(*) Burning Sky - Belo Horizonte/MG - Photo, Art: Ana.
Um blog sobre uai, sô, véio, contos, causos, sentimentos, pão-de-queijo, crônicas, broa-de-fubá, cinema, literatura, fotografia, arte, poesia...
* Agora em novo endereço: www.mineirasuai.com *

30 março 2005

ADIVINHE QUEM É?

Conheci essa garota no trabalho. Eu já era veterana no escritório quando ela entrou toda ressabiada, como uma boa mineirinha... mas além disso, sua timidez foi maior porque logo naquele primeiro dia acontecia uma festinha de aniversário no escritório. Comemoração de quem? Minha!
Mas aos poucos essa timidez de principiante foi dando lugar à alegria contagiante de uma mineira nada acanhada, mas divertida, cheia de estórias e amor pra dar. Cada dia era um caso diferente, principalmente depois de um final de semana, onde sempre aconteciam coisas “do arco da velha” ou “da terra do nunca” se preferir.

Algumas estórias eram tristes, como a perda de um amigão no ano passado. Ela viajou para Três Marias da noite para o dia para se despedir de “um pescador de aventuras”, e não bastasse a tristeza, ainda levou uma bronca no escritório... (chefes!)
Mas também me contou muita coisa hilariante: quem imagina que essa menina entraria num carro branco estacionado no centro de BH e mandaria o motorista levá-la ao trabalho, sem ao menos perguntar se aquilo era um táxi? Ai, ai, ai ... coitado, e o homem ainda a levou sem entender o que estava acontecendo. Só você!
Das noitadas sempre saía apaixonada ou com algum fã novo, mas descobri que seu coração gosta mesmo de paixões antigas, desenterra cada defunto que só ela mesma... nem vou citar nomes para não comprometer.
Nas férias você podia ter certeza que em casa ela não ficava, sem rumo, sem dinheiro, sem nada na cabeça, partia ela em busca de um lugar novo, conhecer gente, músicas, beber, curtir a vida.
Sua mãe é que ficava preocupada... da Ilha do Mel para o Rio de Janeiro, em uma semana, sem dinheiro, com quase a roupa do corpo e um apartamento emprestado. Mas tem gente que gosta, tanto que sua amiga era inseparável, a mesma que viajou com uma mochila nas costas para a Bahia, sem eira nem beira. Numa dessas quase que foi parar em Israel, coçou para ir.

Mas seu sonho ainda é tomar rumo por esse mundo à fora. Para isso ela não precisa de muita coisa, a passagem de ida, uma mochila nas costas, uma barraca e o “tal do inglês”, que já foi um bicho de sete cabeças, mas hoje é sua paixão... vai saber por quê!
Em sua mala vai levar muita ousadia, coragem para arriscar tudo, amor para contagiar as pessoas, vontade de vencer, de crescer, de ser feliz!

Vocês já sabem de quem estou falando?

Admiro essa mulher por todas as características acima, não sou tão aventureira quanto ela, sou mais pé no chão, não sonho como a Sininho e por isso até já me irritei com seu jeito, mas tudo supero, pois o carinho que sinto por ela é bem maior.

AMIGA DÔ, TE ADORO MUITO!!!

E hoje, mais do que nunca, tenho que falar dela, pois não é todo dia que é seu aniversário!
“Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de viva!”
VIVA A DÔ!!!
“É big, é big, é big, é big, é big...
É hora, é hora, é hora, é hora, é hora...”
“Com quem será, com quem será que a Dô vai casar...”
FELIZ ANIVERSÁRIO DÔ, DODÔ, DOIDINHA!!!
Torço por você e tenho certeza que a vida ainda vai te levar a caminhos exuberantes.
Deus te proteja (já que juízo todo mundo te dá, mas você sempre perde)

Beijos,

Lú.
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Belo Horizonte, 30 de Março de 2005 - 22:27h.

Amiga Dô,

Já te parabenizei hoje pessoalmente por telefone, né? Quando te falei hoje que eu quase me esqueci do seu aniversário é porque foi quase mesmo!
Por favor, amiga, não confunda o meu quase com falta de consideração, falta de carinho... Nem mesmo chegue a pensar que você não tem importância para mim, viu? O problema é que eu sou muuuuuito desligada com data mesmo... Se não fosse eu ter visto no Orkut que hoje era seu níver, adeus amiga! O Orkut também não tem todos os méritos assim não, porque eu falei até com minha mãe, durante quase todos os dias da semana passada, que dia 30, 4ª feira seria seu aniversário... Mas é sempre assim, eu lembro, lembro, lembro, chega no dia mesmo eu esqueço! Ainda bem que hoje eu não esqueci, né?
Então, Dô, aproveito o M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O texto que a Lú fez em sua homenagem - me desculpando ainda pelo fato de não escrito nada aqui na 2ª feira - e deixo aqui, prá todo mundo ver, uma declaração prá você:
SAIBA QUE VOCÊ É ILUMINADA, TRANSPARENTE, É LUZ, ASSIM COMO A SININHO, QUE VOCÊ TANTO QUER SER! DEVE SER UMA FADA MESMO, UM E.T., SEI LÁ O QUÊ, QUE TE DÁ TANTA ENERGIA, E TE FAZ PASSAR TANTA ALEGRIA DE VIVER!
OUVIR VOCÊ, DODÔ, É SORRISO NA CERTA!
MESMO QUE NÓS CONVIVEMOS JUNTAS RELATIVAMENTE POR POUCO TEMPO, PARECE QUE SOMOS AMIGAS DE INFÂNCIA, EU, VOCÊ, E A LÚ... NUNCA VI TRÊS SANTOS DAREM TÃO CERTO COMO OS NOSSOS SE DERAM!
Só posso desejar a você um MARAVILHOSO aniversário, que este seu próximo ano de vida seja tão intenso (ou mais) do que os outros que já se passaram, que a vida continue lhe trazendo lindas surpresas, cada dia mais amizades, e, principalmente, que a nossa se fortaleça a cada dia mais!

Muitos beijos,

Ana Letícia



Dô, você não tem idéia do quanto é importante pra mim, prá Lu, e pro Mineiras, uai!
NÓS TE ADORAMOS, MUIÉ!

26 março 2005

E QUEM VIVE SÓ?

