, e essa era a intensão do feriado, mas em "dia dos mortos" dizem que não é bom sair de casa (os supersticiosos que o digam...).
Outro feriado está chegando... outras oportunidades virão...
Criança tem um pique muito grande, às vezes nos cansa, mas como é bom chegar no final de um dia de brincadeiras e ver que tudo foi feito como alegria e pureza.
Deus conserve a ingenuidade das crianças, principalmente dos meus filhotinhos.
Beijos a todos, Lú.

03 novembro 2004

Será que é pecado?


Nem sei por onde começar, mesmo porque nem tem nada de interessante acontecendo na minha vida, ai que tédio! Ah, e pra completar essa situação tão "abençoada", na segunda-feira eu estava um nojo, de tão mau humorada.
Minha mãe chegou aqui em BH na segunda, por volta de 11:00 h (ela mora na bucólica Cipotânea, como diz a Ana). Quase que eu a engoli, de tanta saudade! Eu e minha mãe temos uma relação de dar inveja, de cumplicidade, amor, fidelidade, uma amizade bem profunda. Minhas amigas até acham estranho, porque eu conto tudinho pra ela, tudinho messsmo!
Pois é, ela chegou, conversamos um pouco, e logo ela me deu a grana pra pagar as contas, enquanto o banco não fechava. Enquanto a "Escrava Isaura" aqui, está no banco pagando luz, telefone, condomínio e faculdades, minha mãe sumiu com a minha irmã pelo centro da cidade afora.
Cheguei em casa com um sorvete pra ela... Cadê a D. Zilah? O sorvete derretendo e eu puta, né! Logo veio um capetinha na minha cabeça e começou: "Aposto que ela está lá, toda feliz com sua irmã!"
Bom, sabe aqueles casamentos que duram de 1 a 2 anos no máximo, e quando perguntamos o motivo da separação, uma das partes afetadas sempre respondem sutilmente: "INCOMPATIBILIDADE DE GÊNIOS"? Acho que eu e minha irmã temos incompatibilidade de gênios, isso explica quanto aos ciúmes.
Detalhe, que minha mãe e minha adorável irmã chegaram em casa quase de noite e lá estava eu, deitada no sofá a tarde toda, assistindo filme, morrendo de fome e escorrendo veneno da minha boca!
Minha mãe chegou perto de mim, toda dengosa: "Quer bananinha amassada com leite, filhinha?" (que é, prá mim, a melhor coisa do mundo). E eu: "Não!" (Mas eu estava morrendo de vontade de aceitar.) Ela ofereceu mil coisas. Quanto mais ela insistia, menos eu respondia, de tanto ódio. Acho que eu estava com vergonha de aceitar. E minha irmã toda sorridente com a minha mãe, contando vários casos.
Alguém já sentiu vontade de dar umas palmadas no bumbum de sua mãe? A noite foi passando e eu queria matar alguém. Acho que queria começar com a fome, mas estava morrendo de vergonha. Minha mãe, já nem dava mais idéia pra mim, só ficava com a minha irmã. E detalhe que ela estava do meu lado morrendo de rir, eu fiquei com uma vondade de empurrar ela pra lá, de tanta raiva. Gente, será que isso é pecado? (Se eu fosse confessar com o Padre Rogério, lá de Cipotânea, ele mandaria rezar 03 Ave-Marias e 1 Pai Nosso que eu já estaria perdoada).
Depois dessa vontade, vi que a situação estava ficando crítica, e logo pensei: "Alguém tem que ceder, como esse papel é sempre eu que faço, lá vou eu mais uma vez." Só esperei minha irmã dar uma "idinha" no banheiro que pulei em cima da minha mamis, e....calma, calma...a enchi de beijos e comecei a chorar (detalhe, 11 horas da noite). Ela também começou a chorar, e perguntou porque eu estava daquele jeito! Aí, pergutei se ela já sentiu vontade de empurrar, dar umas palmadas na minha vó! Ela disse que sim, e também por causa de ciúmes... Nós rimos muito. Ela me perguntou se eu queria alguma coisa e eu disse que só queria comer, eu estava morrendo de fome!
Detalhe importantíssimo, que quando minha irmã viu aquela cena (eu deitada com minha mami) ela fechou a cara, entrou para o quarto e quase arrebentou a porta...
Ciúmes, ciúmes, ciúmes...
Não dá pra acreditar: eu, com 23 anos, quase formando na faculdade, morando sozinha há 5 anos, sempre trabalhando... e dando esses ataques de pirraça!
Agora já está tudo ótimo...
Bjoca da Dodô!

30 outubro 2004

Eu queria...

