Às vezes tudo o que consigo fazer é parecer pior que jamais pretendi.
Ficar a 1000 léguas de distância ao fim de tudo, do lado oposto ao que pretendia estar.
Esta é a minha arte.
Mandar quando não posso mandar
Não falar quando preciso falar
Chorar na hora errada
Rir nos piores momentos
Soar estranha como um sino que desafina
Ao fim da tarde de um domingo de mormaço em seus braços.
E me pergunto: por que sou assim?
Então me diz que não estou errada
E que vai dar tudo bem
E que o mundo é pequeno demais para todos os problemas insignificantes
E é aí que eu sei que desandei
Como creme de leite que talha
Ou o leite que entorna quando ferve em demasio.
O que fazer?
Apagar o fogo, assoprar o leite e rezar
Pra espuma baixar
Limpar a ferida
Enxugar as lágrimas
E que a maquiagem não borre
Jamais.
Ana.
Um blog sobre uai, sô, véio, contos, causos, sentimentos, pão-de-queijo, crônicas, broa-de-fubá, cinema, literatura, fotografia, arte, poesia...
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09 novembro 2008
Lado B
(Texto e foto: Oxigênio.)
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