Não tenho pretensão de escrever um monólogo, nem sobre o amor, nem sobre a solidão, sobre decepções ou devaneios, nem sobre dinheiro, pobreza de espírito ou alma rala. Não pretendo escrever qualquer coisa com um estilo literário qualquer. Não quero livros, poemas, hinos, contos. Quero pensamentos recorrentes, reflexões, sobre coisas que simplesmente... acontecem. Quem quiser que leia.
Sou jovem sim, porém já vivenciei o amor. Houve muita e arrebatadora paixão, muita confusão, muitos pés trocados pelas mãos, porém... Sim, houve amor. Sinto coisas, muitas coisas, lindas e boas... Seria o amor batendo em minha porta? Tenho medo de atender, mas não tenho medo de viver.
Quero-o em sua ofegante plenitude, porém não sem alguns eventuais obstáculos. Eles me estimulam e instigam. Chego a pensar... Seriam eles sinais de que está tudo errado e então, eu não deveria abrir a porta? Ou apenas tentam me mostrar que o erro está em esperar demasiado antes de girar a maçaneta e deixar entrar aquele que me chama tão insistentemente? Podem ainda estar dizendo: “É isso aí... Siga em frente! Ame! Viva!”!
A vida é cheia de encruzilhadas... Sempre foi assim para mim, para nós. E não há de ser diferente. Ou sim? Os caminhos se bifurcam quando menos se espera, nos deixam sem saber o que fazer, qual decisão tomar, por onde andar: descer a montanha, passar por dentro da cachoeira de águas brancas e se jogar no precipício de nuvens de algodão-doce e corações flutuantes; ou subir aquele morro ali, nadar num profundo lago de água pura e azul de calmaria, depois atravessar a pequenina ponte de madeira de um jardim japonês e chegar numa plantação de milho e eucaliptos com aroma de lavanda e erva-doce?
Está ventando e sinto frio. A água quente provoca vapor suficiente para embaçar minha imagem no espelho. O banheiro é todo branco e brumas, agora. Fecho-me e espero, observando a água a pingar.
A pingar.
A pingar.
E a campainha a tocar.
A tocar.
A tocar.
Sou jovem sim, porém já vivenciei o amor. Houve muita e arrebatadora paixão, muita confusão, muitos pés trocados pelas mãos, porém... Sim, houve amor. Sinto coisas, muitas coisas, lindas e boas... Seria o amor batendo em minha porta? Tenho medo de atender, mas não tenho medo de viver.
Quero-o em sua ofegante plenitude, porém não sem alguns eventuais obstáculos. Eles me estimulam e instigam. Chego a pensar... Seriam eles sinais de que está tudo errado e então, eu não deveria abrir a porta? Ou apenas tentam me mostrar que o erro está em esperar demasiado antes de girar a maçaneta e deixar entrar aquele que me chama tão insistentemente? Podem ainda estar dizendo: “É isso aí... Siga em frente! Ame! Viva!”!
A vida é cheia de encruzilhadas... Sempre foi assim para mim, para nós. E não há de ser diferente. Ou sim? Os caminhos se bifurcam quando menos se espera, nos deixam sem saber o que fazer, qual decisão tomar, por onde andar: descer a montanha, passar por dentro da cachoeira de águas brancas e se jogar no precipício de nuvens de algodão-doce e corações flutuantes; ou subir aquele morro ali, nadar num profundo lago de água pura e azul de calmaria, depois atravessar a pequenina ponte de madeira de um jardim japonês e chegar numa plantação de milho e eucaliptos com aroma de lavanda e erva-doce?
Está ventando e sinto frio. A água quente provoca vapor suficiente para embaçar minha imagem no espelho. O banheiro é todo branco e brumas, agora. Fecho-me e espero, observando a água a pingar.
A pingar.
A pingar.
E a campainha a tocar.
A tocar.
A tocar.
Ana.
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