Eu queria ter nascido na década de 50, 60 prá ouvir Chico, Caetano e Gil cantar e compor como nunca, revolucionando a sociedade e a música brasileiras... Mas eu só fui dar o ar da graça em 79, e vivi na pior década do mundo, em termos de criatividade...
Eu queria ser alta, e medir de 1,70m prá cima... Mas a natureza me fez a proeza de medir menos de 1,60m...
Eu queria ser magra, palito, mas sempre fui fofinha e cheia de carnes e curvas...
Eu queria ter ouvido a Cássia Eller cantar ao vivo, mas ela já se foi deste mundo.
Eu queria ter ido a um show do Legião, mas na época era muito nova e meus pais não deixaram.
Eu queria ser bailarina clássica profissional, ir prá Cuba dançar no Teatro Nacional, e depois entrar pro Grupo Corpo... Mas não tive coragem de largar minha faculdade...
Eu queria ser muito estudiosa, estudar 12, 13 horas por dia, mas minha natureza é inquieta e agitada, e tenho sempre que estar fazendo 1000 coisas por dia prá me dar por satisfeita...
Eu queria ter saído da faculdade com um emprego, mas nem procurei um antes de formar...
Eu queria não ter trabalhado na Caixa, mas agora já foi, e eu tive que pedir demissão prá sair, mesmo sendo concursada e efetiva, após sofer mais de 1 ano...
Eu queria agir mais com a razão, mas eu vivo com o coração, intensamente...
Eu queria ser mais corajosa para dizer mais verdades para todas as pessoas que conheço, mas temo que se assim fosse, teria bem menos amigos que tenho hoje.
Eu queria ter feito intercâmbio nos EUA, mas mais uma vez meu coração me pregou uma peça e acabei não indo.
Eu queria ter viajado prá França e conhecido boa parte da Europa, em um intercâmbio cultural, mas não tive coragem de gastar tanto dinheiro, "depenando" meus pais e avós.
Eu queria ter descoberto a SWÁSTHYA YÔGA antes, mas só agora venci o preconceito que eu mesma criei e descobri uma das coisas mais maravilhosas que o homem já inventou.
Eu queria ganhar na Mega-Sena, mas eu nunca jogo!
Eu queira ter vivido na Idade Média, para viver entre reis e rainhas, ver guerras com espadas e armaduras, mas nasci na era da bomba atômica.
Eu queria ser um Bin Laden prá poder estraçalhar a cara daquele Bush idiota que acha (ou melhor, tem certeza) que é o dono do mundo, mas sou apenas uma garota latino-americana, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes, e vinda do interior (do Brasil).
Eu queria que não existisse a violência no Rio, que é a cidade mais linda que já conheci...
Eu queria ter tido mais inspiração prá escrever um post melhor, mas ontem a cabeça "faiô", eu deixei prá escrever hoje, e foi isso aí que saiu...

Ah.... Eu queria tantas coisas!!! E vocês, quais serão seus desejos?

Um grande beijo, que eu queria dar pessoalmente em cada um que vem aqui!

Ana Letícia

28 outubro 2004

"O CONTO DO VIGÁRIO"