Hoje pela manhã li um texto sobre como entender a vida... não é bem um texto de auto-ajuda, mas sobre a vida mesmo, como as pessoas complicam as coisas mais simples do mundo e acabam “fazendo uma tempestade num copo d’ água”. Agora não me lembro o autor (estou numa lan house em Curvelo, e o texto está lá em casa), mas dizia que as pessoas às vezes se isolam para tentar solucionar um problema, quando dividi-lo seria a melhor solução para o caso. Tudo bem, que podemos viver um período sozinho, mas desde que você esteja de bem com o mundo; do contrário a solidão só leva ao fundo do poço.

Ai fiquei lembrando de um velho amigo que ano passado, com 25 anos, suicidou acobertado por uma crise de depressão, depois de ficar uma semana inteira trancado num quarto. Só fiquei sabendo do episódio brutal depois de alguns meses... fico pensando que numa situação destas melhorar sozinho ninguém consegue. Amigos, família, namorada (o), são essenciais.

Eu também não gosto de viver sozinha, isolada, nem fico em casa só. Gosto de turma, conversar (falo pra caramba), rir de boas estórias. Para isso, meu lugar preferido é Curvelo, onde estou agora!

Aqui tenho uma turma fantástica: Dolfinho, Du, Léo, Fabinho, Camilinha, Henrique, Pedrinho, Rafa, Tuty, Sadam, Pão, Carla... e tantos outros que vão se adicionando a nossa mesa quando paramos em qualquer bar.
Esses meninos são hilariantes! O Dolfinho é o que conta os casos mais legais, é um dom contar estórias de forma engraçada. Eu já venho na estrada de Curvelo pensando qual será o causo da viagem.
O Sr. Pedro, pai do Dolfinho, também é muito engraçado e fico rindo dos casos que ele conta, mas todos tem uma lição de moral no final... gente mais velha fala por parábolas.

Cheguei aqui na quinta-feira à tarde e logo de noite já fomos num barzinho “O Alemão” para marcar o território. Como era véspera de sexta-feira, tínhamos que correr na birita, porque meia noite parava de vender (em tese). De lá os meninos resolveram fazer uma festinha lá em casa, já que desta vez meus pais não vieram para cá e a casa estava só. Então fomos eu, Du, Dolfinho, Léo, Carla, Henrique, Hiquinho, Lívia, Mariana, Mário, Pedrinho... fazer aquela bagunça!
Bagunça mesmo, uma das minhas vizinhas, às 4 da madruga gritou que não conseguia dormir por causa do som (que nem tão alto estava), e resolvemos terminar a festa. Fomos dormir, o dia era de penitência.

Na sexta-feira ficamos mais tranqüilos, e conversamos até horrorizados com a bagunça que fizemos num dia que deveria ser de pura paz. Resolvemos passar um dia mais tranqüilo, mais em silêncio, penitência e sem pensar em birita.
À noite, novo encontro na casa do Henrique (me livraram da bagunça) e de lá os meninos resolveram ir numa festa em Felizlândia, cidade vizinha, quando já era de madrugada (iniciando o sábado de Aleluia), mas achei que seria muito para mim e resolvi dormir mais cedo.
Hoje, com certeza aprontaremos muito no churrasco que vai ter mais a tarde na casa do Fabinho e na boate à noite, e sabe por que? Porque somos AMIGOS DE VERDADE!
Viver na solidão não está com nada, e mesmo que a vida tenha momentos difíceis e complicados, os amigos ajudam a amenisar os problemas e nos fazem sentir felizes!
Amo muito meus amigos e não trocaria os momentos que vivo com eles por nada... ainda bem que tenho boas lembranças de tudo e de todos.
Beijos Lú

23 março 2005

Trem Mineiro

* Novo endereço do Mineiras, uai! www.mineirasuai.com *

Após um final de semana de encontros, risadas, gols (na mesa de Totó - claro!), ovos de chocolate, churrasco, etc, etc... Começamos bem a semana, com um texto da Dô, hilariante! Havia muito tempo que essa menina Dô-doidinha não escrevia (regularmente) por aqui... A Lu, antes, ficava "macha" no escritório com ela, quando ela faltava um dia de post: "Ah, Dô, é muita irresponsabilidade, se for continuar assim eu também nem vou querer mais saber desse tal de blog mais também não!" Hoje em dia, a coitada da Lu não tem ninguém mais prá reclamar, pois a Dô também saiu do escritório...

Depois de "um longo e tenebroso inverno", ter reencontrado minhas amigas este final de semana foi um "trem" danado de bão, sô! E é aí que paro prá pensar, de onde é que vem esse "trem" chamado "trem" que a gente tanto fala! Matutei, matutei, e lembrei-me do "FORRÓ", que é uma expressão surgida do "For All", a festa que era "PARA TODOS", que os ingleses que trabalhavam por estas bandas de cá (nas minerações ou na construção de ferrovias) organizavam para entreter e se entrosar com o povo local. Daí, FOR ALL = FORRÓ!

Mas, e o "trem" nosso de cada dia? Procurei no Houaiss, e vejam o que encontrei:

"1 agrupamento de pessoas que, munidas de mantimentos, bagagens etc. acompanham outra(s) em jornadas ger. longas; comitiva, séquito, caravana 1.1 mil nas manobras militares ou em guerras, acompanhamento que se faz, por meio de navios, veículos automotores etc., de mercadoria como munições, provisões etc., a fim de assegurar que chegue sem riscos a seu destino 2 p.met. reunião de objetos levados em viagem; bagagem 3 veículo de tração animal e de quatro rodas, us. no transporte de pessoas; carruagem, sege 4 (sXX) fer B série de carros e vagões engatados entre si e movidos por uma locomotiva; trem de ferro, comboio 5 ritmo, passo, velocidade 6 o conjunto dos móveis de uma residência 7 conjunto das peças de roupa com que alguém se veste; traje, vestuário 8 o conjunto dos utensílios utilizados em determinada tarefa 9 MG GO TO infrm. ; 9.1 ; 9.2 processo, situação 9.3 mal físico 9.4 notícia, novidade 9.5 mesmo que expletivamente (eta trem); coisa, treco, troço F tb. us. no pl. 10 MG GO TO infrm. o que agrada em excesso 11 GO TO infrm. pej. pessoa ou coisa de atributos negativos; traste n adj.2g.2n. MG infrm. pej. 12 que não tem valor ou préstimo (diz-se de pessoa ou coisa); imprestável, inútil ± t. da alegria (d1980) B pej. criação irregular de cargos públicos, comissões; série de contratações e promoções no serviço público de apadrinhados não concursados — t. da esquadra mar conjunto de navios de apoio e reparos da esquadra — t. de cozinha B infrm. m.q. bateria de cozinha — t. de ferro fer B m.q. trem — t. de guerra mil conjunto de petrechos que acompanham uma força terrestre em campanha — t. de ondas fís m.q. pacote de ondas — t. misto fer trem de carga e passageiros F tb. se diz apenas misto ¤ etim ing. train (a1824) 'conjunto de vagões interligados incluindo uma locomotiva que os traciona', do fr. train 'ato de puxar, arrastar, tirar', regr. de traîner (1160) 'puxar, tirar, arrastar', lat.vulg. tragináre 'id.', de *tragère por trahère 'puxar, tirar, arrastar'; ver traz-; f.hist. 1721 trein"

