(*) Burning Sky - Belo Horizonte/MG - Photo, Art: Ana.
Um blog sobre uai, sô, véio, contos, causos, sentimentos, pão-de-queijo, crônicas, broa-de-fubá, cinema, literatura, fotografia, arte, poesia...
* Agora em novo endereço: www.mineirasuai.com *

01 fevereiro 2008

João Lenjob: Aborto – Sim ou Não?

Não me perguntem minha opinião sobre o texto abaixo... João sempre foi polêmico, ele é isto e não se fala mais nisto! Quem viver... lerá. (ou não.)

PPJL

Aborto - Sim ou não?

Mais uma crônica de vínculo totalmente social e realmente necessária. Desta vez o aborto é o tema em atividade. Pouco se noticia da importância e o método utilizado por aqueles que usam desta prática. O que realmente deveria ser observada é a causa que leva a essa atitude e a qualidade, segurança e forma como é praticada.

Polêmica ou não, abortos são freqüentes em todo o mundo e por dois critérios, muito preocupantes. Primeiro, o poder aquisitivo da mãe e eventualmente do pai, deixando relevante que na maioria absoluta das vezes a decisão acaba sendo materna. Ninguém cria filhos de graça, pois além do enorme desgaste físico, o custo é alto, a ajuda do governo mínima e nem sempre a família pode ou quer permanecer junto, o que torna significativa o segundo critério: quando os pais (ou um deles) não aceitam o filho por efeitos sociais ou até por vaidades. Mesmo que este ocorra num menor número de vezes, deixa claro que o problema é grave.

A sociedade brasileira em geral não foi educada a administrar o vínculo familiar, quase sempre a gravidez vem por um "decreto" chamado "acidente", o que torna a concentração e formação do lar comprometida e prejudicada. Por quem? Por todos! A partir do momento em que existe uma relação sexual, os executores devem se atentar ao cuidado e à possibilidade do inesperado. Considerá-lo um acidente é a maior falta de respeito ao ente que os próprios criaram. Isto se chama covardia. Por outro lado, a proibição do aborto por leis, iniciativas cruéis de autoridades e pior, pelas religiões... é complicado.

Como anteriormente descrito, o problema é de todos. Como é proibido no Brasil, o retrato do grande preconceito velado, o aborto - em sua quase totalidade - é clandestino, os "profissionais" que cometem esta experiência médica, como agem fora da lei, não têm recursos adequados, modernos e seguros para tal função, o que o torna ainda mais perigoso, traz riscos a saúde do filho e da mãe, e moralmente vincula os familiares e pessoas próximas.

O que para uns é um homicídio, para outros um erro convencional do excesso de conservadorismo humano. As leis não poderiam jamais ser generalizadamente aplicadas, porque tendo a visão do lado financeiro e/ou aquisitivo, tal morte viria depois; quando não vem, acontece a vergonha de crescer com a alimentação limitada, sem educação digna e sem o menor preparo emocional para encarar a vida como necessariamente é preciso. Coerente mesmo seria abraçar a temática apurando o que seria melhor para a sociedade.

O que é fora da lei é colocar em risco a vida de um filho. Perante a sociedade, o risco, além do filho, é também da mãe. Que abortem as leis.

João Lenjob *
Comunidade no orkut.

* João escreve aqui às sextas-feiras, quando dá pra esta editora aqui se organizar para publicar algo... Ultimamente tem sido difícil até vir aqui ver o que está rolando, quanto mais postar algo... E que venha a polêmica! Comentários! Queremos comentários! rsrs