Quem nunca ouviu falar de alguém que caiu no "conto do vigário"???
Violência armada temos aos montes em todos os cantos do Brasil, mas aplicar golpes como o que eu e a Dô ouvimos ontem não é para qualquer um... ou talvez seja desde que tenha um bobo como sujeito na estória.
Ontem eu e a Dô fomos almoçar num restaurante lá perto do escritório (comida barata e boa) e de repente nos deparamos com uma mulher estacionada com seu carro na contra-mão de direção e chorando muito.
Já estranhei quando a mulher fez uma curva acelerando ao máximo e parou em sentido contrário à mão de direção numa rua de grande movimento. De repente... vimos um aglomerado de pessoas em volta do carro da mulher, e ela a soluçar de tanto chorar.
Segundo o que ouvimos, pois ainda estamos almoçando quando tudo aconteceu, um rapaz chegou perto da mulher e disse que precisava receber um dinheiro através de depósito em conta corrente. Era um dinheiro vindo de uma cidade do interior. Mas estava dando um erro na transferência do dinheiro para a conta dele, e então perguntou à tal mulher se ela não tinha conta corrente em banco e se poderia aceitar a transferência do dinheiro para ele. Depois disso deve ter acontecido mais alguma coisa que não sabemos... mas por fim, a mulher entregou o cartão bancário dela para o tal cara e ele sacou o dinheiro todo da conta dela... pode? Ela estava desesperada!
Saímos do restaurante chocadas: será que essa mulher é tão ingênua que entregaria o cartão bancário a um desconhecido? Será que ela não imaginou que poderia estar nas mãos de um ladrão?
Todos os dias escutamos falar de assaltos, fraudes em contas, e essa mulher ainda caiu nesse golpe???
Segundo a dono do restaurante, talvez o golpista tenha hipnotizado a mulher, será???
Meu pai conta um caso (meu pai é o Juvenal “dos causos”) que um vizinho nosso, há uns 20 anos atrás, caiu num "conto do vigário". Foi assim: meu vizinho estava no centro de BH (e naquela época o centro não era essa muvuca de hoje) e chegou perto dele um sujeito que dizia ser do interior e que estaria em dificuldades de conferir um bilhete de loteria. Meu vizinho muito prestativo (mineiro é assim acolhedor, amigo...) foi com o tal sujeito na loteria e viu que o cara tinha ganhado uma grana legal. Daí o olho do meu vizinho cresceu e o sujeito, todo humilde, disse a ele que morava no interior, que tinha que ir embora para a casa naquele dia, e que não poderia ficar em BH para esperar a CEF abrir no dia seguinte e, então, pegar o dinheiro. O cara propôs ao meu vizinho que ficasse com o bilhete em troca de qualquer quantia monetária que pudesse arrumar para o sujeito voltar ao interior. Ingênuo...
Meu vizinho foi em casa e pegou as economias que tinha guardado em baixo do colchão e entregou ao sujeito. Não deu outra... era um golpista. O homem ficou com a grana, o bilhete era forjado e meu vizinho perdeu o que tinha!!!
Nossa, escrevendo estes casos já me veio outros na memória, que se fosse contar não caberia neste post.
Por fim, hoje atendi um telefonema para minha mãe de uma mulher pedindo o número da conta corrente dela, dizendo que deveria depositar um dinheiro... Ora, ora, ora. Eu fui até um pouco mal educada com a mulher, mas disse que esse tipo de informação minha mãe não dava por telefone e perguntei então onde minha mãe deveria ir para encontrar com ela. Sabe o que disse? Pode deixar, depois eu ligo. Desconfio...
Gente, existem muitas pessoas sofrendo golpes de bobeira, vamos ficar espertos, os golpistas estão por todo lado (já to lembrando do caso dos rackers que passou no último Fantástico)!
