(*) Burning Sky - Belo Horizonte/MG - Photo, Art: Ana.
Um blog sobre uai, sô, véio, contos, causos, sentimentos, pão-de-queijo, crônicas, broa-de-fubá, cinema, literatura, fotografia, arte, poesia...
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25 agosto 2004

"Troços" de Beagá

Pessoal,
Não sei se todos viram, mas aqui no blog tem uma lista com uma série de blogs recomendados. Um deles é o
Carta da Itália, do Allan.
Outro dia estava lendo seu post “il mercato” e me peguei pensando nas coisas parecidas que existem aqui em BH. O Allan explica que “il mercato” é uma feira ao ar livre que acontece na cidade em que mora, Piacenza (vale a pena ler o artigo, clicando aqui).
Mas então, continuando. Eu adorei a descrição do post, e cada vez que leio o blog do Allan me dá mais vontade de conhecer a Itália. Ele nos transporta até estes lugares maravilhosamente exóticos, pintando suas cores e delineando as formas, reinventando os odores.
Aqui em Belo Horizonte temos uma feira enorme, a "Feira de Artesanato da Av. Afonso Pena" (vulgarmente chamada de "Feira Hippie"), não sei se alguém aí já ouviu falar. Dizem que é a maior da América Latina deste gênero, não sei se é verdade. Ocorre todos os domingos, sem exceção, ocasião em que se fecham uns 3 quarteirões de uma das principais avenidas de Belo Horizonte. Vende de tudo quanto é artesanato que você pode imaginar: de móveis a sapatos, quadros, bijuterias, roupas de adulto, criança e bebês, acessórios, comidas de todas as regiões do país, etc. Esta feira atrai gente de todas as partes do Brasil, bem como turistas de outros cantos do mundo! É fantástica! Tem coisas de excelente qualidade, que você encontra nas caríssimas boutiques da Savassi e shoppings. Mas tem coisas baranguérrimas e de péssima qualidade também. Tem que saber escolher.
Uma das coisas mais impressionantes desta feira é que tem gente de todo o tipo, de toda classe. Tem Estátuas Humanas, adultas e “mirins”, ceguinhos (as) vendendo bilhetes de loterias, hippies cantando “Hare Krishna”, bandinha de peruanos tocando suas flautinhas e musiquinhas dos Beattles, Elton Jonh, etc, pivete roubando (claro), doceiras vendendo bombons, camelôs vendendo quinquilharias do Paraguai e da China, etc, etc, etc. Resumindo: é a festa do emprego informal. As milhares de lojas, lanchonetes e bingos que ficam na avenida deitam e rolam nesta bagunça organizada de todo domingo: permanecem abertas e fazem promoções, chamando os consumidores a saciarem sua ânsia de comprar, comer e jogar. Isto sem contar que a feira também é point da galera que se forma no sábado, vira a noite no Baile, e de manhã cedo vai pra feira tomar mais cerveja, comer acarajé e bater papo. Depois, o point vai pro Mercado Central, onde a bebedeira continua. Eu nunca fiz isto, mas quem já fez, garante: é bom demaaaaiiisss!
Então, convido a todos a virem a BH, e desfrutarem desta miscelânea criativa...
Ah! E não vai faltar aquela barraquinha de pastel frito!!! (viu Allan!?)
Beijos
Ana Letícia