Mais uma vez, a presença dos ingleses, que fizeram incorporar o seu "train" na nossa língua, tendo sido transformado no nosso "trem" mineiro. Pois é, mas não foi preciso matutar tanto assim não... Tia Sheila envou-me este texto, por e-mail, e veio bem a calhar, ao menos divertir os pensamentos da tola que vos fala:

"O Verdadeiro Significado Da Palavra TREM

Interessante que o assunto mineirês veio à tona logo no dia em que alguns transtornos foram causados pelo seu desconhecimento por parte de alguns jornalistas, que escreveram a seguinte manchete: - 'Trens batem de frente em Minas.'
Os mineiros, obviamente, não deram a devida importância, já que para eles isto quer dizer apenas que duas coisas bateram... Poderia ter sido: dois carros, um carro e uma moto, uma carroça e um carro de boi; ou até mesmo um choque entre uma mala de viagem e a mesa de jantar.
Movido pela curiosidade, resolvi então consultar o dicionário. E vejam o que diz:

trem [Do fr. train.] S. m.
1. Conjunto de objetos que formam a bagagem de um viajante. 2. Comitiva,séquito. 3. Mobiliário duma casa. 4. Conjunto de objetos apropriados para certos serviços. 5. Carruagem, sege. 6. Vestuário, traje, trajo. 7. Mar. G. Bras. Grupamento de navios auxiliares destinados aos serviços (reparos, abastecimento, etc.) de uma esquadra. 8.Bras. Comboio ferroviário; trem de ferro. 9.Bras. Bateria de cozinha. 10.Bras. MG C.O. Pop. Qualquer objeto ou coisa; coisa, negócio, treco, troço: 'ensopando o arroz e abusando da pimenta, trem especial, apanhado ali mesmo, na horta.' Humberto Crispim Borges, Cacho de Tucum, p. 186). 11.Bras. MG S. Fam. Indivíduo sem préstimo, ou de mau caráter; traste.

Vejam que o sentido de comboio ferroviário é apenas o 8º , e ainda é considerado um brasileirismo.
Comentei o fato com um amigo especialista em etimologia, que me esclareceu a questão: o comboio ferroviário recebeu o nome de trem justamente porque trazia, porque transportava, os trens das pessoas. Vale lembrar que nessa época o Brasil possuía uma malha ferroviária com relativa capilaridade, e o transporte ferroviário era o mais importante. Assim, era natural que as pessoas fizessem essa associação.

Moral da estória: O mineiro é , antes de tudo , um erudito . Além de erudito , ainda é humilde e aceita que o pessoal dos outros estados tripudie da forma como usa a palavra trem. Na verdade , acho que isso faz parte do 'espírito cristão do mineiro'. Ele escuta as gozações e pensa : que sejam perdoados pois não sabem o que dizem."
(AUTOR DESCONHECIDO)

Pois é isso aí, deixo a vocês, agora, que tirem suas próprias conclusões. Achei meio forçado falar que os comboios ferroviários passaram a ser chamados de trens em virtude da carga que transportavam, pois a própria etimologia da palavra nos levra a crer o contrário. De qualquer forma, continuo aqui, escrevendo meus "trem", visitando os "trens" docês, rindo dos "trem" que a Donária apronta, etc, etc...

Ana Letícia

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21 março 2005

"As melhores"!

13 X 2.
Foi mais ou menos este o placar alcançado por mim e por minha parceira de jogo, a Anita, isso mesmo! Ontem participamos de um "amigo-oculto" de Páscoa, com o pessoal do escritório (onde trabalhávamos - a Lu ainda continua lá). A festa foi no sítio do Ênio (meu ex-chefinho). O sítio é lindo e enorme. Enquanto todos conversavam, comiam e bebiam, eu e a Anita estávamos arrebentando com os “patos” pingados que queriam nos enfrentar na mesa de Totó. A Ana já era campeã, mas euzinha, nunca tinha jogado na minha vida, e modéstia à parte, fui ótima, pois quase não perdemos. Detalhe, que a maioria de nossos adversários eram homens... Coitadinhos dos patinhos!!!

No final, estava até sem emoção, de tanto que ganhávamos e também porque estava difícil de conseguir quem jogasse contra a gente! O povo estava morrendo de medo. Em compensação, não vou nem comentar o meu desastre na mesa de sinuca...

Por incrível que pareça, não bebi uma gota de álcool, só comi muitíssimo, conversei "só um pouquinho", depois teve o amigo-oculto, e um segundo depois todo mundo foi embora... Muito estranho, pois pensei: “Depois do amigo oculto, a festa vai começar!” Ah, que “deceptude”! Mas, foi ótimo encontrar com pessoas que gosto tanto.