Beijos Lú

27 outubro 2004

Sapinho/Aranha!

Em meio a assuntos polêmicos como: esporte e violência. Estou eu aqui de novo pra falar do bendito sapinho fdp. Bom, Deus é prova que tentei! Mas, não adianta já virou perseguição. Tinha prometido parar com a história do Sapinho, mesmo porque ele sumiu mesmo.
Ah, agora liguei o Foda-se turbinado e tô mandando ver!
Não quero papo, não o encontrei, não sei do amigo dele, muito menos se ele morreu. Mas, o xará dele tá mortinho da silva. Acho que vou escrever um livro com contos sobre: A Princesa e o sapinho, A princesa e o sapinho (o retorno) e agora : O sapinho / aranha!!! Quêqueisso....
Na sexta-feira ( 22/10/2004), fui fazer um programinha bacana demais, com pessoas que nunca vi, exceto o Dani é claro. Gente, Dani é aquele ex-amigo que hoje é meu amigo de novo. Aquele, que falou que eu estava com a calça cagada, e que devido a tanto constrangimento (dramática) peguei um carro particular pensando que era um taxi, lembram? Se não lembram, entrem: aqui.
Voltando à sexta-feira. Então, o Dani meu amigo de novo, foi me pegar na faculdade (milagre) para comer sushi na casa de um amigo do amigo dele!!! Olha que interação legal...ninguém conhece ninguém e muito menos eu... sentiu o drama. Pois é, vou tentar ser mais clara. Se bem que a minha amiga (Pê) aqui do lado diz pra eu ser mais pornográfica ao invez de ser clara.
O Velasco, dona da casa, do sushi e do site do Mr. Cú (www.patrickepenetra.com), já estava super encucado, porque o Dani me deu o endereço do site dele e eu havia entrado e deixado um comentário falando da reunião que iria aconter mais tarde na casa dele (sushi). Detalhe, que ele nunca ouviu falar o meu nome e de repente eu sabia do encontro entre amigos na casa dele????
Pois é, mas assim que cheguei, o Dani nos apresentou, aí quebrou o mistério.
A noite estava ótima, regada à comida japonesa e vinho de caixinha (ô gente, vocês acreditam que o Dani, levou um leite, ou melhor, um vinho de caixinha, igualzinho a caixinha de leite... e até que ele era bom (o vinho) êta mente!). Mais tarde, quando quase todos tinham ido embora. Sobrou eu o Dani, o Velasco, é claro, e a "amiga" dele, gente boa demais da conta. Papo vai, papo vem. Até que o cabeção do Velasco, do nada, pergunta: "Ô Dô, você conhece o "Sapinho"? Ele disse o nome certinho do Sapinho, mas a princesa aqui, é muito ética e não vai dizer o nome, né! Eu fiquei mais branca do que já sou. E o cabeção perguntou de novo. Eu fiquei quietinha no meu canto e não disse nada. Aí ele disse: "Espera aí que eu vou pegar para você ver!"
Lá vem o Velasco com uma aranha peludaça enorme dentro de um vidro com álcool. Eu fiquei abismada... Cara, o diabo sabe pra quem aparece! Eu fugindo e essa praga atrás... ninguém merece... Depois desse episódio macabro, o papo foi sobre a aranha o resto da noite, e chamando pelo nome, olha, que o nome não Pedro, José, Rafael, Geraldo... é bem incomum, as duas "coisas" que eu conheço com esse nome é o Sapinho e a Aranha.... que maravilha.... O bom é que a aranha estava realmente, mortinha da silva, mesmo! Uiuiui. Ainda bem. Agora já virou Comédia, né Dani!?
Depois disso tudo, tive que revelar o segredo, ou melhor, a catástrofe! Foi uma gozação só. Coitada da princesa. Será que acabou ou tem mais???? Ai meu Deus manda um príncipe, essa fauna tá crescendo demais, é sapo peludo, aranha peluda....credo... tô fora do veado...sai pra lá...

