Dia vazio.
Nó no peito, também vazio.
Alma vazia de esperanças, rasas, ralas, profundas esperanças que (des) colorem o céu de branco e preto.
Mas quando tudo é assim, pouco, o outro lado está cheio. Recheio de palavras que não vão, pensamentos que não são, hesitações manifestantes.
A vida se enche de vento e se cerca de nós emaranhados, por entre assovios e cotoveladas. Nós, abraçados, aguardamos o dia que não vem.
A alma vazia de cores e plena de sons soturnos insufla o peito... Que se retrai.
Como? Não me perguntem. Não sou especialista.
Hoje o dia amanheceu assim.
Cheio de vento.
Vazio de vida.
Bicolor.
Ana.
(Texto e foto.)
|