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04 abril 2005

CARTA DO PAPA AOS JOVENS

Em profundo sinal de respeito, triste pela morte do nosso querido Papa, publico para vocês parte da carta que o Santo Pe. Papa enviou aos jovens, em agosto de 2004, e que por felicidade, minha amiga Flávia pode receber das mãos dele, quando esteve em Roma, no exato mês.
Esta carta é um convite do Papa para os jovens do mundo inteiro participarem, em agosto, da Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em Colônia, na Alemanha.
Em outra oportunidade, num congresso que participei da Juventude Feminina de Schoesntatt, em Londrina/PR, no ano de 2000, ouvi uma palavra do Papa escrita diretamente para nós, jovens. Assim ele dizia:
"Jovens do mundo inteiro, tenham a santa ousadia, de serem os santos do novo milênio".
Não foi por acaso que Karol Wojtila foi escolhido para ocupar o cargo de Papa, membro superior da Igreja, não era adorado apenas pelos católicos, mas por toda uma infinidade de fiéis em Cristo.
Agora ele está com Deus!
Beijos a todos, Lú
MENSAGEM DO PAPA A COLÔNIA 2005: A IGREJA NECESSITA DE SANTOS

O Papa João Paulo II afirmou que “a Igreja necessita de santos” para renovar a humanidade para que esta, consciente, guie os jovens do mundo em seu caminho à próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que realizar-se-á em agosto de 2005, na cidade de Colônia, na Alemanha, que terá como tema: “Viemos Adorar-te” (Mt 2,2)

Eis alguns trechos da carta do Papa aos jovens:

“Queridíssimos jovens:

Este ano celebramos a XIX Jornada Mundial da Juventude meditando sobre o desejo demonstrado por alguns gregos que, pelo motivo da Páscoa, chegaram a Jerusalém, dizendo: “Queremos ver Jesus” (Jo 12,21). Agora nos encontramos a caminho de Colônia, onde acontecerá, em agosto de 2005, a XX Jornada Mundial da Juventude.
“Viemos Adorar-te” (Mt 2,2): este é o tema da próxima JMJ. Este tema permite que os jovens de cada continente recorram idealmente ao itinerário dos Reis Magos, cujas relíquias são veneradas, segundo uma tradição da Igreja naquela cidade alemã, e que possam encontrar, como eles, ao Messias de todas as nações.

É importante, queridos amigos, aprender a escutar os signos com os quais Deus nos chama e nos guia. Quando se está consciente de estar-se guiado por Ele, o coração experimenta uma autêntica e profunda alegria, acompanhada de um desejo vivo de encontrar-Lhe e de um esforço perseverante de segui-Lo docemente.
“Entraram na casa, viram a criança com sua mãe, Maria” (Mt 2,11). Nada de extraordinário a primeira vista. Entretanto, aquela criança era diferente das demais: é o filho primogênito de Deus que se desfez de sua glória (cf. Fl 2,7) e veio a Terra para morrer na Cruz. Desceu entre nós e se fez pobre para nos revelar a glória divina que contemplaremos no Céu, nossa pátria celestial.
Quem poderia ter inventado um signo de amor maior? Permanecemos extasiados ante o mistério de um Deus que se humilha para assumir nossa condição humana até imolar-se por nós na cruz (cf. Fl 2,6-8). Em sua pobreza, veio para oferecer a salvação aos pecadores. Aquele que – como nos lembra São Paulo – “sendo rico, se fez pobre por amor de nós, para que todos sejam ricos por sua pobreza” (2Cor 8,9). Como não dar graças a Deus por tamanha bondade?

Analisando com fé o itinerário do Redentor desde a pobreza de sua Manjedoura até o abandono da Cruz, compreendemos melhor o mistério de seu amor que redime a humanidade. A criança, colocada suavemente numa manjedoura por Maria, é o Homem-Deus que veremos pregado na Cruz. O mesmo Redentor está presente no sacramento da Eucaristia. No estábulo de Belém se deixou adorar, através da pobre aparência de um recém-nascido, por Maria, José e o pastores; na Hóstia consagrada o adoramos sacramentalmente presente em corpo, sangue, alma e divindade, e Ele se oferece a nós como alimento de vida eterna. A santa Missa se converte agora num verdadeiro encontro de amor com Aquele que se doa inteiramente a nós. Não duvidem, queridos jovens, em responder-Lhe quando os convida “ao banquete de bodas do Cordeiro” (cf. Ap 19,9). Escutai-o, preparem-se adequadamente e aproximem-se do Sacramento do Altar, especialmente neste Ano da Eucaristia (outubro de 2004 a outubro de 2005) que se quer declarar para toda a Igreja.

“E prostrando-se, Lhe adoraram” (Mt 2,11). Se a criança que Maria traz em seus braços os Reis Magos reconhecem e adoram como sendo o esperado por todos e anunciado pelos profetas, nós podemos adora-lo hoje na Eucaristia, e reconhecê-lo como nosso Criador, único Senhor e Salvador.
“Abriram seus cofres e lhe ofereceram dons de incenso, ouro e mirra” (Mt 2,11). Os dons que os Reis Magos ofereceram ao Messias simbolizam a verdadeira adoração. Por meio do ouro sublinham a divindade real; com o incenso o reconhecem como o sacerdote da nova Aliança; ao oferecer-lhe a mirra celebram o profeta que derramará o próprio sangue para reconciliar a humanidade com o Pai.
Queridos jovens, ofereçam também ao Senhor o ouro de sua existência, ou seja, a liberdade de seguir-lhe por amor respondendo fielmente ao seu chamado; elevem até Ele o incenso de sua oração ardente, para sua glória; oferecer-lhe a mirra é dizer o afeto cheio de gratidão a Ele, verdadeiro Homem.

Queridos jovens, a Igreja necessita de autênticos testemunhos para a nova evangelização; homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos demais. A Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade

Queridíssimos jovens encaminhados idealmente até Colônia, o Papa os acompanha com sua oração. Que Maria, “mulher eucarística” e Mãe da Sabedoria, os ajude em seu caminhar, ilumine suas decisões e os ensine a amar o verdadeiro, o bom e o belo. Que Ela os conduza a seu Filho, o único que pode satisfazer as esperanças mais íntimas da inteligência e do coração do homem.

Com a minha benção!
Castelo Gandolfo, 06 de agosto de 2004.

JOÃO PAULO II