Eu fui para o sítio no carro da Izabela (minha amigona – estagiária do escritório e minha companheira de biritas), foi engraçadíssimo, pois tinha “340” carros indo para o sítio, quando um dava seta, todos os outros “339” faziam a mesma coisa. E para melhorar a situação, a Dona Izabela estava suando frio de tanta vontade de ir ao banheiro, logo na saída de BH. Ela disse: “Ô Dô, será que é muito longe? Porque estou morrendo de vontade de ir ao banheiro!” Conversamos um pouco, e logo depois ela disse: “Ô Dô, eu estou com vontade de fazer o número 2 também!” Pra quem não sabe, o número 1 é fazer xixi e o número 2 é fazer cocô. Foi muito engraçado, pra melhorar a situação, erramos o caminho, paramos em Betim para esperar a Jamile e ainda tivemos que agüentar o lerdo do Ernesto na nossa frente, parecia que o carro dele era igual ao dos "Flintstones", e que ele estava era caminhando. A Izabelita foi ficando nervosa e começou a falar do Ernesto: “Olha que carro baixo, olha o pneu, tá vazio, será que ele não sabe calibrar os pneus? Que carro esquisito, que lerdeza, ai que vontade de entrar naquele matinho!” Detalhe, para as nossas estórias mais toscas possíveis...

Gente, eu suava e rachava os bicos, junto com a Izabela. Quando chegamos, a Dona Izabela sumiu por pelo menos uns 20 minutos. Depois ela apareceu toda feliz e sorridente.
Pessoal, eu estava usando uma bota, bem longe dos padrões de um patricinha. Eu amo aquela bota, concordo que ela é bem diferente, mas é o sapato mais confortável do mundo (vocês terão oportunidade de ver, nós tiramos algumas fotos); A Mariana cismou com a minha bota e disse que era igualzinha a bota dos Ursinhos Gummy, vocês lembram? Eu estava parecendo uma ursinha Gummy, só faltava beber o suco da fruta gammy (que parecia de framboesa) para eu sair pulando pelo sítio a fora. O pior é que parece mesmo. Ô Mariana, sua infeliz! O povo me encheu o saco, mas entrei na zuação também! Foi o que me salvou... ufa!

Na volta, a Magna (minha ex-chefinha gente boa) e o ogro do Vinícius (estagiário) voltaram conosco. Tivemos que agüentar o Vinícius bêbado, com aquela voz de “homem das cavernas", sem usar o sinto e todo caído lá na frente...aí, eu comecei a ficar irritada, e enquanto ele não colocou o sinto eu não sosseguei.

Depois casa, Fantástico, BBB (ai, que inútil!), tomar banho, escovar os dentes, fazer xixi e caminha bem quentinha!

Hoje, 06:00h da madrugada já estava de pé para ir para faculdade! Ai meu Deus, começa tudo de novo, o que vai salvar é o feriadão da Semana santa, ô beleza!

Boa semana!

Bjoca da Dodô Gummy!



Adivinhem de quem é a bota do meio???

19 março 2005

Devaneios de uma Rapariga

PRIVACIDADE X INTERNET

A internet chegou e revolucionou os meios de comunicação: rádio, televisão, aparelhos celular... Tudo se tornou obsoleto frente ao poder de integração e comunicação da www. Ontem escrevíamos cartas... Hoje enviamos e-mail. Antes líamos o jornal na banca, hoje o fazemos on-line... Antes telefonávamos para bater-papo, hoje é ICQ, MSN ou Chats... Ontem as pessoas saíam de casa, agora fazem suas compras no "submarino". Nem as paqueras ocorrem mais nos bares, namoros e noivados são feitos via net! Diário? Agenda? Álbum de fotografias? Quê isso? Blogs, Fotologs, diários virtuais.

A facilidade de trocar informações impressionou, principalmente com o advento do Orkut, e sua "descoberta" pelos brasileiros (já somos maioria...). Nesta "rede de relacionamentos" (network) é possível reencontrar amigos de infância, parentes longínquos, colegas de maternal, turma da faculdade, e o que mais você imaginar (até profile de cachorrinhos e gatinhos existem por lá). É aí que a gente até pensa: "Que coisa maravilhosa é a tecnologia! Que rapidez, que precisão, que poderoso meio de comunicação!" Mas as conseqüências de tanta facilidade e da inserção de uma grande quantidade de informações pessoais podem ser problemas a vista...

A Lu já falou aqui sobre os hackers, os piratas da rede, decodificadores de senhas e invasores de microcomputadores, que podem instalar um “simples” vírus em seu PC ou até sacar todo o seu dinheiro do banco via internet...

Mas não vamos chover no molhado. Estou falando aqui de uma coisa muito mais íntima que um vírus de computador, ou que perder meus míseros reais de minha pobre (e devedora) conta bancária. O CIÚME!

Sim, esta verdadeira PRAGA que pode assolar o mundo dos relacionamentos (reais e virtuais)... As pessoas que sofrem deste mal se envolvem constantemente em brigas, pois não têm a capacidade de diferenciar uma simples amizade, ou até um certo coleguismo, de uma paquera, interpretando tudo com INFIDELIDADE!

Acreditem, isso ocorreu! Um relacionamento terminou por causa do Orkut. Calma lá, não foi o meu não! (O “Amor” vai muito bem, obrigada!), mas o de uma amiga! Tudo porque o affair dela interpretou mal um “scrap” (recado) deixado em seu Orkut, lendo a tal mensagem antes mesmo da minha amiga! A coitada ficou arrasada, e com razão, pois eu juro pra vocês que as mensagem era completamente inocentes, de amizade, nada a ver, desprovidas de quaisquer "segundas" intenções! Infelizmente, algumas pessoas acham que seus namorados(as) são sua propriedade, e ninguém mais pode ter carinho, afeição, amizade, muito menos amor (de amigo) por seu(sua) amado(a).

Sim pessoas, é triste, mas acontece. E aconteceu. Não sei se vai ter remédio, muito menos se com um ciúme doentio como esse vale à pena continuar um relacionamento. Mas temos que admitir que a devassa de nossa vida pessoal na internet, em geral, acontece mesmo, é real. No Orkut, por exemplo, só o fato de todos da rede poderem ler todas as mensagens que seus amigos e conhecidos te enviam como scrap é uma falha muito grande no sistema. Acredito que antes de o escrito ser publicado e ficar visível a todos a pessoa que está recebendo o recado deveria ser avisada de alguma forma, poder ler em primeira mão, e aceitar ou não que aquilo ficasse publicado ao Deus dará no seu perfil, mais ou menos com o que ocorre com os "testimonials".

