Um dia qualquer
Te encontro
Te puxo, te acho
Debaixo da cama,
Na máquina digital
Um dia qualquer
Te colo, te seco,
No sal da tua camisa
Vermelha
Impressa
Mãos em prece
Bola de cristal
Na esquina te procuro
No mar te mergulho
No suor me acho
No teu cheiro me perco
Na tua saliva me embebedo
De água, de cachos, de rubros abraços
E quando finalmente te encontrar
Serei eu a perdida
Jogada
Caída
Exausta
Moída
De tanto procurar.
Ana.
(texto e foto)
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