O que fazer quando perfeito é pouco demais?
O que falar quando palavras se fazem desnecessárias, quando o silêncio faz parte, quando o peito aperta, e resta só a sua respiração?
O que fazer quando o tempo é longo demais, ou rápido demais?
O que fazer quando o alimento da alma nos sacia, e a fome aumenta ainda mais?
E o beijo que vem inesperado, sela o pacto, cala a boca que fala e a que nada diz, e prova mais uma vez que o silenciar é tão importante quanto o dizer, pois o pensar evita tanta dor...
E o perfeito é o suficiente, em seu mar de imperfeições, idéias e expectativas que ficam para trás. Novas que chegam e devem ficar. Futuro a conquistar.
E o coração dispara e aperta quando chega e quando dá tchau. E os olhos se fecham quando devem fechar, e os cachos se tocam quando devem enrolar, e a água escorre e aquece quando deve transbordar, e transborda quando deve esfriar. E o ritmo acelera quando deve cessar, e a cabeça voa para bem longe estar.
Para onde se quer chegar. Lá.
Ana.
(texto e foto)
|