Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou um cientista homeopata
futurista e lunático
Eu vivo sempre no mundo da lua
Tenho alma de
artista sou um gênio
sonhador e romântico
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou um aventureiro
desde o meu primeiro passo
no infinito
Eu vivo sempre no mundo da lua
Porque sou inteligente
se você quer vir com a gente
venha que será um barato
Pega carona nesta cauda de cometa
ver via láctea
estrada tão bonita
Brincar de esconde-esconde
numa nebulosa
voltar pra casa
em um lindo balão azul.
(Lindo Balão Azul - Guilherme Arantes)
Se um dia eu te quero, no outro eu te venero, te ligo, te chamo, te faço minha mulher. Dia seguinte é outro dia: posso te querer e não saber, posso te amar, mas num segundo te odiar, posso não fazer e fingir que nem percebi.
Altero minha percepção, me embriago, fico assim, leve, fazendo de conta que sou feliz. Tem gente que acredita, e então o que me aflige some como que por mágica... Mas eu sei que tudo continua ali, da mesma forma, do mesmo jeito, a mesma merda. Quanto mais ignoro, mais me desespero, e o dia seguinte vem como uma pedra, em que eu me bato, me lavo, me torturo, sofro, e carrego comigo, minha cruz.
Porque eu vivo sempre no mundo da Lua, só faço o que quero, e não na hora sua. Se quiser vir comigo, vai ter que ser assim. Não te ignoro, apenas não sei ver, agir, sorrir. Será que meu medo é de viver? E tenho mais o que fazer, porque sou inteligente, tenho alma de artista, sou um gênio sonhador e romântico, cientista, homeopático, futurista e lunático. Sou rock n’ roll, sou do mundo, sou da terra, sou do mar, sou fogo, sei o que sou, e eu vou fundo, sigo em frente, e não volto atrás.
Assim, me vou, como quem não quer nada, como alguém que nem veio. Sou um fantasma, e tu és minha fada, mas aí eu sumo, e não assumo, dou meu jeito, te engano, me envergonho, sempre me envergonho. Despeço-me com um beijo, evaporo no teu cheiro, com que me tortura e me faz sentir você.
Então vem fazer o que eu quero, vem comigo ao mundo da Lua, ser artista, inteligente, futurista e romântico. Vem viver de carona, de ar, de brisa do mar, de dor, de amor (dor de amor?)... Um momento, paro e penso: e minha pedra? Ela também vai, não pode ficar pra trás, não te quero mais. Sou conflito, sou guerra, sou paz.
Altero minha percepção, me embriago, fico assim, leve, fazendo de conta que sou feliz. Tem gente que acredita, e então o que me aflige some como que por mágica... Mas eu sei que tudo continua ali, da mesma forma, do mesmo jeito, a mesma merda. Quanto mais ignoro, mais me desespero, e o dia seguinte vem como uma pedra, em que eu me bato, me lavo, me torturo, sofro, e carrego comigo, minha cruz.
Porque eu vivo sempre no mundo da Lua, só faço o que quero, e não na hora sua. Se quiser vir comigo, vai ter que ser assim. Não te ignoro, apenas não sei ver, agir, sorrir. Será que meu medo é de viver? E tenho mais o que fazer, porque sou inteligente, tenho alma de artista, sou um gênio sonhador e romântico, cientista, homeopático, futurista e lunático. Sou rock n’ roll, sou do mundo, sou da terra, sou do mar, sou fogo, sei o que sou, e eu vou fundo, sigo em frente, e não volto atrás.
Assim, me vou, como quem não quer nada, como alguém que nem veio. Sou um fantasma, e tu és minha fada, mas aí eu sumo, e não assumo, dou meu jeito, te engano, me envergonho, sempre me envergonho. Despeço-me com um beijo, evaporo no teu cheiro, com que me tortura e me faz sentir você.
Então vem fazer o que eu quero, vem comigo ao mundo da Lua, ser artista, inteligente, futurista e romântico. Vem viver de carona, de ar, de brisa do mar, de dor, de amor (dor de amor?)... Um momento, paro e penso: e minha pedra? Ela também vai, não pode ficar pra trás, não te quero mais. Sou conflito, sou guerra, sou paz.
Ana.
Foto: Lua-Cheia, Jornal da Poesia.
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