Me pega de manhã e faz manha. Não quer se levantar. Solta um muxoxo e resmunga de lado. Beijo meu queixo, pingue-pongue na mesa de jantar. Tudo do seu jeito, tudo a seu tempo, pede por favor.
Roga desculpas, fala muito obrigado, voz manhosa de quem sabe o que quer. Extremos de acesso: paixão e frieza, fogo e água. Bote de jaguar, beijo colado, depois é arisco, bichinho selvagem. Distancia quando quer estar perto. Esquece da hora, da mina, não sabe lugares, caminhos, se deixa levar.
E aí magoa, depois perdoa, insiste, livre de amarras. Tensiona, pressiona, livre de pudores. Carinho, bagunça, simplicidade, teimosia, livre de magia. Pesa em seu corpo e sua consciência, ainda intacta, diz preu não guardar rancor, livre de pavor.
Amanhã vai embora, diz que me adora.
Semana que vem retorna e faz manha.
Tudo do seu jeito, tudo a seu tempo, pede por favor.
Roga desculpas, fala muito obrigado, voz manhosa de quem sabe o que quer. Extremos de acesso: paixão e frieza, fogo e água. Bote de jaguar, beijo colado, depois é arisco, bichinho selvagem. Distancia quando quer estar perto. Esquece da hora, da mina, não sabe lugares, caminhos, se deixa levar.
E aí magoa, depois perdoa, insiste, livre de amarras. Tensiona, pressiona, livre de pudores. Carinho, bagunça, simplicidade, teimosia, livre de magia. Pesa em seu corpo e sua consciência, ainda intacta, diz preu não guardar rancor, livre de pavor.
Amanhã vai embora, diz que me adora.
Semana que vem retorna e faz manha.
Tudo do seu jeito, tudo a seu tempo, pede por favor.
Ana.
(Foto retirada daqui.)
|