As palavras têm poder. Li num blog um texto muito interessante - do dia 15 de março de 2005 - justamente sobre a interpretação das palavras que são escritas. Estas só fazem sentidos a quem as escreveu, a interpretação que cada um dá a um texto é pessoal e inerente à “bagagem” que cada um traz consigo. Aqui mesmo, no blog, já fomos alvo de más interpretações, rendendo uma discussão que “deu pano pra manga”, em virtude de coisas que aqui escrevemos, sem qualquer maldade.

Portanto, muito cuidado com o que escrevem por aí!

Bom final de semana a todos,

Ana Letícia

Ps.: Este post foi escrito a pedido...

16 março 2005

"Maracatu"

Olá pessoas! Felizes? Aposto que sim.

Semana passada, conheci uma pessoa muito, acho que bacana. Digo acho, porque não o conheci direito. Ele era meu professor da língua que mais “amo” no mundo. Adivinhem? O danado do inglês...eca... Sou obrigada a passar por isso. Eu sei!

Em meio a poucos encontros e todos os desencontros, foi-se embora meu adorável professor - Garret, pro lugar de onde veio – Londres. Viajou no domingo.

Mas, com isso tudo, descobri o e-mail e um site dele. E junto do site a sua obsessão. Assim como a minha obsessão é a Sininho do Peter Pan, a dele é o maracatu.

Todos sabem, de acordo com textos já publicados, por mim no blog, que sou alucinada com música: bossa nova, mpb, jazz, samba, etc. E tinha me esquecido completamente do macatu.

E logo, um inglês que não tem nada a ver com esse ritmo quente é que me fez lembrar de uma das coisas que mais admiro. E lembrando também, que é uma de nossas inúmeras riquezas espalhadas por todo o canto do Brasil.

Lembrei também de um dos episódios mais marcantes da minha vida. Foi quando estava no primeiro período na faculdade e tínhamos que fazer um trabalho sobre Cultura Popular. Enquanto uns fizeram sobre a Marujada, Congado e a Festa de Parintis, um grupo fez sobre o maracatu, o trabalho abalou, literalmente, a faculdade inteira. Pois eles tiveram a incrível idéia de trazer quase todos os integrantes do bloco: Trovão das Minas, o mais importante bloco de maracatu de Minas, para tocar no campus da faculdade.

Em meio a tambores, zabumba e outros inúmeros instrumentos estavam universitários de todos os cursos da faculdade (Administração, Nutrição, Fisioterapia, Engenharia de telecomunicações, Ciência da computação, Geografia, ...dentre vários outros), assistindo ao espetáculo, parecia uma festa em pleno período de aula. Foi excelente. Foi melhor ainda, pois conheço uma galera que faz parte do bloco. Tudo de bom.

"Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como Maracatus de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição do Rei do Congo, implantada no Brasil pelos portugueses. O mais remoto registro sobre Maracatu data de 1711, de Olinda, e fala de uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para homenagear a coroação do rei: o Maracatu.
Parece que a palavra "maracatu" primeiro designou um instrumento de percussão e, só depois, a dança que se dançava ao som deste instrumento. Os cronistas portugueses chamavam aos "infiéis" de nação, nome que acabou sendo assumido pelo colonizado. Os próprios negros passaram a autodenominar de nações a seus agrupamentos tribais. As nações sobreviventes descendem de organizações de negros deste tipo, e nos seus estandartes escrevem CCMM (Clube Carnavalesco Misto Maracatu).
Para Mário de Andrade a origem da palavra maracatu é americana: maracá=instrumento ameríndio de percussão; catu=bom, bonito em tupi; marã=guerra, confusão. Marãcàtú, e depois maràcàtú valendo como guerra bonita, isto é, reunindo o sentido festivo e o sentido guerreiro no mesmo termo. Para continuar clique aqui.
Caboclos e Guias fazem muitas acrobacias, que parecem com os passos dos frevos de carnavalescos. "
Mário de Andrade descreve a dança das baianas: “Embebedadas pela percussão, dançam lentas, molengas, bamboleando levemente os quartos, num passinho curto, quase inexistente, sem nenhuma figuração dos pés. Os braços, as mãos é que se movem mais, ao contorcer preguiçoso do torso. Vão se erguendo, se abrem, sem nunca se estirarem completamente no ombro, no cotovelo, no pulso, aproveitando as articulações com delícia, para ondularem sempre. Às vezes, o torso parece perder o equilíbrio e lerdamente vai se inclinando para uma banda, e o braço desse lado se abaixa sempre também, acrescentando com equilíbrio o seu valor de peso, ao passo que o outro se ergue e peneira no ar numa circulação contínua e vagarenta...”
Nação do Maracatu Elefante, Recife – Pernambuco


Olha só galera, a Dodô aqui, também é cultura. E vocês? Curtem o som dos batuques?

É incrível, como certas épocas e fases passam em nossas vidas, parece que foi ontem, e mesmo parecendo que foi ontem, precisei da ajuda de álgüem para lembrar. Quanta coisa boa, nós temos para nos apoiar em momentos difíceis.

Se alguém souber de algum show de maracatu imperdível, aqui em BH, por favor, divulguem!!


No mais, fico por aqui ao som de um Maracatu Atômico.
Semana que vem, tem texto novo, ok!

Bjoca da Donária Atômica!

15 março 2005

QUEM LÊ, VIAJA!

Ontem, ao sair do trabalho, fui dar uma voltinha básica num dos shopping mais bonitos daqui, o BH Shopping (quem não gosta de lá?). Dentre todas as lojas, a que me chama mais atenção e na qual eu passo horas olhando os produtos é a Leitura. Realmente eu viajo quando entro nesta loja, fico impressionada com os milhares de livros que tem lá, de todos os tipos e para todos os gostos, bonitos, coloridos, divertidos... de drama, suspense, folhetim, poesia, auto-biografia, religião, noticiário, charges, histórias românticas, educacionais... para ler em casa, no trabalho, no ônibus, numa horinha de folga, num final de semana tranqüilo (lembram-se do Desejo Hedonista?).

Olhando e lendo rapidamente os livros entre uma prateleira e outra, lembrei-me de alguns livros que li e marcaram a minha vida, infância, adolescência e agora o mundo adulto.

