(*) Burning Sky - Belo Horizonte/MG - Photo, Art: Ana.
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18 fevereiro 2005

CARNAHELL - A saga continua...

2a. PARTE - "POLÍCIA OU LADRÃO?"

Após uma "maravilhosa" noite sono ao som do "caminhão-condicionado" (porque o ar-condicionado do quarto do Hotel Rodoviário mais parecia uma turbina ligada no nosso ouvido - detalhe é que pagamos mais caro por isso!), retornamos à Rodoviária para pegar o ônibus prá Macaé das 09:30h. No entanto, TODOS os buses estavam atrasados mais de 3 horas, igual à noite anterior, e provavelmente o nosso partiria só depois do meio-dia.

Desnorteados com o calor, quase pisamos em cima da Aninha (namorada do Cris, amigo do Amor, também residente de Macaé, ambos iriam passar o Carná conosco) sentada em cima de sua mala, no enorme saguão da Rodoviária, lotada de gente. Ela tinha saído de BH na noite da sexta, e só tinha conseguido passagens de busão prá Macaé saindo do Rio às 17h. O Cris, com dó dela, havia decidio ir buscá-la no Rio, só que de carro, o famoso "Todynho" - companheiro de aventuras (= UNO MILLE, 1900 e antigamente, cor de leite com Toddy). Provavelmente, ele chegaria no Rio às 12:00h, e mais uma vez devolvemos nossas passagens e resolvemos esperar nossa carona.

O Amor teve a brilhante idéia de ligar pro Léo, amigo dele da Petrobrás, para passarmos juntos a tarde no Rio, voltando prá Macaé somente à noite. Feito o contato, o Cris chegou no Rio, Léo e Letícia na Rodoviária para nos guiar no trânsito caótico, rumo ao Barra Shopping. "Coisa de mineiro, merrrrmo!" - Disse o casal carioca quando sugerimos almoçar no shopping, e também pro Amor aproveitar para comprar uma bermuda e uma camiseta - visto que estava apenas com a roupa do corpo, pois tinha saído direto do trabalho.

No estacionamento do shopping... Surpresa desagradável: algum espírito de porco furou o pneu do Toddynho, e tivemos que fazer a troca lá mesmo, sol a pino, barriga cheia, morrendo de vontade de ir prá praia. Mas o Toddynho é isso aí, "companheiraço"...

Depois do almoço e das compras, para onde fomos?????? Onde 4 mineiros e 2 cariocas poderiam ir em pleno sábado de carnaval, duas da tarde, sol de rachar???? Obviamente, para a PRAIA. Ficamos batendo altos papos na Barra, até que olhamos no relógio e vimos que já eram quase 8 da noite!!! (Detalhe que ainda tinha sol esse horário - Rio é Rio, né, minha gente).

Ante à triste constatação de que chegaríamos a Macaé prá lá de meia-noite, e que viajaríamos de noite, sujos de mar e areia (porque mineiro que é mineiro quando vai na praia tem que nadar prá "pegar jacaré"), o Léo nos ofereceu a casa dele para passarmos a noite, pois estava vazia. Então, poderíamos curtir a noite carioca, a praia do dia seguinte e viajar logo depois do almoço, com céu claro. Aceitamos, com muito prazer.

O programa da noite foi na Lagoa Rodrigo de Freitas, lugar agradabilíssimo, súper charmoso, luz de velas, Bossa Nova ao vivo tocando e, não podia faltar, cerpa Long Neck de R$5,00 (neste quesito, ninguém merece!!!). Dormimos súper bem e tomamos um café-da-manhã REAL - digno da realeza mesmo - na casa dos cariocas, tivemos direito até a queijo-de-minas e pão-de-queijo, prá não sentirmos muitas saudades de casa. ;-)

O dia começara muito bem, e resolvemos ir à Prainha, ou Grumari, praias liiiindas, mas súper distantes do centro da cidade, beeeem depois da Barra. Mas a aventura não ficou só por aí, por incrível que pareça. Antes de sair do túnel Rebouças, notamos um carro de polícia, com a sirene ligada, vindo por trás de nosso amigo Toddy, insistentemente. Como motoristas educados, pegamos logo a pista da direita para dar passagem às "autoridades". Qual não foi a nossa surpresa (para não dizer desespero mesmo) quando o carro de polícia se emparelhou com o nosso, e os policiais, com escopetas e metralhadoras em punho, nos fizeram sinais para encostar o carro, gritando e gesticulando. Paramos o carro, o Léo parou o dele mais à frente. O policial olhou bem dentro do carro, mandou o Cris sair e levar consigo os documentos. Neste meio tempo, o Léo saiu do carro dele e começou a andar na direção do nosso. O Policial assustou, pôs a mão sobre a arma da cintura, e perguntou quem era. Cris respondeu que era um amigo, carioca mesmo, e que trabalhavam juntos na Petrobrás. Ao ouvir isso, imediatamente o guarda guardou o revólver e voltou correndo prá viatura, falando prá gente ir embora, que estava tudo ok, e arrancou logo o carro. Por um instante, ficamos sem entender muita coisa, mas depois de conversarmos com o Léo, descobrimos que estávamos prestes a ser... ASSALTADOS. Lá no Rio, a polícia é ladrão também!!! Ele mesmo (Léo), já tinha sofrido 2 assaltos da mesma forma, há poucos meses atrás!!!

Ahhhhh... Fala sério!!!

Ps.: Para ler a 1a. Parte, clique aqui.

*** To be continued***

Beijos

Ana Letícia