Tantas palavras corrrem e a tinta escorre no tubo que roça com a língua entre linhas espaçadas de um caderno só. Afinal, é apenas um caderno, é apenas uma vida, uma caneta em sobrevida, que nem marca se vê mais. Se bem que diferença alguma iria fazer, já que a língua japonesa ou oriental que seja, dos confins de onde se originou meu artefato de escriba, não é coisa com a qual eu tenha intimidade.
E no interior de um quarto semi-escuro, a mão quase treme e teima em tecer porcas e pobres e desconexas letras, num desafio ortográfico para grafologista nenhum por defeito... O ponto vira traço, um pingo vira letra ilegível, não sei mais se é acento ou rasura.
Rabisco uma vírgula que nem pausa é mais.
Vira um ponto num ponto qualquer de aterrissagem da ponta fina de onde mina minha tinta.
Preta.
E no interior de um quarto semi-escuro, a mão quase treme e teima em tecer porcas e pobres e desconexas letras, num desafio ortográfico para grafologista nenhum por defeito... O ponto vira traço, um pingo vira letra ilegível, não sei mais se é acento ou rasura.
Rabisco uma vírgula que nem pausa é mais.
Vira um ponto num ponto qualquer de aterrissagem da ponta fina de onde mina minha tinta.
Preta.
Ana.
(Texto e foto: Ana Letícia.)
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