Do fundo do baú... recordo-me dos inúmeros “contos de fadas”, contados por meus pais e professores, que me faziam viajar em estórias fascinantes. “Alice no país das maravilhas”, “Branca de Neve e os sete anões”, “O Chapeuzinho Vermelho”, “ O pequeno Polegar”, “A gata borralheira”, “As viagens de Guliver”, “Rapunzel”, “O gato de botas”, dentre tantos outros nos quais eu sempre me equiparava a algum personagem. Coisas de crianças...

Depois de saber leituras básicas, outros tantos desafios apareceram, livros mais grossos, estórias mais emocionantes e então descobri o mundo de um cachorrinho danadinho chamado Samba nos livros de Maria José Dupré: “Cachorrinho Samba” e “Cachorrinho Samba na floresta” me divertiram muito. Um outro livro que sempre relia era “Lambe o dedo e vira a página”, de Ricardo da Cunha Lima. Este livro tinha várias técnicas de linguagem que não me tirava a concentração. Numa das páginas o texto era escrito em forma de um caracol, noutra o único texto era
(...) “estava tudo deserto, e realmente não tinha mais nada naquela página.

Da 5ª à 8ª séries adorava os livros que contavam estórias de grupos de amigos, em armações super legais, como “A droga da obediência” e “Pântano de Sangue”, de Pedro Bandeira, que trazia como protagonistas o grupo de estudantes Os Karas. Muito legais! Além destes, livros sobre viagens me faziam literalmente viajar, como “Pepedro nos caminhos da Índia”, de Aparecida Andrés e Maria Helena Andrés, e “Histórias do mundo para crianças”, de Monteiro Lobato.

Amadurecendo mais, a leitura de livros clássicos como “Dom Casmurro” e “Esaú e Jacó”, de Machado de Assis, “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco, “Memórias de um sargento de milícias”, de Manoel Antônio de Almeida, “Iracema”, de José de Alencar e “Casa de pensão”, de Aluísio Azevedo, foram introduzidos em minha vida e, então, o gosto pela leitura foi fortalecido e passou a ser uma história de amor. Às vezes passava horas sentada na cama lendo um livro e enquanto não terminasse não fazia outra coisa.

Na fase pré-vestibular, com a quantidade de livros que era necessário ler para entrar pra faculdade, o gosto pela leitura tomou rumos novos, poesias, prosas, contos foram desabrochando em meu mundo. “Laços de família”, de Clarice Lispector, “Estrela da Manhã”, de Manoel Bandeira, “Casa de buginganga”, de Rubens Alves, “Sentimento do Mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, “A lira dos vinte anos”, de Álvares de Azevedo, “Itinerário de Pasárgada”, de Manuel Bandeira, “O Ateneu”, de Raul Pompéia.

Durante a faculdade, confesso que diminuí a leitura de livros literários, devido aos livros jurídicos que passaram a ter um lugar especial em minha vida (amo o Direito!). Mas foi nesta época que despertei meu interesse pelos escritores mineiros e descobri em Roberto Drummod uma leitura maravilhosa, que recomendo a todos: “Hilda Furacão”, “O cheiro de Deus” e “Os mortos não dançam valsa”.

E daí por diante, outros livros e livros se juntaram a minha coleção especial, de alguns já me lembro vagamente, mas outros ficarão marcados para sempre, como o clássico “O pequeno príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, que sabiamente afirma que
(...) "tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas. “Ilusões, as aventuras de um messias indeciso”, de Richard Bach também deixou marcas ao dizer que (...) “somos todos impostores neste mundo, todos fingimos ser alguma coisa que não somos. Não somos corpos andando por aí, não somos átomos nem moléculas, somos idéias imortais e indestrutíveis do Ser, por mais que acreditemos em outras coisas...

De todos os livros que já li, os que mais me marcaram foram os livros que retrataram a vida do povo brasileiro, e destaco aqui “MORTE E VIDA SEVERINA” , de João Cabral de Melo Neto, que com sua forma poética tão bem descreve a vida:

E não há melhor resposta
Que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão como a ocorrida:
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina:
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.


A leitura não é só conhecimento, é educação, é formação.
Boa leitura!

Beijos Lú

10 março 2005

Trash 80´s

Foi mal, aí, galera, mas eu não consegui me segurar!!!

Changeman: http://web.rjnet.com.br/rafael_lopes/changeband.swf
Jaspion:
http://www.inf.ufrgs.br/~jteichmann/jaspion/daileon.swf

Êta Anos 80 que deixaram saudades, sô!

Divirtam-se!

Ana Letícia

09 março 2005

O que aconteceu em BH na última sexta-feira?

Não era uma “sexta-feira 13”, mas a bruxa estava solta em BH...

Já não bastasse a chuva de dois dias consecutivos, sem parar, sem parar mesmo, na última sexta-feira o trânsito de Belo Horizonte estava caótico, um horror, que tédio!
Feliz e sorridente, depois de sair do escritório em que trabalho (agora sem minhas companheiras Ana e Dô) fui ao IBGE, local em que trabalhei por 02 anos. Revi minha turma, conversei pra caramba, foi muito bom reencontrar velhos e grandes amigos. Fiquei lá das 15 às 17 horas, não foi muito tempo para quem estava sumida uns 04 anos...
Sai do IBGE às 17hs e desci até a Savassi com um amigo, o Thiago, que mora perto da minha casa. Resolvemos descer até lá porque o Thiago iria para a casa do irmão dele, no Palmares, e então, o ônibus 8106, que também passa perto de onde moro, serveria para nós dois.
Apesar da chuva constante, fomos conversando e rindo de várias coisas. O Thiago é um baianinho super legal, choro de rir com ele.
Pegamos o bus às 17:20hs e já na Av. João Pinheiro, em frente ao DETRAN/MG, o trânsito começou a engarrafar... até rimos, pois se em frente ao DETRAN o trânsito era ruim, imagina no resto da cidade... e como estava pior...
O trajeto na Av. João Pinheiro não era muito, uns 05 quarteirões, mas ficamos nada mais, nada menos do que 40 minutos num engarrafamento!
18hs e ainda no congestionamento... o pior ainda estava por vir...
Para o bus entrar na Av. Afonso Pena, gastamos em torno de 30 minutos... haja paciência... já estávamos fazendo aposta de quanto tempo chegaríamos em casa. Para o Thiago umas 19hs, mas eu achava que antes disso. Ledo engano!