Bjos para todos (meus fãs), personagens, exceto Sapinho e Aranha, né!?
Dodô.

26 outubro 2004

TERROR NO EDIFÍCIO

Um fato ocorrido na última sexta-feira no prédio em que resido, me chamou muito a atenção para duas coisas:
1. A violência está em qualquer lugar, não respeita credo, raça, lei ou idade;
2. A má distribuição de renda no nosso país gera constrastes sociais evidentes.
Vou explicar.
A filha de 14 anos de uma moradora aqui do prédio resolveu dar uma festa em nosso Salão de Festas para sua turma de colégio. Contratou D.J, fez os ingressos e vendeu para o pessoal da escola. Só se esqueceu de alguns detalhes: a) a norma de nosso condomínio é expressa quando diz que é proibido fazer festas com intuito comercial (ou seja, vendendo ingresso); b) a norma também é expressa quando diz que a reserva do salão deverá ser feita junto ao SÍNDICO do edifício, pelo PROPRIETÁRIO do apartamento, que deverá se responsabilizar por quaisquer danos e pela utilização do salão; e c) é proibido som alto após 22h no prédio, norma prevista não só em nossa Convenção, como também numa lei municipal chamada Estatuto da Cidade.
Que eu saiba, menina de 14 anos não pode ser PROPRIETÁRIA de imóvel, então a MÃE (ou pai) dela que deveria ter solicitado a reserva do salão para tais fins, etc e tal, ao SÍNDICO, que vem a ser meu querido e amado papai. É claro que não aconteceu nem uma coisa nem outra, e a menor de idade apenas "avisou" ao porteiro que iria dar uma festa naquele dia. O porteiro é tão inteligente que não repassou a mensagem prá nós, não perguntou nada de nada sobre a festa, e forneceu as chaves do salão prá "criança". (Detalhe: na hora da festa, a mãe nem no prédio estava.)
Resultado: 22:45h, todo mundo querendo dormir, e aquela musiquinha que toca no programa Pânico na TV - no quadro da "Morte", quando os caras fantasiados de "Morte" fazem "bunda-lêlê" pro pessoal nas ruas - tocando, na maior altura e sem parar, como se eu estivesse com o som ligado no meu quarto, "no talo"! Prá vocês terem uma idéia, nosso apartamento fica no 8º andar, e o salão, no 3º! Imaginem quem mora no 4º andar! Eu mal conseguia ouvir meus pensamentos! Papai resolveu descer até lá, prá saber o que estava ocorrendo, porque até então, a gente nem sabia se estava tendo festa, e de quem.
A menina, claro, ficou revoltada, tentando se esquivar, etc, mas a grosseria mesmo foi por parte do D.J., que não só recusava-se a abaixar o volume do som, como também desrespeitou meu pai, ameaçando-o inclusive de bater, etc, juntamente com um dos amiguinhos menores de idade bêbados (detalhe) da "dona da festa". Onde já se viu desrespeitar um senhor (porque apesar de ter a cabeça jovem, meu pai tem mais de 50 anos, não posso negar), ameaçar de bater nele (muito mais fraco que qualquer jovem de 20 e poucos anos), só porque ele estava solicitando, na maior educação que o som da festa não atrapalhasse o sono de quem não tinha nada a ver com a balbúrdia!? Pois foi isto mesmo que aconteceu, levando meu pai a ter uma atitude mais enérgica e acabando com a festa imediatamente, sob pena de chamar a Polícia para prender o cidadão por desacato e ameaça. Choradeira, gritaria, etc, concordaram em ir embora. (Detalhe que a essas alturas, já passavam das 23:30h.)
Eis que meu pai resolve ir falar com o porteiro, e qual não é o seu susto ao encontrar, no portão de acesso ao edifício, mais de 50 pessoas tentando forçar a abertura do portão, brigando com o porteiro!? E o pior, gente: a maioria das pessoas que estavam no portão, era muito mal-encarada, mal-vestida, e aparentava marginais mesmo (deviam até estar armados) - uma vez que há uma favela perigosa não muito longe de casa. Eu e minha mãe olhando pela janela, horrorizadas, meu pai sem acreditar naquela visão dos infernos, e até a menina, que até então brigava com meu pai prá continuar a festa, calou a boca e se desesperou ao ver tantos marginais com (e sem também) o ingresso prá "Festinha" na mão!
A Polícia foi chamada através do 190 imediatamente. Vocês acham que alguém chegou? Nem um pê-emezinho montado a cavalo apareceu prá contar história, não nas próximas 3 horas que se seguiram.
Após um bom tempo, chega um carro de outra moradora do edifício, e o porteiro teve que abrir prá ela entrar, e coisa óbvia, os marginais entraram junto! Foram para o salão, eu e mamãe tremendo de nervoso, nesta hora papai já tinha subido prá falar com a gente e ligado mais umas 2 vezes prá PM, e o porteiro indefeso nada podendo fazer. Recomeçaram a festa, religaram o som, começaram a beber, etc. A menina ficou um tempão fazendo escândalo com o porteiro, mas ao ver que o pessoal estava recomeçando a gostar de sua "festinha", retornou para o salão de festas.
Quando ela percebeu que a bagunça irira recomeçar, pediu aos presentes que fossem embora, pois a PM chegaria a qualquer momento, etc. Só que foi aí que os marginais que invadiram o prédio a ameaçaram de roubar seus tênis, e invadir o restante do edifício, pois estavam com armas, e saquear todos os apartamentos.
Não sei na verdade o que aconteceu depois. Só sei que meu pai ficou na casa do vizinho do 6º andar, tentando falar com os outros moradores do prédio que se precavessem, e ligassem também à Polícia.
Parece que os marginais previram exatamente quanto tempo a PM demoraria para chegar, e acabaram indo embora (após beber e comer tudo, claro, fazendo muita gritaria de baixo-nível), e qual não foi a nossa surpresa quando, nem bem se passaram 5 minutos que eles tinham ido embora, quando um carro de polícia estacionou ao lado do prédio...
Só sei que, no fim, continuamos todos vivos e inteiros, apesar de termos ido dormir com ajuda de calmantes mais ou menos às 2:30h da madrugada.
Olha, eu não tenho preconceito contra pessoas que moram na favela. Eu tenho MEDO de quem, além de morar na favela, se utiliza do poder da massa para fazer mal a cidadões de bem. Nós nem ricos somos, não roubamos ou sobornamos ninguém, não promovemos a corrupção, e não passamos de vítimas de um sistema capitalista que só nos torna cada dia mais pobres, e os ricos cada dia mais ricos. Eu não me acho superior a ninguém só porque moro num edifício, num bairro bom da cidade, com elevador e salão de festas. Minha superioridade é intelectual e emocional, e nisto eu posso ser superior até mesmo ao Presidente da República, ao Ministro das Telecomunicações! Não é onde vivo que me torna melhor, mas a minha contribuição para o mundo, para a minha sociedade e comunidade. Graças a Deus eu tive oportunidade de estudar numa universidade pública (uma das melhores do Brasil). E agora estou contribuindo para a sociedade, trabalhando, estudando mais e pesquisando, tentando melhorar a Justiça e aproximar as leis do nosso povo.
Mas a violência não leva a nada, não faz ninguém melhorar de vida.
Pensem nisso quando saírem de casa para ir à escola, ou à faculdade, ou quando pegarem um táxi e almoçarem no shopping...
Agora, tirem suas próprias conclusões.
Abraços,
Ana Letícia.