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07 abril 2008

E lá vou eu

niemeyer 184

Sou jovem, sim, pessoas passaram por mim. Sim, sou madura até demais, muitas vezes. Noutras, sou infantil como uma menina de 7 anos. Sim, sofri. Sim, vivo minha vida com plenitude. Sim, falo palavrão, e sim, me arrependo depois de proferi-los. Não, não tenho medo de errar, de jogar, de cair. Eu me levanto, eu quebro a cara, e dou a outra face.

Sim, já experimentei muita coisa, já fiz coisa certa, já fiz coisa errada. Já sofri conseqüências, já odiei, já fui odiada. Já fiz sofrerem por mim, já sofri pelos outros, sofri com os outros, já me preocupei. Não me deixo de preocupar. Preocupo-me com quem eu gosto, gosto de graça, nem sempre gosto de quem me gosta, gosto de cuidar, de ser cuidada.

Penso muito, faço muito. Sou dualidade, paixão e razão. Eterno conflito. No geral, sigo meu coração, e lido bem com isso. Ouço minha intuição, e então meu coração fala mais alto, bate mais forte, ensurdecedor. Nem sempre sigo minha intuição. Mas sei que deveria. E intuição nada tem a ver com razão. A razão é o contrário disso tudo. É lógica, fria e matemática. Definitivamente, são raras as vezes que dou ouvidos à razão. Deveria mais?

Sou jovem, sim, mas já vivi muito, nesta contradição louca entre juventude e vivência. E vivo ainda, até a última gota. Tenho esperanças infinitas. Viajo em meus pensamentos, em minhas palavras, provocadas pelas suas, pelos sons, por um telefonema, pelo sorvete, pelo remédio, por um amor Grand'Hotel.

Aponto para o céu e vôo alto.
E lá vou eu. De ponta cabeça.
Mais uma vez.

Ana.