Ao sair da Av. Afonso Pena, entramos no viaduto Santa Tereza. Então tudo parou... o motorista abriu as portas, muita gente desceu, ficamos parados lá até as 19horas sem andar nada. Por fim, alguns carros sumiram da pista e o bus chegou até a Av. do Contorno, na Floresta.
Como ali já era bem perto de casa, achei que seria mais rápido. Que nada! O bus não arredou o pé/o pneu. Nenhum carro tinha para onde andar, nem as motos, que disputavam espaço nos passeios com os pedestres que optaram por ir embora para casa à pé.

Eu e o Thiago ainda rindo... mas agora com um riso sarcástico... apreensivo... cansados do calor, da chuva, de ficar sentados naquele banco duro, sentindo fome... também resolvemos descer do bus... já não era sem tempo! Mais de 02 horas dentro do bus fechado (com esse tempo dava para eu sair de BH e chegar na minha querida cidade Curvelo).
Descemos. E a primeira coisa a fazer foi tomar uma cerveja estupidamente gelada no primeiro “butequim” que apareceu na frente. Neste momento, tivemos a noção de todo o congestionamento. Ao longe víamos os faróis ligados, motoristas sem paciência, uma buzinação infernal! Mas fazer o quê, não tinha para onde andar, o que teria acontecido em BH?

Nunca vi engarrafamento igual, já ouvi na TV algumas cenas de São Paulo e imaginei o que milhares de pessoas passam todos os dias. Deixa qualquer um maluco!
Depois de estar de barriga cheia e mais tranqüilos, eu e Thiago resolvemos nos juntar aos inúmeros belorizontinos que andavam pelas ruas e descer à pé o restante do caminho que faltava até em casa (neste momento o Thiago já tinha desistido de ir para a casa do irmão e só queria um banho).
Dei uma ligadinha para casa para avisar onde estava e minha irmã logo disse: “ – Lú, a Carol está presa no trânsito ai perto de você. Encontra com ela e pega carona.”
Beleza! Foi um alívio! Despedi-me do Thiago, que ainda tinha uma boa caminhada pela frente e fui me encontrar com a Carol.
Encontrar? Quase a perco... bem na hora que os agentes da BH Trans liberaram uma parte do trânsito, vi o Crizão namorado da Carol arrancando o carro. Tive que correr pra alcançá-los, mas consegui.
Agora estava tranqüila e segura. Confesso que sou um pouco nervosa e me estresso numa situação caótica como essa. Mas quem não se cansou neste trânsito?
Viemos conversando até em casa, tentando arrumar um jeito de sair do engarrafamento, mas todas as ruas que olhávamos estavam lotadas de carros... e ainda tinham aqueles que, desprevenidos, tiveram a gasolina esgotada. Não foi o nosso caso, graças a Deus, mas o Crizão ficou bem apreensivo quanto a isso.
Exatamente 21horas chegamos em casa.
Nossa, que dia, que trânsito! Quase 04 horas num engarrafamento monstro, gigante!
Nunca imaginei passar por coisa igual!
Explicação para o fato? Ninguém sabe! Uns dizem que deu pane no sistema geral de semáforos de Belo Horizonte, outros dizem que foi a própria chuva, mas vai saber?
Cheguei em casa morta, como se um trator tivesse passado por cima de mim, só tomei um banho e dormi. Todos os meus planos de assistir ao show do César Menotti e Fabiano na Floricultura (lugar super legal!) foram modificados. Não tinha forças para nada! Só queria dormir! E até agora me pergunto:

O que aconteceu em BH na última sexta-feira?

Beijos Lú

08 março 2005

Mulheres e Mineiras


Pessoas,

Ontem teria sido meu dia de publicar algum texto por aqui. Mas isso não vem ao caso, pois sexta-feira era dia da Donária e a mesma se esquivou de seus afazeres também (mais uma vez...). A verdade é que lembrei-me do dia de hoje - 08 de Março - e achei melhor escrever algo no Dia Internacional da Mulher, uma vez que representamos toda uma "classe" de mulheres e mineiras no mundo "bloguístico". (Mentira, é que ontem não tive tempo mesmo!)

Prá variar, falta-me inspiração... Mas não é preciso apenas 10% de inspiração e 90% de transpiração??? Vai ver que estou é preguiçosa mesmo.... Ah, mas hoje é meu dia, então posso, certo?

Recebi este texto lindo do Iunes Salomão, amigo e ex-colega da turma de faculdade, e tomei a liberdade de publicá-lo aqui, ainda que sem o consentimento dele (por favor, Iunes, não venha me cobrar direitos autorais, heim?).

Mulheres

Em quantas faces se enconde,
a beleza da mulher?
Esta pergunta não se responde,
nem o mais sábio sequer.

A mulher é ímpar,
em qualquer condição.
Faz do grotesco seu par,
e das "tripas, coração".

Procura sempre o caminho,
mesmo estando na pobreza.
Com equilíbrio e carinho,
na alegria e na tristeza.

Carrega o filho no ventre,
depois o carrega nos braços.
Nos seios ela o nutre,
ensina-lhe os primeiros passos.

Ninguém no mundo é tão hábil,
em amar com tanta entrega.
A mulher, sexo frágil,
o mundo inteiro carrega.

Dona de casa e profissional,
procurando o sustento dos seus.
Força e raça excepcional,
Dom dado por Deus.

Há sempre aqueles que desprezam,
tamanha dedicação.
Na verdade eles invejam,
tanta aptidão.

Reflexos da Virgem Maria,
anjos, na terra encarnados.
Dos homens, amiga e guia,
herdeira de Sacros legados.

Parabéns, Mulheres pelo seu dia!

Iunes Salomão
08/Março/2005

Em compensação, Alessandro Franco, outro membro de nossa comunidade de ex-colegas da Fac. Direito da UFMG, me mandou isso:

"PREZADOS,

HOJE, DIA INTERNACIONAL DA MULHER, RESOLVEMOS TECER ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS CAUSAS DE EXISTIR O DIA INTERNACIONAL DA MULHER, ENQUANTO TODOS OS DEMAIS SÃO OS DIAS INTERNCAIONAIS DOS HOMENS.

Vocês acham que é fácil ser homem?

