Hoje nosso poeta publicou aqui uma prosa bem interessante... Você sabe do que eu estou falando? Pode até saber, ou não, quer dizer, você é quem sabe. Não sabe?
Sabe-Não Sabe
Estamos no tempo do “sabe-não sabe”. No momento triste que não sabemos se ou quando podemos acreditar em quem oferece pifiamente seu interesse puro e inocente de governar, de representar. Chegamos num merecido ponto de não correspondência. O declínio chegou ao limite. Até então faltava ser vítima de esquerdistas.
Há pouco tempo atrás, nossos atuais políticos eram aqueles que fortaleciam e protegiam o lado popular, creditavam nossas esperanças e orientavam nossas cegueiras. Descobriram o buraco celeste brasileiro e omitiram os mensalões dos oposicionistas. Não sabemos ainda por quê, mas hoje temos certeza que houve sobretudo benefício com isso. Ao mudar de plano, literalmente de lado, foram-se as pessoas, nossos políticos, deixando só os seus postos, assim como seus ideais, mentiras, corrupções e promessas. No final, ninguém sabia de nada.
Estes representantes que julgam o caixa dois de empresas pequenas foram os mesmos que o usaram em favores pessoais. Um crime legítimo que, segundo eles mesmos, dá cadeia. É verdade, acontece com pessoas não favorecidas e não protegidas pelas leis que quem domina e faz delas o que quer são os próprios governantes.
Ainda vivemos sob a falta de qualidade de vida. O país passa por um momento delicado, quando o povo começa a desacreditar nas promessas e em tudo o que acontece hoje e está exibido em jornais ou revistas, só de corrupções generalizadas. Nas estradas onde não se é aplicado a necessária estrutura que deveria sair dos pagamentos dos impostos. Na saúde onde não se tem medicamentos e em muitos lugares não tem nem atendimento. Novamente, cadê o dinheiro dos impostos? No saneamento básico medíocre. Nas altas taxas de juros que é uma violência contra o contribuinte, e até no esporte.
Governantes negaram a cassação da oligarquia esportiva brasileira. É vergonha que não cabe mais e ninguém sabia de nada. Hoje talvez, possamos gastar menos tempo numa viagem de ônibus do que de avião, e só por causa de benefícios específicos e trabalhos mal feitos. Isso não acontece só em virtude do tempo parado em sala de espera ou nas filas de “chek-in”. A nossa estrutura aérea inteira é um desastre, o Brasil está um desastre. Isso porque eles não precisam disso. Todos têm aviões especiais, helicópteros, jatos e viajam por nada, por todos os cantos do mundo, com sorrisos estampados que envergonham muito mais seus eleitores, esbanjando uma situação propícia ao fracasso.
O que passamos hoje não começou de pouco tempo pra cá. Estas pessoas negativas estão na frente do país desde o império, aproveitando-se da inocência do povo para garantir de forma esperta seus benefícios. Uma crueldade, imoralidade, com finalidade de “ganhar dinheiro”.
O voto que parecia ser tão precioso, hoje está fardado ao nada. Normal não querer votar, eleger um deputado, presidente. Sabemos em quem estamos votando?
Não, não sabemos de nada.
João Lenjob *
www.lenjob.blogspot.com
joaolenjob@yahoo.com.br
* João escreve neste blog toda sexta-feira, e esta já é a 4ª crônica dele por aqui. Nos outros dias da semana ele filosofa um tiquim sobre a politicagem no país, se irrita com isso, vai ao Mineirão xingar ao juíz, e depois escreve poemas no seu blog pra descarregar...
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