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24 setembro 2004

ONGs... ajudam???

No Brasil, milhares de pessoas participam como “voluntárias” da infinidade de ONGs que temos: ONG para ajudar índio, negro, pobre, idoso, deficiente, analfabeto, etc, etc, etc, animais e tudo mais que pensarmos.
Esta semana li um artigo da revista Veja (mas edição de 1º/09) sobre ONGs e resolvi debater com vocês o assunto...
A matéria dizia que a maioria das ONGs brasileiras tem como lema “não dar o peixe, mas ensinar a pescar” (o provérbio diz + ou - isso). Até ai, tudo bem, pois não basta resolver o problema dando a solução imediata, sendo necessário ensinar como se chega à solução para ter resultando duradouro.
Mas o que me indignou foi saber que as ONGs recebem um grande capital por mês (sendo a maioria de doações) e, ao invés de investir esse dinheiro nas pessoas ajudadas, utilizam os recursos para pagar os altos salários que os professores cobram para estar ali, ensinando os necessitados a “pescar”.
Achei um absurdo!!!
Os professores de ONGs não trabalham voluntariamente não, apesar de várias vezes, até mesmo em sala de aula, falarem em alto e bom tom que estão trabalhando voluntariamente. A cara não queima!!!
Desta forma, muitas pessoas estão desacreditando no trabalho das ONGs, como dizia um professor de geografia do Pitágoras “organização do não fazer nada”!
Outra questão bastante enfocada na matéria dizia respeito ao tipo de ajuda que as pessoas precisam: um alcoólatra não está precisando apenas de cursos de auto-ajuda para largar o vício, necessita de uma mão amiga para ajudar-lhe a levantar... quem tem leucemia não precisa apenas de tratamento, mas sim de carinho, de conversa, de dar risadas... os idosos não precisam apenas de remédios e “um canto” para viverem, precisam de atenção, de alguém para ouvir suas histórias...
Esses são poucos exemplos de como podemos ajudar as pessoas necessitadas. Ninguém necessita só de comer, vestir, ser curado, mas de muito carinho, de muita atenção e principalmente de conversar. Podemos ajudar!

Lembro-me agora das inúmeras pessoas que atendia diariamente nos PROCONs (quando eu trabalhava na Prefeitura e na Assembléia), muitas, principalmente as mais velhas, não tinham um problema a resolver através dos órgãos, apesar de chegarem lá confusas e descontroladas. Depois de uma boa conversa, eu compreendia que eram carentes, que só precisavam de conversar com alguém, e ai saíam tranqüilas... (muitas voltavam depois para conversar mais ou apenas para dizer um “oi”).

Devemos fazer nossa parte, podemos ajudar as pessoas de várias formas, sem gastar nada, apenas doando o que temos de graça, nosso carinho!
Pensem nisso.
Beijos Lú