1) Quem é obrigado a erguer os pés quando ela está fazendo faxina?
R: O prestativo homem!

2) Quem se veste como pingüim no dia do matrimônio?
R: O humilde homem!

3) Quem é que, apesar do cansaço e do stress, jamais poderá fingir um orgasmo?
R: O sincero homem!

4) Quem é obrigado a sustentar a amante esbanjadora?
R: O abnegado homem!

5) Quem se expõe ao stress por chegar em casa e não encontrar a comida quentinha, as crianças com o banho tomado, a roupa lavada, a cozinha limpa e o drink já posto sobre a mesa?
R: O doce homem!

6) Quem corre o risco de ser assaltado e morto na saída da boate, cada vez que participa dessas reuniões noturnas com os amigos, enquanto a mulher está bem segura em casa na sua caminha?
R: O desprotegido homem!

7) Quem é o encarregado de matar as baratas da casa?
R: O valente homem!

8) Quem segura a ´´cauda do rojão´´ quando chega em casa com marca de batom na camisa e é obrigado a dar explicações que nunca são aceitas?
R: O incompreendido homem!

9) Quem é que toma banho e se veste em menos de vinte minutos?
R: O ágil homem!

10) Quem é que tem de gastar consideráveis somas em dinheiro comprando presentes para o dia das mães, da esposa, da secretária e outras festas inventadas pelo homem para satisfazer à mulher?
R: O dadivoso homem!

11) Quem jamais conta uma mentira?
R: O ético homem!

12) Quem é obrigado a ver a mulher com os rolinhos nos cabelos e a cara cheia de cremes?
R: O compreensivo homem!

13) Quem tem que passar por uma TPM calado todo mês?
R: O calmo homem!"


Brincadeiras à parte, fica aqui a homenagem de 3 mulheres, mineiras, a todas as mulheres do mundo, lembrando de nosso importante papel na sociedade de hoje, como profissionais, mães, irmãs, donas-de-casa, namoradas, esposas... E quem é que disse que não dá prá "chupar cana e assoviar" ao mesmo tempo?




Beijos,

Ana Letícia

02 março 2005

Desejo hedonista

Sem dúvidas este é o século em que as pessoas mais vivem em busca de prazer, desligando-se um pouco da vida material.
Antigamente este privilégio era dado apenas aos ricos, ricos não, milionários! Hoje em dia, o hedonismo não é mais privilégio de meia dúzia de nascidos "com a bunda prá lua". Ele já é costume da classe média mundial. Basta vontade e também um pouco de dinheiro (pois tudo pode ser pago em suaves prestações) para se ter a arte de cultivar o prazer.
O crescimento do hedonismo decorre da geração do "eu mereço".
Eu mereço uma vida boa, tranqüilidade, um dia de paz, massagens relaxantes, terapias, escutar músicas agradáveis, conversar com pessoas legais e interessantes, rir à toa"(...) eu quero uma casa no campo do tamanho ideal, pau a pique, sapê (...) onde eu possa guardar meus amigos, meus discos e livros e nada mais..."
A Revista Época desta semana, nº 354, traz o prazer como matéria de capa, como o bem supremo da vida, o qual possui adeptos que, mesmo sem nunca ter ouvido falar de seu maior defensor, o filósofo Epicuro (não me perguntem de que época é este filósofo), estavam dispostos a colocar sua teoria em prática. Todas as épocas tiveram bon-vivants que não pouparam dinheiro para comer, beber, viajar, ter amantes e dar festas. Mas a atual geração é que mais sabe aproveitar os prazeres.
Gostar e apreciar vinho está na moda, interessar-se por gastronomia também. Fazer massagem é um direito que as pessoas se dão com freqüência, haja vista o tanto de spas que se tem notícia todos os dias, não só com fins de emagrecimento, mas de proporcionar grande relaxamento às pessoas.
Ai quem me dera passar alguns dias num spa, por conta do ócio... sem pensar em nada... sentindo o cheiro do dia, o calor do sol, adorando o simples fato de viver!
Na busca por uma vida que parece com um filme ou uma novela, as pessoas vão atrás de cenários perfeitos, querem unir o charme de uma praia deserta com o conforto de um hotel cinco-estrelas. Aproveitar a vida, sentir-se bem é o maior desafio e a melhor conquista!
Vera Aldrighi, da Vera Aldrighi Clínica de Comunicação e Marketing diz que "Atualmente é mais importante ser que ter. É mais bonito alguém dizer que entende de vinho que trocar de carro todo ano. As pessoas estão revendo o que vale a pena, valorizando o prazer, o tempo. Muitos profissionais preferem ter mais férias a mais dinheiro."
Eu concordo plenamente com ela. Muitas pessoas já não se importam tanto em poupar dinheiro e adquirir bens exorbitantes e exóticos, mas preferem gastar o dinheiro que ganham com a sua autogratificação. A tradicional ética protestante, que previa poupar primeiro para gastar depois, já não tem mais vez. Tudo bem que devemos sempre pensar no futuro, não podemos esquecer que amanhã seremos velhos, aposentados e que a previdência social no Brasil e no mundo vai de mal a pior. Mas aproveitar a vida AGORA é o ideal!
Estamos no fim da mentalidade patrimonialista: melhor ter viajado para cem países que ter um apartamento maior. E diga a verdade, como é bom desfrutar das delícias de um bom restaurante, tomando um vinho delicioso, num país novo, ouvindo uma música clássica ao fundo ou mesmo nossa Bossa Nova, com Vinícios e Tom... ai que vontade, ainda mais neste dia de chuva fina que está em BH...
Não é raro ver as pessoas buscando prazeres e momentos especiais e aproveitando ao máximo novas experiências. Isso porque, apesar de uma vida tumultuada de coisas para fazer, as pessoas estão carentes de autogratificação. Trabalham demais, estão sujeitas à violência, seus relacionamentos vão mal e elas ainda pegam trânsito. Isso tudo "ninguém merece". Mercemos carinho... Às vezes o apoio que não se recebe do chefe, do marido/esposa ou dos filhos, busca-se na comida, na bebida, nos perfumes gostosos, no prazer de escutar uma música...
O que importa é o bem-estar, e sou adepta a ele. Desfrutar o melhor da vida, tudo como se fosse o último dia... só com PRAZER!

Beijos Lú