"Quero te encontrar mas não sei onde estou.
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo, longe desta confusão e desta gente que não se respeita. Tenho quase certeza que eu não sou daqui." *
Não posso ser daqui, pois não me encontro, não sei onde estou, e aí não te encontro também. Te chamo mas você não vem. Não há lugares calmos, aqui dentro tem um maremoto de ansiedade e insônia. Os ventos vêm e vão, sempre fortes e destruidores. Levam embora toda a cor, trazem a dor e a alegria de ser quem eu sou.
Todos falam ao mesmo tempo, ninguém se respeita. Não ouço minha própria voz, e nem a sua, perdida no meio deste chororô que não tem fim. Pare de gritar e de chorar de uma vez por todas, veja que o sol ainda brilha, e se olhe no espelho enquanto olha para mim, e veja a pérola no olhar, o sol a iluminar seu sorriso de canto de boca, o mesmo que deixa transparecer o furo mais profundo na bochecha.
E quando decido de uma vez por todas seguir o meu próprio furacão em forma de coração, e quando todo o universo parece conspirar para que tudo dê certo, e quando te avisto lá no fim do caminho de braços abertos a me esperar, e sei que estou chegando perto, cada vez mais... É que tropeço num riacho cheio de pedrinhas, caio de bunda, faço cara feia, enxergo peixinhos nadando no aquário ao seu redor, vejo capetinhas e anjinhos, e tem montes deles do sexo feminino também. E é neste exato momento de loucura e ansiedade total que você toca na água corrente com delicadeza, e de uma só vez faz espirrar um jato dela bem na minha cara, e me acorda de meus devaneios.
Então sigo em frente, tateando por lugares escuros, muitos sem paredes e corrimões. Desço alguns degraus e subo outros tantos. Não sei para onde vou. Onde estás?
Todos falam ao mesmo tempo, ninguém se respeita. Não ouço minha própria voz, e nem a sua, perdida no meio deste chororô que não tem fim. Pare de gritar e de chorar de uma vez por todas, veja que o sol ainda brilha, e se olhe no espelho enquanto olha para mim, e veja a pérola no olhar, o sol a iluminar seu sorriso de canto de boca, o mesmo que deixa transparecer o furo mais profundo na bochecha.
E quando decido de uma vez por todas seguir o meu próprio furacão em forma de coração, e quando todo o universo parece conspirar para que tudo dê certo, e quando te avisto lá no fim do caminho de braços abertos a me esperar, e sei que estou chegando perto, cada vez mais... É que tropeço num riacho cheio de pedrinhas, caio de bunda, faço cara feia, enxergo peixinhos nadando no aquário ao seu redor, vejo capetinhas e anjinhos, e tem montes deles do sexo feminino também. E é neste exato momento de loucura e ansiedade total que você toca na água corrente com delicadeza, e de uma só vez faz espirrar um jato dela bem na minha cara, e me acorda de meus devaneios.
Então sigo em frente, tateando por lugares escuros, muitos sem paredes e corrimões. Desço alguns degraus e subo outros tantos. Não sei para onde vou. Onde estás?
Texto e foto: Ana."Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre. Está ficando complicado e ao mesmo tempo diferente. Estou cansado de bater e ninguém abrir.
Você me deixou sentindo tanto frio! Não sei mais o que dizer!" *
* (Letra da música: Meninos & Meninas - Legião Urbana.)
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